Quando uma pessoa está consciente que um determinado hábito está lhe prejudicando física ou espiritualmente, ela decide mudar, cortando este mal pela raiz. Mas, o que fazer quando a pessoa não consegue ser diferente e apesar de ter prometido para Deus e para si mesma que iria mudar, volta fazer o que não queria?
Meditando nos textos abaixo, é fácil perceber onde está o início da queda espiritual de muita gente e o porquê se tornaram escravas de suas vontades e desejos.
Eva – “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável…” (Gn 3.6)
Acã – “Quando vi entre os despojos (…) cobicei-os e tomei-os…” (Js 7.21)
Davi -“Davi viu uma mulher tomando banho…” (2 Sm 11.2)
Tudo começa pelos olhos, enquanto mantivermos os nossos olhos fixos no Senhor Jesus, iremos viver acima de toda e qualquer circunstância. Ao não conseguir desviar o olhar daquilo que o mundo apresenta, acaba nascendo dentro da pessoa um forte desejo de possuir ou fazer aquilo que lhe foi proposto.
Em Gênesis 4.7, o próprio Deus alerta a Caim (e a todos nós) que o pecado está à porta esperando que a pessoa vá e a abra, para que ele (pecado) e suas consequências possam enfim, entrarem em nossa vida.
Infelizmente, muitas pessoas sem perceberem, há muito tempo se encontram presas em um verdadeiro círculo maldito. E a sequência geralmente é esta:
1. A pessoa olha para onde não devia.
2. Cobiça e alimenta aquele mau pensamento.
3. Como ela já está “grávida” desta ideia maligna, basta surgir uma oportunidade.
4. O diabo trata de preparar a tal oportunidade e a pessoa cai como “patinho”.
5. Por fim, mais uma vez a pessoa se encontra caída e escrava do espírito do pecado.
“Quando eu vejo, eu já fiz tudo errado de novo.” – Se este é o seu caso, uma iniciativa pessoal de Jó pode lhe ajudar. Eis a receita:
“Fiz aliança com meus olhos; como, pois, os fixaria eu numa donzela? Que porção, pois, teria eu do Deus lá de cima e que herança, do Todo-Poderoso desde as alturas? Acaso, não é a perdição para o iníquo, e o infortúnio, para os que praticam a maldade? Ou não vê Deus os meus caminhos e não conta todos os meus passos?”
(Jó 31.1-4)
A fé inteligente fez com que Jó fechasse os seus olhos naturais e usasse o raciocínio antes de tomar qualquer decisão. Ao afirmar que havia feito uma aliança com seus próprios olhos, Jó deixa claro que estava consciente sobre a sua natureza carnal, mas também que estava disposto a tudo para agradar a Deus.
Não havia nenhuma lei ou mandamento que determinasse que fosse necessário realizar uma “aliança de olhos”, mas por iniciativa própria ele decidiu fazer a tal aliança cujo objetivo era defender o que lhe era mais precioso, a presença de Deus em sua vida.
Esta é a realidade: nossos desejos são também os nossos principais inimigos, mas é dever de cada pessoa e de mais ninguém, enfrentá-los, dominá-los e vencê-los!
Deus abençoe.
Pr. Rubens Ennes | sentidounico.org