O que tiveram em comum os apóstolos Paulo, Pedro, João, e depois deles Lutero, Richard Baxter, John Woen, Jonathan Edwards, John Wesley, George Whitefield, Charles Haddon Spurgeon, entre outros, que conduziram muitos á Cristo, com uma conversão genuína, comprovada por frutos dignos de arrependimento, que permaneceram neles por décadas, até o dia da sua morte?
Enquanto muitos outros pastores e pregadores do evangelho, ainda que arrastem a multidões consigo, não geram ovelhas verdadeiras para Cristo, senão, quando muito, pessoas impressionadas e apenas despertadas quanto às verdades do evangelho?
E sabemos que muitos destes são sinceros no exercício dos seus ministérios. Onde reside portanto a diferença? Esta consiste em que assim como o ferro é afiado com ferro, o espírito é somente nascido do Espírito Santo. E Ele faz isto através de canais que estejam realmente sujeitos à sua direção, poder, e especialmente disciplina, no cumprimento e exercício dos deveres espirituais que nos são ordenados na Bíblia.
Podemos ver por exemplo o apóstolo Pedro ordenando em sua segunda epístola que os cristãos se aplicassem com diligência no exercício das virtudes cristãs, porque este seria o único modo de confirmarem para si mesmos a sua eleição, e também terem amplamente suprida a entrada deles no Reino de Deus.
Ora! Ele ordenaria aquilo que não estivesse praticando?
Estas ordenanças são encontradas nas epístolas de Paulo, de João e nos escritos de todos os homens de Deus que citamos em nosso primeiro parágrafo.
Eles não haviam pregado somente acerca da santificação, mas estavam de fato santificados. Não recomendavam apenas a longanimidade, o amor, a misericórdia, a bondade, a pureza, a virtude, a fé, a paz, a disciplina, o procedimento justo e santo, a oração, a adoração e o louvor, mas se exercitavam continuamente nisto, de modo que podia ser visto em suas vidas, e era isto o que impactava outros e lhes inspirava a serem seus imitadores.
Deus honra somente a este testemunho verdadeiro de vida, gerando conversões a partir do mesmo, para que a fé dos novos convertidos seja fundamentada na verdade que está ligada à vida daqueles que a proclamam.
Podemos dizer, que em certa medida, e guardadas as devidas proporções, que eles encarnaram a verdade em suas vidas assim como ela se encontrava perfeitamente encarnada no Seu Mestre, Salvador e Senhor, na Fonte da própria Vida Eterna deles, a saber, no Senhor Jesus Cristo.
Mortos não geram vivos. Somente os que estão vivos no Espírito podem geram outras vidas semelhantes.
Vida natural gera vida natural. Mas a vida espiritual e celestial somente pode ser gerada por vida sobrenatural, espiritual, celestial e divina.