Quando a morte se aproxima, e a consciência se sente culpada, haverá uma confluência de um mundo de dor, ou seja, um julgamento do pecado; haverá um indiciamento diante de Deus para juízo; quando haverá doenças, e enfermidades do corpo, e uma privação de todos os confortos do mundo. Eles irão se encontrar em um centro, em um ponto, no momento da morte; mas o homem tinha necessidade de reunir o maior conforto para aquela hora; e o que deve nos confortar, então?
Há um doce conforto em Rom 8.38,39, que nem a vida, nem a morte, nem coisas presentes, nem coisas do porvir, serão capazes de nos separar do amor de Deus em Cristo. É um conforto doce, que nada poderá nos separar, mas este é um maior conforto, a saber, que a morte, agora estando nós em Cristo, é também nossa.
Ela não deve, não somente nos separar de Deus e da felicidade, mas deve nos trazer para junto de uma comunhão mais íntima com Deus e com Cristo, pois é uma separação que causa uma união mais íntima; a separação da alma e do corpo causa a união da alma com Cristo, no presente, e depois uma união eterna da alma e do corpo nesta abençoada fruição dele. Agora, bendito seja Deus por Jesus Cristo, que tem feito nele com que até mesmo a morte, a coisa mais amarga de tudo, seja doce para nós.
Tradução de citações do tratado de Richard Sibbes intitulado a Porção do Cristão, em domínio público.