Chegando Perto
“Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado.” (Hebreus 4.1)
Perder a vida total e irremediavelmente é de fato uma catástrofe. Mas errar o alvo quando faltava muito pouco para alcançá-lo é uma tragédia patética indizível.
Uma das imagens mais tristes do Antigo Testamento é a história do povo que escapou do Egito, atravessou o Jordão e começou sua marcha em direção à Terra Prometida, mas às portas de Canaã falhou para entrar na mesma.
Eles chegaram às portas de Canaã,
Mas eles nunca entraram nela;
Eles vieram até o limite,
Mas eles morreram em seus pecados.
Dois homens tentam saltar sobre um abismo.
O primeiro perde a aventura perigosa por uma jarda; o outro por um centímetro; mas ambos estão perdidos.
Dois homens entram num exame competitivo, do qual o seu destino futuro e honra dependem. Um falha completamente, o outro falta ao exame; mas a mais triste das duas falhas é a do último.
Quão solene é o aviso: “Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado.”
Aqui estão dois motores. As caldeiras estão ambas cheias com água, mas numa a fumaça é fria e as chamas estão fora. Na outra a água está quente, o carvão está queimando, e a temperatura está acima de 200 graus; mas ambos os trens estão parados.
Essa caldeira deve subir para 212 graus antes que o pistão se mova e o trem possa deixar a estação.
É a plenitude da bênção que conta.
É a temperatura do coração que importa.
É um único elo quebrado que faz com que toda a cadeia seja finalmente inútil e perigosa. É a última etapa que conta, e na última meia hora que se vence.
Há uma promessa que nos foi deixada de entrar no Seu descanso. Essa promessa foi repetida muitas vezes e de muitas formas. É uma promessa grande e gloriosa, uma promessa de vitória sobre o pecado, sobre Satanás e o mundo, e de todas as possibilidades de graça e glória.
Mas a sua realização é dependente de cada passo sob a nossa responsabilidade e fidelidade.
Há uma paz que excede todo o entendimento, mas a condição deve ser cumprida, “não estejais inquietos por coisa alguma.” Há um “descanso” para nossas almas para ser achado, mas novamente a condição é: “Tomai o meu jugo sobre vós e aprendei de Mim”. Há uma “grande paz”, que “excede todo o entendimento”, mas é dada àqueles que amam a Sua lei. Podemos ser mantidos em “perfeita paz”, mas nossa mente deve estar firme nEle. Há um descanso que resta para o povo de Deus, mas é somente para aqueles que creem que entraram no descanso. Estamos atendendo a essas condições? Estamos de pé na terra da fé e tomando o lugar da bênção, ou estamos somente CHEGANDO PERTO?
Texto de A. B. Simpson, traduzido e adaptado por Silvio Dutra.