Mortificai, pois, os vossos membros… A prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria.
Os dois caminhos pecaminosos mais transitados são a fornicação e a avareza. Dois horríveis abismos, nos quais muitas almas crentes “depois de haver fugido das contaminações do mundo” têm caído neles novamente.
É interessante: A fornicação e todos os pecados sexuais são considerados graves e geralmente são repudiados, entristecendo aos que se lamentam haver caído neles. Já a avareza não, a maioria não quer reconhecê-la como mal, e quase ninguém a confessa como um pecado. Comenta-se e condena-se muito os pecados sexuais, mas, o materialismo é desculpado e justificado em nome do progresso e da atenção à família. “Não é avareza não, dizem”, é “boa economia”, é “responsabilidade”…
O diabo, que é a antiga serpente, tem o poder de encantar e adormecer a consciência. Deste modo, os pecados sexuais que te parecem graves, podem chegar a parecer para ti como coisa sem muita importância, devido à constante tentação. Quando a tentação se faz presente na vida dos cristãos, é porque o diabo anda rondando, e chegaram momentos perigosos.
Se antes, só o fato de pensar em cometer certos pecados nos assustava, mas depois de certo tempo, já não mais nos assusta tal possibilidade, isso significa que estamos envolvidos em uma tentação muito perigosa, e que o diabo obscureceu a nossa vista com sua astúcia e seus enganos. Vigia! Resista ao diabo e foge da tentação, ou do contrário, logo você cairá!
Cristo disse: “Se teu olho direito te escandalizar, arranca-o e lança-o fora, pois é melhor que se perca um dos seus membros, do que todo o teu corpo ser lançado no inferno”. Há coisas que em si mesmas são inocentes, mas devido ao pecado, podem chegar a se converter em uma tentação para nós. Neste caso convém-nos evitá-las.
Oremos:
Oh Deus meu, apesar de minha horrível ingratidão e de meu desprezo por tua Palavra, tu jamais deixaste de me convidar e de me chamar com divino e paternal amor, para salvar a minha alma. Eu sinto muito. Tem misericórdia de mim e me perdoa. Amém.
C.O.Rosenius (1816-1868) Nuevo Dia – Trad. Sóstenes Ferreira da Silva