I Coríntios 12.12-30
Deus estabeleceu uma única Igreja. E dentro dessa Igreja, Deus distribuiu vários dons diferentes. Apesar de existirem muitos dons, não existe um dom que seja melhor do que o outro, nem uma pessoa que esteja em uma categoria mais elevada que a outra. Não existe, dentro da Igreja, crente de primeira, segunda ou terceira categoria; todos são iguais. Todos os que estão na Igreja foram batizados em um único Espírito, beberam de um único Espírito. O apóstolo Paulo fala sobre isso em I Coríntios 12.12-30.
Precisamos reconhecer os diferentes dons
Foi Deus quem estabeleceu a Igreja e foi Ele quem livremente decidiu derramar diferentes dons dentro dela. Assim, precisamos reconhecer os diferentes dons que Ele derramou. Por quê?
1. Porque o corpo possui mais de um membro
Havia um problema dentro da igreja de Corinto. Um grupo de cristãos estava desprezando outro grupo, e tudo isso por causa dos dons. Um grupo achava que o seu dom era mais importante e que, por isso, todos dentro da igreja precisavam exercitar apenas aquele dom, naquele ministério. Os que não concordavam eram desprezados, colocados de lado como se fizessem parte da igreja.
A pressão era tão grande que esse grupo começou a se sentir fora da visão da igreja. A auto-estima e o senso de pertencimento começaram a diminuir. Essas pessoas começaram a pensar que tinham problemas, que estavam em pecado ou desagradando a Deus. Pensavam, ainda, que por não conseguirem exercer o ministério ou dom considerado mais importante naquele lugar não faziam parte da igreja. Contudo, é necessário entender que o corpo de Cristo não é formado por um único membro. A Igreja não possui um único ministério (I Coríntios 12.14-16). Você é tão importante na igreja quanto qualquer outra pessoa, assim como o seu ministério.
2. Porque a Igreja possui mais de uma necessidade específica
Um dos problemas das pessoas é ver o mundo apenas de acordo com as suas necessidades e aptidões. Era exatamente isso o que estava acontecendo na igreja de Corinto. Os diferentes grupos estavam digladiando entre si porque cada grupo só conseguia enxergar as suas próprias necessidades
Imaginemos a situação de uma igreja imaginária. O grupo que usa os “óculos da oração” diz que as pessoas estão pouco espirituais, que elas estão orando pouco e que essa é a maior necessidade da igreja. O grupo que usa os “óculos do evangelismo”, porém, diz que as pessoas estão muito acomodadas, que elas estão evangelizando pouco e que essa, sim, é a maior necessidade da igreja. Já o grupo dos “óculos das células” diz que as pessoas estão muito preguiçosas, que não estão multiplicando as células, que é disso que a igreja precisa. Cada grupo enxergando a igreja com os seus próprios óculos e levantando a sua necessidade específica como se ela fosse a mais importante ou a mais urgente. Mas Paulo aponta esse erro no versículo 17 deste mesmo capítulo.