Se alguém digitar no buscador do Google ou de qualquer outra site de busca da Internet, simplesmente a palavra “evangelho”, irá deparar com várias propostas de evangelhos que diferem entre si.
Quando se digita a expressão “evangelho verdadeiro”, o filtro apresenta uma seleção mais apropriada de material relativa ao evangelho genuinamente verdadeiro. E isto aumenta e muito, quanto se digita a expressão “Retorno ao Evangelho Verdadeiro”.
Alguém indagaria:
“Mas há este risco de se comprar gato por lebre?”
“De se entrar por uma porta onde esteja escrito evangelho, e abraçar uma ilusão?”
É evidente que sim. Como em qualquer outro aspecto da vida, onde sempre haverá o falso e o verdadeiro.Todavia, no caso do evangelho, é muito fácil se identificar qual seja o verdadeiro, e nisto somos ajudados pela própria semântica da palavra “evangelho”, que no original grego do Novo Testamento, significa “anúncio de boas novas, de boas notícias, de coisas boas”.
Ora, se aquilo que chamam de evangelho não é de fato a melhor das notícias para a humanidade, em relação à condição caída no pecado em que se encontra, tendo um espírito morto, sujeito à condenação eterna, então não temos diante de nós nenhum verdadeiro evangelho, porque segundo a promessa que nos foi feita por Deus, da justificação, da salvação e da vida eterna, e que se cumpre em Cristo, tem que possuir tal característica de ser uma boa nova de grande alegria, de um grande livramento, de uma grande salvação.
O evangelho não traz em si qualquer juízo ou condenação. É a sua rejeição que produz tal efeito, porque na verdade toda pessoa já se encontra sob juízo de condenação, se não tem a Cristo, conforme Ele próprio ensinou em João 3.18:
“Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.”
Façamos então umas poucas reflexões:
– seria evangelho me dizerem que eu necessito retornar a este mundo depois de morto, para me purificar dos meus erros? E isto em sucessivas vezes sem conta?
– seria uma boa notícia, dizer que devo ir para um lugar intermediário entre a terra e o terceiro céu, para purgar os meus pecados, antes que possa ser admitido na presença de Deus?
-seria uma boa nova, anunciar que devo me esforçar ao máximo fazendo boas obras, para que de algum modo, possa ser considerado digno de ser salvo por Deus e ir para o céu depois da minha morte?
E por aí afora, multiplicam-se as indagações, que sempre me conduzirão à conclusão de que de fato não se trata de nenhum evangelho, ou seja, de nenhuma grande e boa notícia para mim.
Mas, se alguém me diz, como fez nosso Senhor Jesus Cristo, seus apóstolos, os chamados pais da Igreja que se seguiram aos apóstolos, ou alguém que segue ainda hoje nas mesmas pegadas, que eu simplesmente devo crer em Cristo, e aceitar pela graça o dom imerecido da salvação olhando para Ele e confiando simplesmente nEle, arrependido de meus pecados, e que isto, por si só, é o suficiente para me garantir o acesso ao céu, aí então tenho diante de mim realmente uma grande e boa notícia, na qual vale a pena, e muito mesmo, dar-lhe o devido crédito.
Em face dos muitos falsos evangelhos que havia em seus próprios dias, logo no início da Igreja, disse o apóstolo Paulo aos gálatas: Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema (amaldiçoado). Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.”
E também em Tito 3.4-7:
Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.
E ainda em Efésios 2.8,9:
Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.
Se havia falso evangelho naquele tempo, imagina então a possibilidade de haver muito mais em nossos dias. Não é portanto para pouco propósito que nosso Senhor e os apóstolos nos alertam na Bíblia a termos muito cuidado com os falsos profetas, pastores e mestres que se multiplicariam próximo do tempo do fim. Porque isto tem a ver com o destino eterno de nossas almas. Pela fé no evangelho verdadeiro – céu. Por dar crédito a qualquer outro evangelho – inferno.
Realmente, não dá para brincar ou vacilar com tais coisas.