O pai do Galvão trabalhava, a mãe dele não. A mãe do Galvão era quem cuidava das refeições e demais tarefas domésticas. Eram cinco filhos. Levavam uma vida simples, não discutiam tanto a relação. O homem era uma autoridade, a mulher apenas “sexo frágil”.
O tempo mostrou que o homem abusava da autoridade, enquanto que a mulher nunca foi tão “sexo frágil” assim. Um homem poderia chegar em casa mais tarde, com a desculpa de que estava com os amigos, a mulher tinha a inconcebível tarefa de aguardar por ele sem questioná-lo, e com a casa em ordem. Alguma coisa estava mesmo errada. As mulheres não eram felizes assim, apenas suportavam com uma força que nos pergunta o que é ser “sexo frágil” ? Ganhar filhos com dores? Apanhar sem reagir? Ter sexo sem saber o que é ter prazer?
Veio o capitalismo exacerbado. Tudo mudou. A mulher se emancipou, num casamento pervertido com os planos do capitalismo. O pai do Galvão trabalhava e sustentava toda a família. Agora Nina e Galvão trabalham e não chega.
No meio das questões autênticas do movimento feminista, o capitalismo selvagem entrou na frente e as fez, massa de manobra. E para Nina e Galvão resta uma pergunta: com quem ficam as crianças? Na escola o bullying, na rua as drogas, e um futuro que lhes reserva um mundo bastante pior.
A grande verdade, gigante nos factos, mais do que minhas simples palavras, é que hoje, os dois: Nina e Galvão, tornaram-se “Sexo frágil”. Os homens não sabem lidar com a força que perderam, enquanto que as mulheres não sabem gerir o que ganharam.
O tacão do medo não governa mais os lares. Que bom! Mas, infelizmente ouvimos cada vez mais os casais divorciarem-se dizendo: já não havia mais amor! Que mau!
O mundo piorou, o homem esqueceu o caminho para Deus. Antes, as mulheres eram frágeis em suas possibilidades. Agora, ambos são. A mulher pode ter sexo com quem quiser, é dona do seu corpo, mas ainda está a procura de fazer amor. A verdade é que Nina e Galvão só estão juntos porque o Evangelho lhes fornece as bases do amor, o próprio Amor. Não ficam discutindo quem manda. São governados como filhos do amor, pelo Pai do amor verdadeiro, Deus. Quem não ama a Deus não sabe amar, porque ele “inventou” essa história de amar.
O papo é bem mais longo. Por agora paro, mas pretendo continuar.
Num amor que não é frágil
Andre Luiz