Contextualizando o título de um estudo que escrevi há vários anos, gostaria de tratar sobre os direitos da mulher…
Divórcio é o rompimento legal e definitivo do vínculo de casamento civil.
No Antigo Testamento, o marido podia repudiar sua mulher.
O motivo aceito por Deuteronômio 24:1 é “porque há nela alguma coisa que não agrada a ele”.
Para não haver dúvida alguma, vamos citar Deuteronômio 24:1 na íntegra:
“Pode acontecer que um homem case, mas depois de algum tempo não goste mais da esposa porque nela há alguma coisa que não agrada a ele. Nesse caso ele deve preparar um documento de divórcio, entregá-lo à esposa e mandá-la embora” (Bíblia NTLH – Nova Tradução na Linguagem de Hoje).
A expressão “porque há nela alguma coisa que não agrada a ele” é muito genérica e, na época rabínica, discutia-se vigorosamente sobre a abrangência desse texto.
Havia pessoas que só admitiam como causa de repúdio, o adultério e a má conduta; mas havia aqueles que se contentavam com qualquer motivo, inclusive motivo fútil, como a mulher ter cozinhado mal, por exemplo.
A mulher repudiada podia se casar novamente, como podemos ver em Deuteronômio 24:2, que diz:
“Ela irá, e então poderá acontecer que case com outro homem” (Bíblia NTLH).
No Novo Testamento, Jesus proclamou a indissolubilidade do casamento, a não ser em caso de adultério, como podemos ver em Mateus 19:9, que diz:
“Portanto, eu afirmo a vocês o seguinte: o homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, se tornará adultero se casar com outra mulher” (Bíblia NTLH).
Observem irmãos amados, que o adultério é um motivo bíblico que permite o divórcio.
Quando há o adultério, há a quebra dos votos matrimoniais, feitos diante de Deus e dos homens.
No entanto, só o adultério consiste na quebra de votos matrimoniais?
A resposta é NÃO.
Em 1 Pedro 3:7 está escrito:
“Também você, marido, na vida comum com a esposa, reconheça que a mulher é o sexo mais fraco e que por isso DEVE SER TRATADA COM RESPEITO…” (Bíblia NTLH).
Se um marido vive agredindo sua esposa, ele está quebrando os votos matrimoniais? Sim, com certeza.
Se um marido enche a cara de cachaça todo dia e chega em casa todo agressivo, ele está quebrando os votos matrimoniais, deixando de tratar sua mulher como o sexo mais frágil.
Se um homem não quer saber de trabalhar, e deixa sua família passando fome, ele também está quebrando os votos matrimoniais, pois, ele deveria estar buscando o sustento para sua mulher e filhos.
Se um homem desiste da vida e se entrega as drogas, ele também está quebrando os votos matrimoniais, pois, a família de um viciado em drogas fica exposta a perigos muito grandes, principalmente se o marido viciado em drogas estiver devendo dinheiro para traficantes.
E em todos estes casos, a mulher tem direito de se divorciar? É claro que sim, pois todos estes motivos constituem a quebra dos votos matrimoniais, assim como o adultério.
NESTES CASOS, E EM TODOS OS OUTROS ONDE HÁ VIOLÊNCIA DE QUALQUER NATUREZA, A MULHER NÃO DEVE AGUENTAR CALADA E DEVE DENUNCIAR A POLÍCIA; CASO NÃO HAJA MUDANÇA POR PARTE DO CÔNJUGE (MARIDO), A MULHER TEM TODO O DIREITO DE SE SEPARAR, POIS NENHUMA MULHER NASCEU PARA SER SACO DE PANCADAS DE NINGUÉM, PRINCIPALMENTE DE UM MARIDO VIOLENTO.
O marido deve proteger sua esposa e filhos e se ele estiver agindo de forma promíscua e agressiva, a mulher TEM todo o direito de separar deste tropeço, digo, marido.
E quanto ao segundo casamento?
Caso uma mulher queira se casar novamente com alguém que a valorize e a ame de verdade, ela pode ou não se casar?
A resposta é SIM.
Nos casos citados acima, foi o ex-marido que agiu mal, então a mulher traída e/ou agredida tem todo o direito de refazer sua vida com alguém que a ame de verdade.
Não há problema algum nisso e, DEVIDO os casos citados acima, um novo casamento NÃO CONSTITUI PECADO.
Se era permitido a uma mulher casar-se novamente no Antigo Testamento, quando ela era repudiada, até mesmo, por motivos fúteis, quanto mais agora, no Novo Testamento, é permitido o segundo casamento devido os motivos citados anteriormente.
É claro que a vontade de Deus é que ninguém se separe, mas devido a dureza de coração de alguns maridos pilantras e covardes, o divórcio é a única solução.
Para finalizar, eu gostaria de dizer o seguinte: eu não tenho por objetivo, incentivar o divórcio.
É claro que pode haver mudança por parte do marido e perdão por parte da mulher; no entanto, a mulher não é obrigada a suportar traições e agressões constantes, esperando o dia em que o marido, quem sabe, se digne a mudar.
A mulher é filha de Deus e também deve ser tratada com todo o respeito.
Espero que tenham gostado deste texto e até o próximo estudo.