A ideia de que houve pessoas que viveram na terra em tão elevado grau de santidade, que chegaram à perfeição, não corresponde à verdade e nem mesmo à realidade. Somente Jesus Cristo e mais ninguém foi completamente santo.
Isto nos conduz a concluir que enquanto aqui estivermos, não haverá um único de nós que não mais esteja sendo trabalhado pelas mãos do Grande Oleiro para ser transformado em vaso de honra sem qualquer mancha ou mácula. Não dizemos estas coisas à guisa de desencorajar ou desestimular a busca de uma santificação cada vez maior, porque é esta a vontade de Deus para todos os seus filhos.
Todavia, é necessário considerarmos a verdade com toda a humildade, e dizermos juntamente com Paulo, que foi um grande santo enquanto aqui viveu, que era o principal dos pecadores, não dizia que o havia sido simplesmente no passado, porque assim se considerava até o dia em que partiu para a glória do céu. Então onde jaz a diferença entre as pessoas santas e não santas?
Evidentemente, não no fato de serem pecadoras ou não, porque todos somos pecadores, mas em que os que são santos permitem e buscam serem lavados de seus pecados e serem transformados e restaurados por Deus.
O Senhor trabalha com toda a Sua infinita longanimidade e misericórdia para trazer de volta à vida os que estavam mortos espiritualmente, para trazer de volta para si o que estavam perdidos, e fazer isto num trabalho paciente de restauração progressiva em santificação, até completá-la no dia em que nos receberá na glória.
É nisto que consiste a nossa salvação. Somos salvos por Deus na esperança daquilo que haveremos de ser, e que Ele realizará pela Sua própria graça e poder.