Muitos cristãos foram martirizados no passado e isto continua ocorrendo ainda em nossos dias, sobretudo nos países da chamada janela 10/40, por não se submeterem às decisões que são contrárias à vontade revelada de Deus nas Escrituras.
A própria Igreja Primitiva foi duramente perseguida pelas autoridades judaicas e depois delas pelos imperadores romanos, pela mesma razão.
Nenhum destes que foram martirizados poderiam ser acusados de estarem conspirando contra o Estado, ou de não serem exemplares cidadãos cumpridores de seus deveres civis, porque sabiam que pela ordenação divina deveriam estar sujeitos às autoridades, exceto quando esta obediência signifique ter que capitular aos mandamentos de Deus, e neste caso, importa antes obedecer a Deus do que aos homens.
Todavia, não se verá nenhum servo genuíno de Cristo envolvido em revoluções ou quaisquer ações que visem à derrubada do poder, porque há nos corações dos crentes um genuíno temor por Deus, e sabem que Ele tem tudo debaixo do seu controle, e é poderoso para conduzir e transformar as circunstâncias adversas que tenhamos que enfrentar.
Atualmente há um fator complicador em relação aos governos uma vez que não são propriamente aqueles que são eleitos pelo povo, que exercem de fato o poder, uma vez que são dirigidos pelos interesses de grandes corporações sobretudo industriais e financeiras que patrocinam e financiam as campanhas dos políticos que lhes interessa conduzir ao poder reconhecido como legal.
Assim, salvo raras exceções, sempre que medidas governamentais são deliberadas e que afetam diretamente o conjunto da sociedade, a quem se está obedecendo de fato, ao poder constituído legalmente, ou ao poder sombrio que atua nos bastidores e que não é reconhecido como autoridade perante Deus?
Nosso propósito não é o de enfocar a questão política, mas refletir de modo aprofundado sobre o princípio da autoridade à qual somos ordenados a estarmos sujeitos.
É sabido por exemplo que um ex-presidente foi financiado em sua campanha política e conduzido ao poder por ter sido patrocinado por George Soros, o grande especulador financeiro mundial e cujo nome é associado ao narcotráfico. Seria por isso que vimos este ex-presidente fazendo campanha para a legalização da maconha? Muitas de suas medidas foram adotadas, sobretudo no modo como conduziu a privatização de empresas, sabidamente, em obediência a interesses daqueles que estão orquestrando a Nova Ordem Mundial, pela via da globalização.
Deus nos revelou em visão que há de fato uma conspiração mundial, sobretudo no mundo ocidental, atuando por detrás dos bastidores do poder legal, que lhe está subordinado, para que não sejamos ingênuos numa época em que se apressa a formalização do governo do Anticristo, de modo que não sejamos achados apoiando medidas cujo interesse esteja voltado para o referido propósito.
Em todo o caso, não somos especialistas neste assunto, e preferimos recorrer ao testemunho daqueles que têm participado diretamente no cenário político atual, de modo que por suas palavras possamos ser ajudados a formar o nosso próprio juízo.
Com este fim em vista, estamos publicando a seguir um texto de autoria de Adrián Salbuchi, cuja extensa ficha biográfica pode ser lida na Metapédia, e que o qualifica a discorrer sobre este assunto:
O Vindouro Governo Mundial
Autor: Adrian Salbuchi
As pessoas lúcidas e conscientes que observam o desdobrar dos acontecimentos mundiais durante a última década (ou desde 11 de setembro de 2001), com certeza já se perguntaram o que está acontecendo com o mundo em que vivemos. Vemos o aumento da violência, guerras, mentiras descaradas, operações de bandeira falsa, levantes sociais, pobreza, falências e morte de milhares de pessoas… O mundo tornou-se um lugar perigoso e lamentável de se viver, e piora a cada dia.
Isto tudo nos leva a fazer uma pergunta óbvia: Por quê? Por que tudo isto está acontecendo? Poderíamos atribuir a causa disto à natureza maligna do ser humano? Ou à sua insensatez e ignorância? Será que tudo é apenas uma série de equívocos e erros em questões cruciais?
Quase todos terão uma resposta pronta à esta indagação, caracterizada obviamente pelo seu ponto de vista filosófico particular. Os mais racionais dirão que a causa é a tomada de decisões errôneas que as pessoas normais fazem em um ambiente cada vez mais complexo. Os otimistas encolherão os ombros, subestimando a questão com a estranha declaração de que sempre houve guerras, perseguições, pobreza e corrupção… Os pessimistas, como sempre, irão se queixar de que estamos todos condenados, especialmente aqueles que proclamam: “Arrependam-se antes que o mundo acabe em 2012”. Então, o que devemos pensar?
Primeiro, uma Palavra a Respeito de “Conspirações”
Se você não crê em nenhuma das explicações acima e sente que as calamidades atuais estão sendo deliberadamente planejadas (por um grupo de pessoas em algum lugar, que controla o curso dos eventos mundiais), tenha cuidado, pois corre o risco de ser rotulado como mais um paranóico, alucinado, um excêntrico que acredita em teorias conspiratórias.
Não se preocupe demais com isto, pois aqueles que classificam como “teoria conspiratória” toda tentativa de reunir um modelo alternativo de atuação real dos poderes globais, na verdade são: a) Pessoas alegremente ignorantes que crêem em um “mundo de acordo com a CNN e a FoxNews”; b) Míopes em relação aos processos geopolíticos cruciais de longo prazo; ou c) Enganadores deliberadamente propensos a proteger a Elite Global e que, por isso, reagem inquietamente toda vez que alguém lança luz sobre a questão. Neste artigo abordarei esta terceira opção.
Desmascarar as acusações de “teoria conspiratória” na realidade não é algo difícil de fazer, pois aquilo que é rotulado como tal, é apenas o comportamento humano normal. Ou será que deveríamos gritar “conspiração!” todas as vezes que duas ou três pessoas com interesses e metas em comum unirem-se a fim de coordenar e articular suas ações, unindo forças para promover esses objetivos mais facilmente e com um maior grau de precisão? Vemos isto acontecer em nossas comunidades, escolas e até em nossas próprias famílias. Este comportamento humano normal é tão onipresente que ninguém se preocupa em mencioná-lo. Até que você aponte para o fato de que os mais altos escalões do poder mundial também fazem exatamente o mesmo.
Toda vez que alguém diz que indivíduos e entidades extremamente poderosos também se envolvem de forma relativamente previsível em ações comuns, planejando e fazendo acordos a fim de alcançar metas comuns, aquela palavra que começa com “C” é usada veementemente para destruir essa linha de pensamento ou investigação de uma vez por todas.
Como você se atreve a dizer que banqueiros globais maquinam e manipulam o dinheiro e as finanças de modo a controlar as economias, mercados, governos e a mídia? Como você se atreve a insinuar que os ricos e poderosos criam organizações como o Conselho das Relações Internacionais (CFR) ou a Comissão Trilateral a fim de concretizar seus planos geopolíticos de apoiar os interesses de longo prazo da Elite Global empenhada em impôr um único Governo Mundial sobre toda a humanidade? Como você pode ser tão paranóico a ponto de sugerir que o dinheiro é usado para influenciar e colocar “pessoas de confiança” na Casa Branca, no Parlamento e no Governo Britânico, na Casa Rosada Argentina e nas mesas dos editores de todas as principais empresas de mídia?
Esta é a reação dominante que temos toda vez que falamos sobre os banqueiros, magnatas do petróleo, empreiteiros, políticos, jornalistas e suas respectivas corporações, organizações, bancos, lobs, lojas maçônicas, forças armadas — todos os quais claramente têm interesses e objetivos em comum — unindo-se e usando suas vastas movimentações financeiras para exercer controle com punhos de ferro sobre a sociedade. Isto é tão óbvio que somente os ingênuos (ou os “analistas” descaradamente na folha de pagamento da Elite) chegam à conclusão oposta. O que é realmente ingenuidade é acreditar que George Soros nunca pega o telefone para discutir planos comuns com Henry Kissinger ou com Christine Lagarde (do FMI). Ou que David Rockefeller nunca sai para jantar com seus colegas Rothschild, Morgan e Warburg.
Não fique desconsertado quando alguém usar a palavra “conspiração” contra você. Todos aqueles que usam essa técnica para silenciar as pessoas lúcidas e atentas fazem isto porque sabem que nada é mais perigoso para eles do que… pessoas lúcidas e atentas!
Agora, vamos dar uma olhada e ver como o mundo realmente funciona, chamem isto de “conspiração”, ou não.
O Governo Mundial
O sonho de erigir um Governo Mundial único e controlado por uma pequena minoria extremamente poderosa e ardilosa remonta a vários séculos. Suas raízes não se estendem apenas sob o cenário político, mas também nas esferas sociais, culturais e religiosas, frequentemente com nuances simbólicas e “ocultas”.
Em nossos dias, o governo mundial tem sido descrito de variadas formas, como “Nova Ordem Mundial”, “Um Mundo Unificado” e, mais recentemente “Globalização”. Não importa como você o chame, o fato é que a soberania nacional (que é a capacidade do povo se organizar em torno dos Estados-nações, a fim de decidir seus próprios assuntos), de um conceito original nitidamente definido vem se esfacelando e dispersando de tal forma que, hoje em dia, ninguém sabe definir prontamente o significado de soberania.
Talvez isto fosse aceitável se a soberania nacional dos países fosse reduzida em prol da luta contra os problemas globais que afetam a humanidade como um todo (por um bem comum), no entanto, o aumento da fome, doenças, poluição e guerras nos mostra um cenário muito diferente. Por quê? O motivo é que, basicamente o Governo Mundial não se desenvolveu firmado em instituições públicas globais robustas que tenham (ou que deveriam ter) em primeiro plano o bem público de “Nós, o Povo”, mas em vez disso, se desenvolveu com base em organizações privadas que têm o lucro e seus próprios interesses em primeiro plano. De fato, o Governo Mundial que está surgindo diante de nossos olhos possui uma característica-chave, que é raramente mencionada: ele é privado.
O Poder Privado
Vamos começar pelo básico: o que dirige o mundo nos dias de hoje não é a justiça, nem a busca pelo bem comum, nem as leis internacionais, os valores éticos ou a democracia. O que governa o mundo é o poder e hoje o poder tem sido ilegitimamente acumulado nas mãos de uma pequena minoria usurpadora. O que queremos dizer com “poder”?
Primeiro, poder é a capacidade concreta de planejar, promover, organizar e executar ações cujos resultados invariavelmente levarão a objetivos específicos e desejados a curto, médio e longo prazos. Poder é a capacidade e habilidade de fazer certas coisas acontecerem sem nenhuma resistência e, ao mesmo tempo, impedir que outras coisas venham a acontecer, independente de sua força. Se for necessário, usando até a guerra…
Esta definição abrange etapas políticas, econômicas, industriais, financeiras, comerciais, tecnológicas, culturais, psicológicas e (normalmente, em última instância) militares. O exercício do poder requer o uso coordenado e inteligente de todos os recursos disponíveis (sejam estes abundantes ou escassos, físicos ou virtuais) com a visão de alcançar objetivos e metas concretos.
Em segundo lugar, temos de diferenciar poder formal e poder real. O que a mídia nos mostra são os muitos chamativos resultados visíveis de ações executadas por estruturas do poder formal, isto é, os governos nacionais, mercados financeiros e mídia. Entretanto, as alavancas do poder real que fazem as coisas acontecerem são muitos menos visíveis. Eles planejam o que acontece no mundo, quando, onde e quem faz as coisas acontecerem. Simetrias entre o poder real e o poder formal ajudam a explicar como o sistema global funciona. Vamos recapitular:
O poder real está centrado em estruturas e organizações discretas e proativas que comandam processos concretos e efetivos nas esferas política, econômica e social de uma nação, região, classe econômica, instituições públicas ou privadas, ou uma combinação destas. Sua efetividade origina-se de sua continuidade no tempo, o que lhe permite aumentar e alavancar sua capacidade de dominação mundial. O poder real estrutura as forças motoras que, apesar de invisíveis, não obstante geram resultados altamente visíveis.
Já o poder formal está centrado em estruturas que são em sua maior parte executoras reativas das estratégias e decisões que emanam das estruturas de poder real. Estas incluem as estruturas eminentes, como grandes companhias multinacionais, bancos transnacionais, monopólios de multimídia, importantes universidades e altos escalões governamentais de todos os países (presidentes, membros do gabinete, congressistas, juízes). As estruturas de poder formal são as responsáveis pelos resultados visíveis enraizados em causas não tão visíveis que emanam das estruturas do poder real.
A conquista e o uso do poder tem muito em comum com o surfe: manter o equilíbrio em meio ao perigo, o risco de cair da prancha, o controle flexível de velocidade, da direção e do nível. Os bons surfistas sabem “cavalgar a onda”, do mesmo modo que o filósofo italiano Julius Evola recomendava que aprendêssemos a “cavalgar o tigre”… Podemos imaginar que o poder tem um estilo felino de caçar e rapinar, o qual temos de adestrar.
Isto nos leva à necessidade de entender claramente o que é a fundamental e cruel “Lei do Poder”: aqueles que têm o poder, o utilizam para promover e conduzir seus objetivos e interesses; aqueles que NÃO têm poder, precisam arcar com as consequências das ações daqueles que têm o poder de promover e conduzir seus objetivos e interesses.
Aqui temos as raízes da situação dramática que a maioria dos países sofre atualmente, pois o poder não está mais nas mãos de pessoas e organizações que trabalhem pelo bem comum da nação.
A Pirâmide
É útil abordar o poder a partir de um ponto de vista corporativo, ou empresarial. Afinal, as companhias modernas prosperaram e sobreviveram durante séculos, transformando-se na força-motriz da mudança contínua que “privatizou” o poder, transferindo as rédeas do controle das instituições políticas públicas para eminentes estruturas econômicas privadas e articuladas em três níveis hierárquicos verticais:
Os Acionistas, que são os verdadeiros proprietários e controladores de uma companhia, mesmo que raramente ou nunca estejam envolvidos com os processos operacionais e administrativos. Os acionistas concentram-se nas finanças e não na produção econômica.
Os Diretores, que representam os acionistas e supervisionam o correto, eficiente e apropriado funcionamento da empresa, de acordo com os interesses dos acionistas. A diretoria é responsável por garantir o crescimento máximo dos resultados (a rentabilidade atual e futura das ações da companhia) com redução de custos, tornando assim a corporação capitalista um agente intrinsecamente antissocial.
Os Gerentes, formados por funcionários bem-remunerados e responsáveis pela administração diária da empresa. Normalmente, eles são especialistas treinados e diligentes que agregam valor à empresa com seu talento, habilidades organizacionais e disciplina.
Nos dias atuais, a superestrutura de um genuíno Governo Mundial já existe, porém em sua maior parte, nós não o reconhecemos como tal, pois os paradigmas normalmente associados com o conceito de “governo” ainda não estão prontamente visíveis. Ao contrário, uma vez que o poder foi “privatizado”, o Governo Mundial atual tem muito mais semelhanças com as estruturas de poder privado descritas acima. Ele se baseia nos fundamentos da “Globalização”, onde o poder é privado e a “democracia” é o sistema político preferencial por meio do qual as estruturas de poder privado controlam o governo público, isto é, por meio do dinheiro.
Portanto, o poder público — o “governo” — em quase todos os países pode ocupar apenas o nível inferior das tomadas de decisões (presidente, primeiro-ministro, Congresso, Parlamento, etc). Os níveis médio e superior estão acima, ou fora do âmbito dos governos nacionais e seus países, de modo que “Nós, o Povo”, não temos acesso ou controle sobre eles, embora atinjam profundamente a todos nós. Vamos olhar mais de perto como essa hierarquia de poder global atua na prática:
Decisões de Alto Nível (Isto É os “Donos” Deste Mundo) – A Abrangência Geopolítica
No mundo corporativo privado, as decisões de nível superior são tomadas pelos acionistas. No governo público mundial isso é feito pela Elite do Poder Global. Salvo os países maiores, como os EUA, Grã-Bretanha, Rússia, China e França, os governos nacionais têm pouco ou nenhum acesso às decisões de nível superior nas quais os “Mestres do Mundo” exercem o poder real. Isto tudo é coordenado e combinado em torno dos seguintes principais eixos que tratam com a geopolítica:
Centros de Estudos e Debates – Uma compacta, hierárquica, uniforme e muito poderosa rede global de centros de planejamento geoestratégico (os chamados “centros de estudos e debates”), dos quais os mais notáveis são o Conselho das Relações Internacionais (CFR), a Comissão Trilateral, o Fórum Econômico Mundial, o Projeto para um Novo Século Americano (PNAC), entre outros. O trabalho deles é planejar o desenvolvimento a longo prazo dos complexos processos políticos, econômicos, financeiros, tecnológicos, militares e culturais, integrando-os em modelos geopolíticos consistentes, sustentáveis e complexos, adaptados de forma a atingir a longo prazo o domínio nacional, regional e global.
Famílias Dinásticas e Financeiras que exercem imenso poder econômico, financeiro e social, possuidoras de fortunas há muitas gerações, ou até séculos. Exemplos: as famílias Rothschild, Rockefeller, Morgan, Mellon, Bin-Laden, Bush, Buffet, e outras.
Dinastias Reais e Linhagens da Nobreza que detêm imenso poder econômico, financeiro e social há séculos (isto é, as nobrezas reinantes da Grã-Bretanha, Holanda, Espanha e Bélgica, bem como as “nobrezas não coroadas” da França, Alemanha, Áustria, Itália e Portugal). Elas estão intimamente relacionados às suas correspondentes nas realezas islâmicas e às “nobrezas” e aristocracias financeiras dos EUA e do extremo oriente.
Organizações Religiosas – Estruturas políticas das principais vertentes religiosas, notavelmente o Vaticano, a Igreja Anglicana, igrejas luteranas e calvinistas, o Sinédrio Judaico, organizações evangélicas e pentecostais, muitas delas ferrenhamente pró-sionistas.
Estruturas Políticas Supranacionais – Maçonaria, Sionismo, Social Democracia Internacional, Democracia Cristã Internacional, várias ONGs e grupos de lóbi. Neste grupo encontram-se os mais altos escalões do poder global unidos no topo da pirâmide. Sem dúvida, tudo que há por trás da tradição “Illuminati” reside aqui: uma compacta Mesa Redonda de “Anciãos” representando o poder financeiro, as dinastias familiares, reis, rainhas e xeques, sacerdotes católicos, rabinos, pastores luteranos e anglicanos, além das linhagens sanguíneas a partir das quais o “Rei do Mundo” surgirá. Eles não delegam sua responsabilidade a ninguém.
Crime Organizado – Não é de surpreender que o crime organizado influencie as estruturas de poder e até mesmo seja criado por elas mesmas por meio de vários “acordos operacionais”. Nesta categorias temos as várias Máfias, traficantes de armas, cartéis do narcotráfico, grupos de lavagem de dinheiro, além de seus respectivos gerentes financeiros. Não há limites claros entre um e outro, uma vez que os grupos do crime organizado parecem ter se infiltrado de forma bem-sucedida em organizações “legítimas”, incluindo a CIA, MI6, Mossad, DEA, FBI, SEC, instituições financeiras, Bolsas de Valores, forças armadas e de segurança. A estrutura de poder da Nova Ordem Mundial contém pactos e acordos firmados com as principais organizações criminosas dispostas a respeitarem e seguirem diretrizes e regras de comprometimento informais.
Decisões de Nível Médio (Aqueles Que “Decidem”) – Abrangência Estratégica
No mundo corporativo privado, este nível decisório está nas mãos dos diretores. No governo mundial, este nível é composto por um grupo de atores principais: grandes empresas multinacionais, instituições financeiras transnacionais, monopólios de mídia, as principais universidades e setores específicos em todos os governos, notavelmente nas áreas de política exterior, economia e defesa.
Estes dirigem e canalizam imensos recursos para financiar campanhas políticas que promovam partidos políticos e candidatos previamente sondados e aprovados, mantendo o equilíbrio e imagem confiáveis, de forma a garantir que o eleitorado sempre tenha a falsa impressão de que “o povo elege seus governantes”. Vamos chamar isto de “jogo democrático”.
As organizações que detêm o monopólio da mídia, por sua vez, executam a curto prazo intensas campanhas psicológicas (por exemplo, antes das eleições), enquanto que o sistema educacional executa a médio e longo prazos a pressão psicológica que garanta que toda a população acredite, aceite, adote e faça parte do “jogo democrático”, sem questionar muito sobre isto.
Decisões de Nível Inferior (“Operadores” Cotidianos”) – Abrangência Operacional
No mundo corporativo privado, este nível decisório está nas mãos dos gerentes. No governo mundial, este nível é composto pelas “autoridades”, isto é, os governos, órgãos de imposição da lei (polícias), forças armadas e de segurança, entidades controladoras e supervisoras, e semelhantes. Isto inclui o “presidente” ou “primeiro-ministro” como chefe do Poder Executivo, os congressistas e parlamentares no Poder Legislativo e os juízes no Poder Judiciário do governo.
Portanto, o presidente ou primeiro-ministro de um país está limitado a meramente tomar decisões de nível administrativo de curto prazo durante seu breve mandato (geralmente de três a quatro anos, com o possível direito à reeleição; obviamente um tempo curto demais para consolidar a continuidade do poder). Podemos considerá-los como sendo os executivos-chefes de seus países, porém com suas “asas aparadas” e sendo constantemente desafiados por um grupo também controlado de candidatos da “oposição” pré-selecionados, examinados, sondados e aprovados pelos “diretores” e “acionistas” da Elite Global, que controla todo o jogo democrático, financiando as caríssimas campanhas eleitorais e as operações psicológicas (PsyOps) perpetradas pela mídia.
Dinâmicas
Outra causa principal da violência e do conflito nos dias de hoje é que os processos financeiros, econômicos e sociais têm dinâmicas muito diferentes entre si e seu próprio fator “tempo”, os quais são:
Finanças (Mudanças em Alta Velocidade) – A tecnologia moderna permite que as finanças movam de forma instantânea, à medida que os operadores e atores em todo o mundo especulam, investem, vendem, migram de um mercado para outro, de uma moeda para outra, usando computadores, programas e redes de telecomunicações, 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Dinâmica: O “tempo” no mundo das finanças corre na base dos segundos e minutos e o mercado financeiro tornou-se altamente automatizado. Esta imensa vantagem ajuda a explicar o motivo pelo qual as finanças reinam supremas sobre todos nós.
Economia (Mudanças de Velocidade Moderada) – Os processos econômicos acontecem em um ritmo muito mais lento, pois construir carros, aeronaves e televisores, fabricar biscoitos e roupas, prestar serviços, construir novas plantas industriais, treinar e recrutar funcionários requer planejamento, conhecimento e empenho.
Dinâmica: O “tempo” no mundo da economia corre na base de dias, meses e até anos. A economia real, portanto, opera em velocidade mais lenta que a das finanças virtuais, à qual está subordinada de forma anormal.
Sociais (Mudanças Lentas) – Os processos coletivos que governam as mudanças de paradigmas mentais, valores éticos, costumes sociais, hábitos e estilos, entre outros, ocorrem em ritmo mais lento ainda. Atualmente, estamos vivenciando uma “reengenharia” social e cultural inédita em escala mundial. Os dois principais instrumentos que dirigem as mudanças sociais são:
O Sistema Educacional – A educação nas áreas sociais, culturais, econômicas e políticas tornou-se distorcida, contaminada, desconstruída, desgastada, esvaziada de conteúdo e virada de cabeça para baixo, de toda maneira possível, a fim de acomodar-se e alinhar-se de forma a apoiar e promover o perfil mental desejado pelos planejadores da Elite Global.
Mídia – Além de distorcer nossa visão de mundo por meio da imprensa, a mídia também utiliza a indústria do entretenimento e a indústria de espetáculos para promover conteúdo imoral, destrutivo e muitas vezes pervertido, inspirada na antiga prática da idiotização coletiva, o método predominante nos dias finais do Império Romano: Panem et circensis. O “Pão e Circo” de outrora agora vem com “valor adicionado” possibilitado pela tecnologia atual.
Dinâmica: As mudanças sociais e culturais ocorrem de forma muito lenta. O “tempo”, neste caso, pode levar décadas, gerações, até mesmo séculos.
A “Roda” do Poder Mundial
Nos dias atuais, a arquitetura de poder geopolítico tem o seguinte aspecto:
Principais Companhias Multinacionais Industriais – As 500 empresas da lista da revista Fortune nas áreas de indústria, serviços, varejo, petróleo, energia, mineração, pesquisa e desenvolvimento, defesa, aeroespacial, alimentos, agricultura, química, construção, distribuição, consultoria, etc.
Instituições Financeiras Privadas – Bancos inter e transnacionais, consultores financeiros, agências de avaliação de risco, Bolsas de Valores, administradoras de fundos, companhias de seguro e resseguro, fundos de pensão e de investimentos, etc.
Entidades Multilaterais Nacionais e Supranacionais – Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento, Banco de Compensações Internacionais, todos os bancos centrais nacionais, especialmente o Banco da Reserva Federal dos EUA e o Banco Central Europeu, as Nações Unidas, entre outras.
Universidades e Alta Academia – Nas áreas de ciências políticas, relações internacionais e governamentais, e economia (isto é, Harvard, MIT, Columbia, Princeton, Yale, John Hopkins, Chicago, Stanford, Georgetown, Oxford, Cambridge, Escola de Economia de Londres).
Monopólios de Multimídia – The New York Times, Washington Post, Newsweek, CNN-Time Warner, CBS, MSNBC, Fox, BBC, The Economist, Der Spiegel, Foreign Affairs, Reuters.
Governos – Principais políticas internas e externas, cargos econômicos, financeiros e monetários.
De modo a servir às metas e interesses da Nova Ordem Mundial, esta “Roda do Poder” precisa girar em uma direção específica, dirigida a partir de seu centro, o qual é controlado por uma discreta (apesar de não secreta) rede de centros de estudos e debates e centros de planejamento geopolítico, agindo de forma flexível, sequencial e consistente. Isto dá a cada um dos principais eixos de poder seu “libreto” específico, para que cada um atue no tempo certo e faça o que for necessário dentro de um plano muito maior que engloba o mundo décadas à frente.
Este é um esquema altamente hierarquizado, disciplinado e na forma de uma pirâmide e, ao observarmos seus operadores e atores nas partes mais baixas, eles se tornam cada vez mais numerosos e menos cientes do “quadro geral”. Assim como na comunidade da Inteligência, cada agente opera de acordo com o que é necessário que ele saiba, sendo que apenas aqueles que estão no topo, ou próximo do ápice, conseguem ter uma visão geral do que acontece e como tudo se encaixa perfeitamente no longo prazo no plano-mestre. Para aqueles que apreciam os simbolismos, este é o significado do olho-que-tudo-vê estampado na nota de um dólar…
O Poder do Dinheiro
O poder baseado nas grandes riquezas é profundamente antidemocrático. Sempre fico surpreso ao ver o modo como os políticos, a mídia, os “intelectuais”, acadêmicos e formadores de opinião enchem a boca para falar sobre “democracia”, insistindo que ela seja imposta sobre todos, em todos os lugares e, no entanto, nunca ouvimos alguém falar sobre a urgente necessidade de democratizar as finanças e a economia. Existe um tabu em relação a esta idéia, mesmo quando é absolutamente claro para todos que as finanças e a economia são governadas por um rígido autoritarismo da variedade mais antidemocrática possível. Entretanto, nenhuma das pessoas que deveriam apontar este fato para a opinião pública mundial se atreve a fazê-lo.
Poderoso Señor es Don Dinero, escreveu o poeta espanhol Don Francisco de Quevedo y Villegas quatro séculos atrás. Certamente somos levados a meditar em como esse poderoso cavalheiro, o “Senhor Dinheiro”, marcha mais forte do que nunca neste terrível século 21.
O governo mundial já está sobre nós. Durante muitas décadas ele funcionou como uma espécie de “governo das sombras”, preparando-se para dar um salto maior e se tornar um formalizado e juridicamente vinculante Governo Mundial. Ele confronta o mundo com um sistema de pensamento onde “democracia” e capitalismo contêm seus próprios valores, o que significa que para fazer parte destes, temos de aceitar seus valores – mesmo valores transcendentais em questões como justiça, felicidade e semelhantes. Portanto, os cidadãos têm de entregar suas mentes ao sistema, o qual não é político, nem econômico, mas sim um sistema de percepção (consciência).
A democracia e o capitalismo são sistemas de percepção (consciência). As pessoas não se dão conta disto, mas suas mentes são determinadas por esses sistemas. Este é o motivo pelo qual democracia e capitalismo representam um regime totalitário. O totalitarismo significa o total controle da sociedade… nunca houve um regime totalitário tão forte como o que temos hoje. O totalitarismo dos sistemas democrático e capitalista é tão sofisticado que mesmo nossos próprios desejos são determinados pelo sistema. Desejamos aquilo que a sociedade quer que desejemos.
Isto não pode ser declarado de forma mais ruidosa possível. Se a verdadeira democracia é um governo criado pelo povo, para o povo, com o propósito de proteger e promover o bem comum, e o “jogo democrático” que somos forçados a jogar hoje é totalmente subserviente e subordinado a um poder não-democrático baseado na posse de riquezas, então chegamos à conclusão de que NÃO existe democracia em lugar nenhum.
Deixar de compreender isto é deixar de compreender como o sistema de poder global realmente funciona, o que por sua vez leva à incapacidade de se chegar a um diagnóstico correto que nos leve a entender o motivo pelo qual as coisas andam tão mal neste mundo. Se não chegarmos a um diagnóstico correto, jamais encontraremos a cura para esta doentia situação. É hora de abrirmos nossas mentes e olhos para esta questão!
Sobre o autor: Adrian Salbuchi é um analista político, escritor, conferencista e apresentador de um programa de rádio na Argentina. Ele já publicou diversos livros sobre geopolítica e economia em espanhol e, recentemente, publicou seu primeiro livro eletrônico em inglês: The Coming World Government: Tragedy & Hope?, que pode ser adquirido em seu site pessoal, em http://www.asalbuchi.com.ar. Salbuchi tem 58 anos de idade, é casado, pai de quatro filhos adultos e trabalha como consultor estratégico para empresas nacionais e internacionais. Ele também é o fundador do Projeto Segunda República na Argentina, que está se expandindo internacionalmente. (visite http://secondrepublicproject.com).
Tradução: F. A. W.
Data da publicação: 2/3/2012
Transferido para a área pública em 15/12/2013
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/vindouro.asp