Em Daniel 12.11 lemos:
“Depois do tempo em que o costumado sacrifício for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá ainda mil duzentos e noventa dias.”
O governo mundial do Anticristo durará exatos sete anos, sendo que nos três anos e meio do final do seu governo, empreenderá grande perseguição contra os cristãos que permanecerem na Terra após o arrebatamento da Igreja, e também aos judeus, porque estes rejeitarão adorá-lo como se fosse um deus.
Nosso Senhor Jesus Cristo, em sua profecia sobre o tempo do fim, se reportou à citação de Daniel, para descrever o que ocorreria na Grande Tribulação.
O “lugar santo”, e o “abominável da desolação” citados em Mateus 24.15, pode tanto se referir a uma imagem pagã que exalte o Anticristo, colocada por ele num templo que seria reconstruído pelos judeus em Jerusalém; ou à presença do próprio Anticristo na referida cidade, com os seus exércitos para produzir desolações em Israel.
Note-se que na profecia de Daniel há uma referência à remoção do “sacrifício costumado” que era oferecido no templo, e isto foi feito efetivamente por Antíoco Epifânio entre 175 e 165 a.C.; todavia não há referência à remoção de sacrifícios na profecia de nosso Senhor.
É importante destacar que Ele havia predito que o templo de Jerusalém seria destruído, e não ficaria ali pedra sobre pedra; tendo a mesquita chamada Cúpula da Rocha sido construída exatamente no espaço que era por ele ocupado; e desde que os romanos o destruíram em 70.d.C., nunca mais houve um templo no qual os israelitas apresentassem os sacrifícios que eram exigidos pela Lei, no período do Antigo Testamento.
“Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo ( quem lê entenda ), então, os que estiverem na Judéia fujam para os montes; quem estiver sobre o eirado não desça a tirar de casa alguma coisa; e quem estiver no campo não volte atrás para buscar a sua capa. Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado; porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados.” – Mateus 24:15-22
À luz de todas estas palavras podemos inferir que um dos principais elementos propulsores das assolações que serão empreendidas pelo Anticristo contra os judeus e os cristãos remanescentes que estiverem vivendo na Terra, será o arrebatamento da Igreja no final dos primeiros três anos e meio do seu governo.
É possível que o arrebatamento seja explicado pelo Anticristo com uma mentira de que foi em razão de terem sido amaldiçoadas pelo seu poder divino que tais pessoas desapareceram misteriosamente da face da Terra; e como eram cristãs em sua totalidade, o que restava então senão completar o trabalho de exterminá-los por completo, bem como qualquer resquício de cristianismo que ainda porventura existisse neste mundo.
Veja que já opera presentemente uma forte oposição ao cristianismo, tentando desacreditá-lo e ridicularizá-lo, como sendo contrário a princípios aceitos e legitimados pela Nova Ordem Mundial (casamento de pessoas do mesmo sexo, aborto, adultério, negação da existência de Deus e de uma moralidade baseada na religião revelada através da Bíblia etc).
O Anticristo estará agindo por motivos políticos, mas por detrás disso estará Satanás, que sendo impedido definitivamente de se dirigir ao terceiro céu para acusar os cristãos na presença de Deus (até porque todos os crentes fiéis lá estarão por causa do arrebatamento, e não mais sujeitos a qualquer influência do pecado ou do diabo), atuará com grande fúria, e tentará magoar o coração de Deus produzindo o martírio de santos que estiverem na Terra.
Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo. Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até ao fim. O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão. – Daniel 7:25-27
Vale a pena ser fiel, especialmente nestes dias, para escaparmos de todas estas coisas, conforme predito e prometido pelo próprio Cristo:
Apo 3:10 Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.