O Deus vivo não é Deus de mortos, mas somente de vivos. Isto foi dito expressamente por nosso Senhor Jesus Cristo.
Só há vida espiritual quando se está ligado a Deus e em comunhão com Ele.
E como todos são pecadores. E por conseguinte, mortos espirituais por não estarem unidos a Deus em espírito, é simplesmente impossível para qualquer pessoa que consiga vencer tal morte espiritual e obter a vida eterna, sem que o próprio Deus fizesse algo para possibilitar que pelo menos uma parte desta humanidade que se encontra morta, completamente morta por não amar a Deus perfeitamente e por não ter um espírito puro e vivo, pudesse viver novamente, vencendo a morte.
Somente aqueles que foram vivificados pelo Espírito Santo por causa da fé deles em Cristo, são os que podem ter comunhão com
Deus em espírito, e portanto, estarem unidos a Ele para sempre.
Eles são ramos da Videira verdadeira.
São ramos frutíferos e cheios da seiva da vida eterna que flui de Cristo para eles.
Pertencem ao Senhor.
São seus para sempre, porque vivem a vida do Espírito.
Mas quanto aos que estão mortos espiritualmente?
Estes que resistem a Deus?
Que permanecem debaixo da Sua ira divina, por serem Seus inimigos?
O que a Bíblia afirma a respeito deles?
Porventura não é que permanecerão banidos eternamente da presença de Deus num tormento eterno?
Enquanto há gozo espiritual eterno para os primeiros, há horrores indizíveis para estes que permanecem mortos em seus delitos e pecados, porque não renasceram do Espírito Santo para serem tornados filhos de Deus.
O destino esterno é portanto selado quando se deixa este mundo pela morte, porque enquanto se está no corpo, o espírito do homem permanece nele, mas quando o corpo morre o espírito terá que migrar ou para o céu ou para o inferno.
Não há um lugar intermediário onde se possa ter uma segunda oportunidade para se obter a salvação por meio da conversão.
Por isso o ladrão da cruz ao lado de Jesus, foi diretamente para o paraíso naquele mesmo dia em que morrera, conforme lhe fora dito pelo Senhor.
E seria de se esperar que alguém como ele fosse para um local intermediário, porque até aquele momento havia sido um ladrão. Todavia, não foi.
E na parábola do rico e do mendigo Lázaro, ambos foram respectivamente para o inferno e para o céu, no dia da sua morte, porque não é dado ao espírito do homem, ficar vagando neste mundo depois da morte física.
Enquanto no corpo, ele permanece aqui.
Mas uma vez que deixa o corpo deve ir para o seu próprio lugar, a saber, para a glória ou então para o tormento eterno.
Por isso se afirma na epístola aos Hebreus que está ordenado aos homens morrerem fisicamente uma única vez, e que depois da morte se estabelece imediatamente o juízo, a saber, de se ir para o céu, caso se tenha a Cristo, ou então para o inferno caso se tenha permanecido na incredulidade.
Por isso nosso Senhor veio a este mundo para que pudesse resgatar da morte eterna e dar vida ao povo que Deus escolheu exclusivamente para si, zeloso de boas obras, porque, se não fosse por Ele, permaneceriam com seus espíritos mortos, separados de Deus para sempre, sem a possibilidade de serem perdoados e reconciliados com Ele.
Ninguém se iluda portanto, que por conta de algumas obras de justiça que pratique, poderá ser salvo da morte eterna por causa das mesmas.
Veja o caso do centurião Cornélio, citado no livro de Atos, cujas orações e esmolas estavam sendo observadas por Deus… por acaso não foi necessário que o apóstolo Pedro lhe fosse enviado com a palavra do evangelho de Cristo, para que nele crendo, pudesse ser salvo?
De igual modo, apesar de o Senhor ter dito de Natanael, que era um verdadeiro israelita sem dolo, ou seja, sem malícia, sem intenção de prejudicar ou fazer mal a alguém, todavia não teve também que ter sido conduzido a Ele, para que nEle crendo pudesse ser salvo?
Disto aprendemos, e de muitos outros exemplos, que por melhor que uma pessoa possa ser para os homens, e até mesmo em fazer coisas que sejam aprovadas por Deus, ela não poderá ser salva por nenhum outro meio senão somente o da fé em Jesus, porque permanecemos sendo pecadores, por melhores que sejam as nossas obras, e temos naturalmente um espírito que está morto, que não pode ter por isso comunhão com Deus, e que pode ser vivificado somente pelo Senhor.
Além disso, devemos sempre lembrar que Deus não pode justificar pecadores, a menos que paguem toda a sua dívida de pecados, inclusive do menor deles, pois é perfeitamente justo, e exige perfeição de tudo o que criou.
Sabemos que somente Jesus pagou tal dívida por nós, tomando o nosso lugar na cruz.
A justiça de Deus deve ser satisfeita totalmente para que possa receber o pecador como seu filho.
Estando assim justificado pela fé, com um espírito regenerado e renovado, poderá ter a vida eterna, a qual consiste no conhecimento de Deus e na comunhão com Ele.
E isto, não se pode ter, sem Cristo, por melhor que uma pessoa possa se considerar e se esforçar em tal sentido, porque todo homem, sem uma única exceção, padece de uma doença mortal, chamada pecado, e possui por condição de nascimento, uma natureza que está em inimizade contra Deus e sujeita ao domínio das trevas e do diabo. (Atos 26.13-18)
É por isso que o Espírito Santo trabalha no sentido de nos convencer do pecado, ou seja, de nos dar o diagnóstico correto dessa doença que resistimos tanto a reconhecer que dela padecemos.
Mas bem-aventurado é todo aquele que é humilde de espírito para reconhecer a sua enfermidade e que recorre ao Senhor Jesus Cristo para ser curado, pois é o único médico que pode nos curar de um mal tão terrível, que não somente enfraquece, como principalmente, mata o nosso espírito.
A Jesus então, e a Ele somente seja toda a glória, a força, a honra e o louvor para sempre.
Amém!
Pr Silvio Dutra