Texto: Mateus 9:35-36
Introdução:
Exatamente o que Jesus viu nas multidões que o seguiam? Jesus viu rostos, vidas, situações, lutas e feridas. Não é difícil imaginar que todo o tipo de pessoa estava naquela multidão de milhares de pessoas, orgulhosos, feridos, rejeitados, amargos, grandes, pequenos, desempregados, trabalhadores, alcoólicos, adúlteros, homossexuais, trapaceiros, ladrões, religiosos hipócritas, ladrões, prostitutas, mentirosos, etc. o que você imaginar, com toda a probabilidade estava lá!
Ao contrário de nós, Jesus realmente sabe e vê todas as coisas – os nossos medos, falhas, necessidades, angústias, fardos e enfermidades. Ele ouve todas as conversas. Ele conhece as nossas esperanças, sonhos e até mesmo os nossos segredos profundos e obscuros – tudo! E o que Jesus faz?
Jesus trouxe compaixão, não julgamento. Ele guiou e não repreendeu as pessoas.
Ele viu os pecados passados dos povos e suas necessidades – tanto físico como espiritual. Sim, Jesus vê e se importa!
I. Contrastando nosso foco com o de Jesus
A. Nos versos 1-2, teríamos visto apenas um homem paralisado, mas Jesus viu a fé daqueles que conduziram o paralitico e o desceram pelo telhado. Teríamos visto um homem que necessitava de cura física, mas Jesus viu um homem desejava o perdão. Jesus viu o arrependimento não dito!
B. Nos versos 3-8, não teríamos notado nada sobre os escribas, mas Jesus observou os seus maus pensamentos e murmuração!
C. No verso 9, teríamos visto um traidor; político odiado pelo seu país e as pessoas, mas Jesus viu um novo discípulo em Mateus!
D. Nos versos 10-13, teríamos visto o que os fariseus, viram – Jesus comer com um bando de pecadores, mas Jesus realmente os viu como espiritualmente doentes, e misericordiosamente levou-os ao arrependimento!
E. Nos versos 20-22, teríamos visto uma mulher impura tocar o nosso Mestre, mas Jesus viu sua doença em segredo e sua fé para ser curada – o toque da fé, não é apenas um toque casual!
F. Nos versos 23-25, teríamos visto uma menina fria, pálida e morta, mas Jesus viu a como apenas adormecida e precisando ser despertada!
G. No verso 36, teríamos visto as multidões importunando nosso Senhor, e esperando que eles fossem embora para que pudéssemos passar algum “tempo de qualidade” com Ele, mas, novamente, Jesus viu-os como ovelhas pobres e dispersas e foi movido de intima compaixão para com eles!
II. Ajustando o nosso foco com o de Jesus
A. Precisamos mudar e romper com nossa estreita visão limitada, egoísta e se envolver com as pessoas ao nosso redor.
B. Veja Lucas 7:44-50. A visão diante dos olhos de Simão era demais para aceitar. Uma notória mulher pecadora ungindo Jesus com óleo. Simão, o fariseu não podia deixar de julgar tanto Cristo como a mulher!
C. A pergunta afiada de Jesus revelou o espírito farisaico de Simão. “Vês esta mulher?” Jesus parecia dizer: “Será que estamos mesmo olhando para a mesma mulher?” Então Jesus deu razões pelas quais a mulher pecadora estava realmente em uma posição espiritual melhor do que Simão!
D. Simão guardava todas as regras e regulamentos religiosos, mas a mulher pecadora veio pela fé a Cristo em verdadeira adoração e devoção (João 4:23; Hebreus 11:6). Jesus viu o seu coração.
E. Nós não podemos ver o coração das pessoas. Mas ter olhos como Jesus, pelo menos, nos levará a não julgar os outros com base no que parece; de onde vêm ou o que eles fizeram.
F. Hoje, Cristo nos pergunta: “Você vê o seu vizinho do jeito que eu vejo?” Você percebe que eu morri para ele também?
Quando você vê um vizinho preso em uma vida sem esperança de pecado, qual é sua reação? Como Simão? Ou será que o seu coração enche de compaixão, porque eles são como “como ovelhas sem pastor”, como fez o coração de Jesus?
III. Harmonizando o nosso foco com o de Jesus
A. Quando começamos a ter olhos compassivos e o coração como o de Jesus, nós podemos olhar para as pessoas de um novo ângulo e perspectiva!
B. Não é aceitável estarmos ociosos ou indiferentes em um mundo fragmentado. Não é o suficiente ensinar o que é verdade, mas não vivê-la.
C. Não é o suficiente pensar que somos justos quando não estamos dispostos a levantar um dedo para ajudar os que sofrem, os necessitados e perdidos.
D. Romanos 15:1-3; Tiago 2:8; Gálatas 5:14.
Conclusão:
Como discípulos de Cristo, a nossa oração deve ser que Ele nos dê Seus olhos – olhos que perfuram o coração endurecido, olhos que vêem o bem; além da mancha feia do pecado; olhos que vêem além de vidas arruinadas pela iniquidade na restauração trazida pela cruz do Calvário. (Mateus 13:16)
Que possamos ter um coração como o de Jesus – que não é frio e indiferente, mas sempre cheio e transbordando de compaixão e misericórdia para com os outros!
Pr. Aldenir Araújo
Fonte: O Pregador