Voltaire, de tanto que odiava a religião, especialmente pelo seu caráter de impor limites ao homem quanto à prática do que é definido na Bíblia como pecado, proclamou, juntamente com muitos outros de igual pensamento, uma liberdade, que viria a fazer parte do slogan de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa.
Nenhum Deus, nenhuma restrição… O homem é soberano, é livre para fazer o que quiser. Deve dar plenas asas ao exercício da sua vontade, sem se preocupar com qualquer tipo de juízo divino sobre seus pensamentos, palavras e ações.
Hoje em dia, o que temos visto na maior parte das sociedades, em todo o mundo, é um retorno a esta forma de pensar dos iluministas, e não é de se admirar porque muito do que tem sido ditado como forma de comportamento é protagonizado na mídia pelos modernos illuminatis.
Agora… Há algo de novo nisto, mesmo quando foi defendido pelos primeiros iluministas a partir de meados do século XVIII?
Obviamente que não!
Isto foi proposto no céu por aquele que viria a se transformar em Satanás, o diabo, no que foi seguido por muitos anjos que se transformaram em demônios.
Depois ele viria a oferecer esta libertação de Deus e de toda forma de virtude, para a prática de uma suposta liberdade para praticar tudo o que é pecaminoso, e, por conseguinte reprovado por Deus e pelas Escrituras ao primeiro casal, quando este se encontrava no estado de inocência no Éden.
É daí que decorre o ódio daqueles que desprezam a Deus, ao Cristianismo, a Jesus e aos Seus mandamentos; porque enquanto vigorar na sociedade uma moral e costumes baseados na cultura judaico-cristã, eles não estarão plenamente à vontade para praticar aquela liberdade de pecar que Satanás e os demônios tanto apreciam, cujo final é a morte espiritual eterna em razão do juízo de Deus sobre tal forma de viver.
Ele não nos deu a vida, como um dom para ser gasto na contramão da Sua vontade e caráter.
Por isso, todos terão que Lhe prestar contas do uso que fizeram da liberdade que receberam para pensar, falar e agir. Se para o bem ou para o mal. Se para a piedade ou para a impiedade. Se para a justiça ou para a injustiça. Se para o amor ou para o ódio. Se para a santidade ou para a iniquidade.
Se não houvesse algum valor real eterno em se guardar o coração da prática do mal, em se fazer diversas renúncias em prol de se manter um bom testemunho de consciência perante Deus e todos os homens de boa vontade, e se não houvesse uma real convicção de fé, sobretudo no ensino das Escrituras de que bem irá ao que ama e pratica a justiça, e que de mal a por irá todo aquele que ama e pratica a injustiça, como poderíamos chegar à idade avançada com a firme convicção de que sabemos quem é o Deus que temos servido, e que Sua promessas são fiéis e verdadeiras?
Somente aqueles que conhecem a Cristo e que andam em comunhão com Ele podem ter para si mesmos a certeza de que nada estão perdendo de real valor quando renunciam aos prazeres mundanos pecaminosos que os afastam do Seu amado Senhor.
Na verdade não há perda, senão ganhos… vitória sobre o diabo, a carne e o mundo, por meio da graça de Cristo que sempre nos conduz em triunfo.
Quem não ama a Cristo viverá com a sua alma em permanente transe, tendo que responder a este dilema da existência humana, quer cedo ou tarde, de que se há valor real em se servir a Deus?
Que valor há em se abster das paixões que guerreiam contra a alma?
Não se pode responder a tal questionamento de modo adequado, em firme convicção de fé, sem a direção e instrução do Espírito Santo.
Sem a graça de Jesus nada podemos fazer.
Ficamos entregues a nós mesmos, às nossas convicções, incapazes de enxergar a verdade que é segundo a perspectiva divina, e não segundo a perspectiva do modo de pensar dos homens.
Por isso necessitamos andar no Espírito e não segundo a carne, porque não acharemos respostas na carne (nossa natureza terrena decaída no pecado) para uma questão de caráter divino que pode ser adequadamente respondida somente pela nova criatura (natureza divina que recebemos na conversão e que é alimentada pela santificação).
Pr Silvio Dutra