Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” Tiago 5:16
Feridas ao longo da vida, todos nós temos. Marcas que doem só de falarmos delas. Resta saber o que faremos delas, esconderemos? Sofreremos com elas por toda vida? Sempre que alguém toca “naquele” ponto, dói. Há quem faça desses capítulos menos bons, um ponto de partida para dias melhores. Há quem torne a felicidade impossível, porque esses capítulos inviabilizam novas histórias, um “final feliz”. Existem pessoas que odeiam a si próprios, ora, isso é “trancar casa com a chave dentro” Como vamos entrar? Por onde a cura entrará?
Curadores Feridos somos todos nós. Não temos poder para julgar ninguém, porque não suportaríamos sermos julgados. Talvez se eu tentasse ajudar-te, você diria: “Quem é você para querer aconselhar-me”? Talvez eu retrucasse: “Olha quem fala”? Mas não se trata disso, aliás, seria uma guerra sem fim.
Precisamos ajudar uns aos outros, sem nos julgarmos melhores do que ninguém. Dizer daquilo que dói em nós, compartilhar a cura que recebemos, sem acharmos que somos superiores. O que você hoje passa, eu posso já ter passado. O que você já passou, talvez eu ainda vá passar. Tudo seria mais fácil se casássemos as experiências e desfrutássemos uns dos outros sem animosidade.
Ninguém é totalmente curado, que possa arvorar-se em médico do outro. Ninguém é totalmente isento, que possa falar como quem está no andar mais acima. Mas todos podemos aprender uns com os outros.
Preciso de todos, preciso de todo o mundo. Estou certo de que podemos servir mais. Seja qual for a nossa posição, ninguém está autorizado a não servir. Essa é a essência da fraternidade.
Olha só quem está falando?
Um Devedor do Eterno
André Luiz