Se assim fora, no caso de seres morais, que têm plena consciência do valor do que é certo e do que é errado, e principalmente da sua existência, não haveria qualquer razão para temer um possível juízo futuro da parte de Deus. Qual vantagem teria o que faz o bem sobre aquele que vive para praticar o mal? Afinal, as vicissitudes da vida não atingem tanto a um quanto o outro?
Todavia, a nossa própria constituição moral e o tribunal instalado por Deus na nossa consciência, são os indicadores de um acerto de contas final, no qual haverá um julgamento de caráter eterno para recompensar os que praticam o bem com galardões e a vida eterna, e os que praticam o mal com castigos e uma condenação também eternos. Concluímos então que não haveria qualquer sentido em sermos o que somos (seres morais) caso houvesse uma aniquilação total da nossa existência depois da morte física.
O espírito prossegue eternamente e comparecerá perante Deus para que suas obras sejam julgadas pela justiça perfeita divina. Se não houvesse um juízo final de um Juiz perfeito, poderíamos dizer que isto configuraria a maior injustiça do universo, porque mesmo em nós, que somos imperfeitos, há uma clamor para que haja justiça tanto para recompensar o bem, quanto para punir o mal. Por isso o próprio Deus puniu o pecado com um castigo de valor eterno e infinito, para que pudéssemos ser perdoados e satisfazer à demanda da justiça divina, quando Ele levou o seu próprio filho amado, Jesus Cristo, à cruz, para morrer no nosso lugar.