Está declarada de modo muito claro e direto na Bíblia, desde o seu primeiro livro de Gênesis, a verdade relativa à condição natural de todo ser humano de se inclinar para a sua natureza terrena carnal pecaminosa, e por ela ser dirigido, em vez de se inclinar para a natureza celestial e espiritual divina, para a qual fora criado, para viver por meio dela eternamente.
O próprio Deus expôs esta verdade no motivo declarado do dilúvio que traria sobre toda a Terra:
“Então, disse o Senhor: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos.” (Gênesis 6.3)
Veja a comprovação desta verdade, porque no meio de toda uma geração que se inclinava e se movia apenas pelo que era carnal, somente um homem (Noé) havia se voltado para Deus, pela fé, e obtido pela justificação, a coparticipação da natureza divina, pela qual recebeu o testemunho de ser homem justo, temente a Deus e que se desviava do mal.
Viver na carne, segundo a lição que nos foi deixada no dilúvio, opera a morte e a destruição.
E deste viver todos compartilham, em razão da natureza que possuímos, até que sejamos libertados e justificados pela fé em Cristo, para recebermos uma nova natureza, na qual se cumpre o propósito eterno de Deus na nossa criação.
Afinal, Deus é espírito, e importa que também o sejamos para termos comunhão com Ele e participação da sua vida divina.