Gosto de comparar a queda do homem com a queda de um avião. Imaginemos uma viagem perfeita, todos seguros seguindo para seu destino. Então, o comandante descuida-se e opera uma manobra errada. O avião cai.
Imagine o avião caindo no mar, e pessoas tendo que sobreviver a sua própria sorte. Alguns podem conseguir nadar, outros simplesmente morrem afogados antes de chegar a terra. Alguns podem ser lançados contra rochas e ferir-se gravemente. Como manter-se vivo? Alguém se surpreenderia se soubesse que, chegando a uma ilha, come-se qualquer coisa, veste-se de qualquer jeito, faz-se qualquer coisa para sobreviver? Até que ponto os hábitos civilizados permanecem em um caso desses?
Temos o exemplo semelhante e real do avião Fairchild F-227, da Força Aérea Uruguaia, que levava um time de rugby acompanhado de familiares e amigos para um amistoso no Chile. Este avião caiu nas profundezas da Cordilheira dos Andes, em outubro de 1972.
Os sobreviventes, a maioria jovem entre 19 e 21 anos com ferimentos graves teve que suportar temperaturas de até 30ºC abaixo de zero, avalanches mortais, fome, sede, espancar-se mutuamente para manter algum calor no corpo, assistir a morte de familiares e companheiros seus e ouvir a notícia, por um rádio que ainda funcionava, que as buscas por eles haviam sido canceladas. Finalmente, para se manterem vivos, passaram a comer carne humana de passageiros mortos.
O homem sem Deus é como um sobrevivente de um terrível desastre. Sem Deus não vivemos, tudo o que conseguimos é sobreviver. Algumas pessoas podem chegar bem à praia e rapidamente serem localizadas. Talvez não haja muitas feridas para se tratar e a reabilitação possa ser muito tranquila.
Outros que foram muito feridos podem estar sem consciência. Por isso, ao serem resgatados, precisarão de uma UTI, de um longo tratamento, precisarão curar traumas emocionais para retomarem a vida normal.
Tentando sobreviver sem Deus, pessoas estão buscando as drogas, a prostituição, o legalismo, a justiça própria, todos os tipos de religiões, o dinheiro, o poder, a homossexualidade, relações baseadas em dependência emocional. Isto é tudo o que conhecem, tudo o que lhes foi oferecido. No entanto, por mais que se envolvam com estas coisas, nunca estarão satisfeitas simplesmente porque estas coisas não foram criadas para nos satisfazer; mas sim para nos tornar presos e dependentes de porções cada vez maiores. Estes ingredientes do mundo não conseguem preencher nossas vidas porque, na verdade, fomos feitos para depender de nossa comunhão com Deus. Só um retorno a esta comunhão, através de Cristo, nos completa.
Antes de conhecer verdadeiramente o amor de Jesus, eu gostava de uma música muito conhecida que diz “qualquer maneira de amar vale a pena”. Eu concordava com essa afirmação. Mas, depois que conheci a Graça de Cristo e me senti amada pelo amor de Deus, tornei-me exigente com a forma de amar. Acostumamo-nos rápido com aquilo que é bom. Após conhecer o amor de Deus não dá para dizer que qualquer tipo de amor vale à pena, porque não vale. Hoje eu só aceito o melhor de Deus para minha vida.
Não obtemos esse amor de Deus porque fizemos algo para merecê-lo. Ele nos ama porque somos criaturas suas. Isto é Graça. Não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais e não há nada que possamos fazer pra Ele nos amar menos. Ele nos deseja perto dEle. Por isso nos mandou o resgate: Jesus.
Fonte: Ministerio Aba Pai
Texto extraído do livro Como Deus planejou você . Edição do Autor. Rio de Janeiro-RJ. 2010.
Lori Rentzel * Especialista em sexualidade autora e editora, ver bibliografia