Dizer simplesmente que se crê ou não em Deus não é algo muito significativo. Somente crer que Deus existe e não conhecê-lo, em nada muda a minha condição perante ele, e esta é igual às do que afirmam não crerem nele.
Por que isto?
A fé que salva não é mera crença intelectual mas o poderoso dom de Deus que nos converte a ele de todo o nosso coração, e que nos conduz ao seu conhecimento e ao desejo de viver para fazer a sua vontade conforme está revelada na Bíblia.
Sem esta fé salvadora é impossível ter prazer nas coisas divinas, porque elas combatem as paixões da nossa alma e nos conduzem ao processo da santificação operada pelo Espírito Santo.
Por outro lado, a expressão “crer em Deus” ou “crer em Jesus Cristo” foi banalizada e restringida em seu significado, podendo ser aplicada a vários usos generalizados de culto e de adoração.
De modo que uma fórmula mais específica seria a da confissão: “creio no Deus e Jesus da Bíblia”.
A fé no Deus da Bíblia demanda inclusivamente a fé em Cristo, porque ele afirma na mesma Bíblia que:
“E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, a fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.”
(João 5:22-23)
Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. (João 14:6)
Concluímos assim que a genuína fé em Deus e em Cristo consiste em caminhar pelo único Caminho que conduz à vida eterna, que é o próprio Cristo, e saberemos que estamos no Caminho quando virmos sendo aplicadas pelo Espírito Santo às nossas vidas o procedimento santo que está revelado nas Escrituras.