O propósito da vigilância é o de guardar, o de manter-se acordado e de pé ante tudo o que possa nos furtar ou arrancar da posição firme em que nos encontramos.
É exigido portanto daquele que vigia que esteja em atitude de alerta permanente, para que possa detectar os perigos que o rodeiam, e que não raro se encontram em seu próprio interior.
Outra atitude importante para o que vigia é a de prudência.
Sem prudência é impossível haver uma vigilância que seja eficaz.
A prudência nos leva a nos desviarmos do mal – a evitar o confronto direto em provocações incitadas pelo Inimigo para que percamos a nossa paz.
A vigilância requer também que sejamos sóbrios, porque como poderíamos vigiar eficazmente estando embriagados e com nossa capacidade de observação prejudicada por estados de consciência alterados?
Precisamos também ser disciplinados e criteriosos, para que sejamos determinados e constantes em nosso procedimento para preservar o bom depósito da fé que nos foi confiado por Deus para ser guardado.
E ainda necessitamos de sabedoria para discernir entre o que é bom e o que é mau; entre o que é correto e incorreto; entre o vil e o precioso, de forma a tomarmos as decisões adequadas a cada situação que somos chamados a viver.
Por se encontrar numa guerra constante, de muitas batalhas e sem tréguas contra os poderes das trevas, o crente, como bom soldado de Cristo, deve estar sempre vigilante em seu posto, de maneira a não livrar somente a sua alma como também a de muitos que se encontrarem na mesma esfera da sua atuação.
Esta é uma vigilância para usar com autoridade e poder todas as armas espirituais e componentes da armadura espiritual, quer de ataque (espada da Palavra de Deus, etc) ou de defesa (escudo da fé etc), sempre que for necessário.
Esta é uma luta para ser vencida de joelhos e em oração constante no Espírito Santo.
Se Pedro tivesse vigiado e orado conforme lhe ordenara o Senhor, ao preveni-lo de que Satanás havia pedido para cirandá-lo, em vez dormir como fizera na ocasião, certamente teria vencido a tentação de negar a Jesus.
E assim também nós necessitamos de vigilância e oração para não negarmos a Jesus não somente em nossas atitudes como em nossas ações, em relação aos mandamentos que Ele nos tem dado em Sua Palavra.
Necessitamos de vigilância para perseverar até o fim, e por isso somos alertados pelo Senhor a termos todo o cuidado e empenho e vigilância especialmente para que sejamos achados dignos de sermos arrebatados por Ele em sua volta.
Um grande peso de responsabilidade recairá sobre todos os crentes que ainda estiverem vivendo neste mundo por ocasião da proximidade do dia do arrebatamento da Igreja, porque são diversos os alertas da Palavra de Deus quanto à necessidade de santificação para que sejamos arrebatados.
Aqueles crentes genuínos, que por descuido em sua vigilância, deixarem de perseverar, ainda que não percam a sua salvação, todavia perderão galardões e a oportunidade de serem arrebatados, em razão da sua infidelidade para com o Senhor, e se cumprirá neles o que sucedeu às cinco virgens insensatas da parábola que não vigiaram para recepcionar o noivo em seu retorno.
Pr Silvio Dutra