Jonas 1: 2,3 Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença.
Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis.
Jonas era um homem de Deus. Um profeta escolhido por Deus para ser portador de sua palavra. Neste momento o Senhor o comissiona para ir à Nínive, capital da Assíria dizer que se não se convertessem em 40 dias, seriam destruídos.
Porém Jonas resolveu fugir da presença do Senhor. Muitos apenas colocam Jonas como fujão e ficam nisto. Porém, vamos analisar quem eram os ninivitas.
Eram um povo cruel. Quando ganhavam uma guerra, decapitavam todos os prisioneiros de guerra, a faziam pirâmides de crânios. Outras vezes crucificavam os prisioneiros, ou empalavam (atravessar o corpo com um tronco de madeira) ou arrancavam os olhos e esfolavam vivos.
Povos que eram vencidos pelos assírios, muitas vezes preferiam suicidar-se do que caírem nas mãos dos cruéis assírios.
E Jonas é chamado a pregar para este povo. Outro ponto é que Israel corria o risco de ser rendida pelos assírios e Jonas sabia disto.
O que você faria se o Senhor te chamasse para pregar ao Talibã? Te dissesse: Vai e fala aos terroristas para que se convertam, caso contrário os destruirei em 40 dias.
O que você faria?
Jonas fugiu. Aqui vemos quem é o nosso Deus. Um Deus misericordioso e bondoso. Tardio em irar-se. Aquele povo, que aos nossos olhos não merecia misericórdia, mas aos olhos de Deus, poderia mudar e se voltar à Ele.
Jonas prefere ir para Társis (sul da Espanha – 4.000km de distancia) ao invés de ir para Nínive (1.200km). Társis era vista como um paraíso distante. Salomão foi lá para buscar ouro, prata, marfim, macacos e pavões.
Jonas entra no barco e vai para lá. Porém a tempestade vêm. Eu chamaria esta tempestade de arte triunfante da graça de Deus. Fazendo que Jonas voltasse à obediência.
No barco que vai para Társis (nossa vontade) tem todo tipo de religião. Muitos procuram por um cristianismo light. Querem ser usados por Deus, mas querem escolher o destino. Querem dar apenas aquilo que desejam, e estão dispostos a dar o mínimo possível.
O problema, é que o fim deste barco é a destruição. Muitos entram neste barco tentando fugir da presença do Senhor e criam deuses para si conforme as suas necessidades. Porém a tempestade como arte triunfante da graça de Deus age de maneira a tirar alguns deste barco.
A tempestade não sofre intervenção do homem. Ninguém pode detê-la. Não há o que possamos fazer contra uma tempestade. É sinal da soberania de Deus. Somente Ele tem o poder de pará-la ou fazer que continue.
John Newton, o capitão de um navio negreiro inglês, teve um encontro com esta tempestade no dia 21 de março de 1748. Neste dia, aquele que vivia uma vida, miserável como ele mesmo dizia, teve um encontro com a graça de Deus.
“Naquela noite de 21 de março de 1748, uma violenta tempestade se abateu sobre o navio, que por pouco não afundou. Homens, animais e provisões foram arrastados pela força das águas e caíram no mar. Newton orou a Deus pela primeira vez depois de anos. Ele temia estar à beira da morte e, se a fé cristã fosse verdadeira, estava certo de que não seria perdoado. John refletiu em tudo o que fizera naqueles últimos anos, inclusive a atitude de zombar dos fatos históricos do Evangelho, e ficou abalado.
Passados quatro dias, a tempestade diminuiu. Pela providência de Deus, a cera de abelha, que se encontrava no porão de carga, ajudou que o navio continuasse a flutuar. Newton atribuiu a Deus aquele livramento que tiveram. Ele começou a ler o Novo Testamento com mais interesse. Quando chegou à passagem de Lucas 15, John percebeu os impressionantes paralelos entre a sua vida e a vida do filho pródigo.
O navio ficou à deriva por um mês. Os suprimentos se esgotaram. O capitão culpou a blasfêmia de Newton como a causa dos problemas que enfrentavam e cogitou a hipótese de jogá-lo ao mar, à semelhança de Jonas. O navio avariado finalmente conseguiu seguir seu rumo para a Irlanda do Norte, a tempo de não ser apanhado por um vendaval que começava a ocorrer. Newton reconheceu que Deus respondera sua oração.
Ao chegarem em terra firme, Newton tomou a decisão de não mais xingar e blasfemar. Ele chegou a voltar para a igreja. Entretanto, ainda não era um crente em Jesus. Mais tarde ele declarou: “Penso que aquele foi o início de meu retorno para Deus, ou antes, o retorno dEle para mim; contudo, só considero que vim a ser crente em Cristo (no sentido pleno da palavra crente) muito tempo depois daquele momento”.” Fonte: http://www.sandovaljuliano.com.br
Talvez você esteja passando pela mesma tempestade que Jonas e John Newton. Achegue-se à graça de Deus. Volte ao caminho da obediência. Pare de fugir para Tarsis, e volte-se para o Soberano Deus.