LUCAS 15.11-32
Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra
o céu e diante de ti… (Lc 15.18.)
Certa jovem, num momento de ira contra os pais, em uma discussão a respeito
de sua conduta, resolveu arrumar as malas e sair de casa. Sem ao menos
beijar a mãe que chorava, ignorando o pai que lhe implorava que reconsiderasse
a sua decisão, ela se foi. Lá, na cidade grande, viveu a vida que queria. Não
havia ninguém a frear seus passos. Ninguém para falar-lhe a respeito de más
companhias ou do perigo dos vícios. E ela se afundou no pecado.
Uns cinco anos se passaram, sem que sentisse falta dos pais ou do aconchego
do lar. Nesse período, seu pai adoeceu. Casualmente encontrou uma amiga
de infância que lhe deu notícias dos pais, porque até aquele momento ela não
lhes escrevera nem uma única carta. A saudade bateu-lhe forte no coração.
Começou a pensar no que havia feito e como magoara seu pai. Podia ver sua
face, como que em um ? lme na mente, a rogar-lhe que não partisse. E resolveu
voltar. Saiu do emprego, comprou vários presentes, tomou o ônibus para
a sua cidadezinha no interior, imaginando a surpresa de sua chegada.
Ao descer do táxi, em frente à velha casa, que lhe parecia a mesma, percebeu
que estava repleta de pessoas amigas. Alguém a viu e veio abraçá-la
dizendo:
“Meus pêsames. Ele era um homem bom…”
Ela não podia acreditar que o pai estava morto e não a vira regressar. E
entrou na casa chorando amargamente. Como seria diferente se ela voltasse
um pouco mais cedo.
Hoje é tempo de voltar para a casa do Pai celestial. Não demore a fazê-lo.
Ele não morre, mas nós…
Pai, como o pródigo, hoje volto para ti.
Recebe o meu triste coração,
Pequei e sofri longe de ti,
Mas hoje me levanto e busco o teu perdão.
Pai, há tantos pródigos por esse mundo afora. Busca-os com
o teu carinho e perdão; faça-os saber que não há melhor
lugar que teus braços fortes, teus braços de amor. Amém.