A Doutrina da Morte.
Texto Básico: Romanos 5.12 ; Salmos 39.4-7; 90.4-6,10,12
Introdução.
A morte é um assunto que evitamos falar e comentar. Entretanto, o viver humano encontra em sua jornada a ameaça da morte. Neste estudo estudaremos a questão da morte sob a perspectiva da Bíblia, pois nela a realidade da morte e o seu impacto na vida humana são tratados com clareza e fé.
Estudaremos neste estudo um tema necessário para entendimento dos eventos futuros, porém, não muito simpático á humanidade-a morte. Muitos evitam falar sobre o assunto e até fogem para não recordar momentos tristes. Por este motivo se faz necessário cuidado para lecionar este tema, evitando que prevaleçam conceitos errôneos, para que aprendam a verdadeira visão da morte que os crentes devem possuir.
A doutrina da morte é estudada a parti do dilema existencial humano considerado as correntes filosóficas, passando pela definição bíblicas e os tipos de morte segundo as Sagradas Escrituras. Este estudo objetiva mostrar que a morte significa para o crente uma vitória, baseada na obra vicária de Cristo no Calvário.
I. O Dilema
Existencial Humano
Toda criatura humana enfrenta esse dilema. Não foi sua escolha vir ao mundo, mas não consegue fugir à realidade do fim de sua existência. O dilema existencial resulta da realidade da morte que tem que ser enfrentada. Em Eclesiastes,,, o pregador diz: ” Todos vão para um lugar; todos são pó e todos ao pó voltaram”, Ec 3.20,21. São palavras da Bíblia e não de nenhum materialista contemporâneo. Quanto à realidade da vida e da morte, o homem é, dentro da criação, o único que sabe que vai morrer. Analisemos alguns sistemas filosóficos os quais discutem esse assunto.
I.1. Existencialismo.
Seu interesse é, essencialmente, com as questões inevitáveis de vida e morte. Preocupa-se com a vida, mas reconhecem a presença da morte constante na existência humana. Os seus filósofos vêem a morte como o fim de uma viagem ou como um perpétuo acompanhante do ser humano desde o berço até a sepultura para eles, a morte é um elemento natural da vida.
Ora, essas idéias são refutadas pela Bíblia Sagrada. A morte nada tem de natural. É algo inatural, impróprio e hostil à natureza humana. Deus não criou o ser humano para a morte, mas ela foi manifestada como juízo divino contra o pecado ( rm 1.32). Foi introduzida no mundo como castigo positivo de deus contra o pecado ( Gn 2.17; 3.19; Rm 5.12,17; rm 6.23; Icor 15.21; Tg 1.15).
A morte não é um fenômeno natural na vida humana. Ela é a maldição divina contra o pecado e só Jesus foi capaz de cravar essa maldição no lenho de sua cruz no Calvário.
I.2. Materialismo.
Não admite as coisas espirituais. Do ponto de vista dos materialistas, tudo é matéria. Entendem que a matéria é incriada e indestrutivel substância da qual todas as coisas se compõem e à qual todas se reduzem. Afirmam ainda que , a geração das coisas obedece a uma necessidade natural, não sobrenatural, nem ao destino espiritual, mas as leis físicas. Portanto, o sentido espiritual da morte não é aceita pelos materialistas.
O cristão verdadeiro não foge à realidade da morte, mas a enfrenta com confiança no fato de que Cristo conquistou para Ele a vida após a morte a vida eterna (Jô 11.25 ).
I.3. Estoicismo.
Os estóicos seguem a idéia fatalista que ensina que a morte é algo natural e devemos admiti-la sem teme-la, uma vez que o homem não consegue fugir do seu destino.
I.4. Platonismo.
O filósofo grego Platão ensinava que a matéria é má e desprezível, só o espírito é que importa. Porém, não é assim que a bíblia ensina. O corpo do cristão, a despeito de ser uma casa material, temporária e provisória, é templo do Espírito Santo (Icor 3.16,17 ). Somos ensinados a proteger o corpo para a manifestação do Espírito de Deus.