Os desafios de um discipulador e professor
Autor: Dc. Tiago da Silva Lima
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Tomando por base, o contexto atual em que a Igreja de Cristo está vivenciando, os servos de Deus que possuem um determinado chamado, encontram vários desafios que permeiam a sua atuação enquanto instrumento de Deus. A Igreja enfrenta um mundo pós-moderno que é influenciado por suas tendências modernas e globalizadas. É neste cenário influenciado pelo “relativismo e o sincretismo religioso”, que a Igreja necessita de pessoas compromissadas e voltadas para o ide de Cristo.
Os problemas ora enfrentados no presente século, apesar de parecidos, não são os mesmos que os líderes da Igreja Primitiva enfrentaram. A despeito disso, existem ainda hoje os problemas comuns à época passada, como a perseguição do evangelho por determinadas classes sociais e a presença de seitas que propagam doutrinas contrárias à palavra de Deus. Entretanto, o servo chamado por Deus para trabalhar em sua ceara, lida atualmente com o drástico avanço tecnológico e o sincretismo de costumes religiosos.
Neste diapasão, em que o desempenho da obra de Deus é realizado, os chamados por Deus para trabalhar em sua obra (professores de escola bíblica dominical, discipuladores, líderes e regentes), são imprescindíveis ao bom desenvolvimento dos departamentos da Igreja. Isso porque, são através dessas pessoas que os pequenos rebanhos (classe de aluno da escola bíblica dominical e grupos), serão conduzidos. Desta forma, o trabalhador cristão deve está convicto do seu chamado, ciente de suas responsabilidades e atribuições.
Segundo o Pr. Marcos Tuler em seu artigo “Chamada Para o Ensino e o Desafio da Globalização”, o educador cristão precisa conscientizar-se de que estamos vivendo em uma época de revolução de conceitos, idéias, princípios, juízos e valores; de mudanças tão profundas e de proporções tão amplas que nem sequer podemos mensurá-las. (Tuler, Marcos. Art. Chamada para o ensino e o desafio da globalização – www.cpad.com.br).
No entanto, é preciso ressaltar, que dentre os trabalhadores cristãos responsáveis por determinado departamento na Igreja, não há hierarquia quanto às funções, mas distinções que delimitam a área de atuação de cada um, enquanto servo do Senhor.
I. Contexto Bíblico no Antigo Testamento
O trabalhador cristão, compreendido entre líderes, discipuladores e demais servos da ceara, figuram na bíblia desde os tempos antigos. Na condução do povo Israelita à terra prometida, Moisés, nomeou um sucessor. Contudo, primeiro foi necessário e imprecindível ensinar e discipular aquele que lhe substituiria na missão de conduzir o povo, haja vista, que tal missão exigia conhecimento, experiência e preparo. Moisés foi um exemplo de líder e discipulador, demonstrando suas habilidades, na condução do povo no deserto e no preparo de Josué para ser o seu sucessor.
O chamado de Moisés ocorreu atrás do deserto, no monte Horebe, quando ele apascentava o rebanho de Jetro (êxodo 3). Moisés foi chamado para liderar a missão de retirar o povo de Deus do Egito quando tinha 80 anos (Êxodo 7:7). É evidente que não há idade demarcada para alguém exercer um chamadode Deus, pois o próprio Moisés em sua velhice trabalhou 40 anos, de forma responsável e com muito vigor e sinceridade diante de Deus.
I.1 Metodologia de Moisés
Na época dos fatos narrados em o Antigo Testamento, não havia tecnologia a disposição do ensino e discipulado. Diante desta situação, Moisés, orientado por Deus, preparou Josué das seguintes maneiras:
Foi ensinado e discipulado desde a sua adolescência;
Discipulado pelo próprio exemplo de vida de Moisés;
Institui Josué como servo seu;
Treinou Josué nas próprias batalhas de guerra;
Instruiu Josué com base nas orientações oriundas de Deus;
O fato de Moisés ter utilizado o próprio testemunho para discipular Josué, demonstra que a reputação ilibada, é um requisito primordial para um líder desempenhar sua liderança sobre determinado departamento. Não obstante, o líder é tido pelos seus liderados como um exemplo a ser seguido. Desta forma, é possível compreender que a saúde espiritual de determinado departamento da Igreja, está estritamente interligado com a forma no qual está sendo conduzido.
O Pr. Marcos Tuler é categórico em seu artigo “Competências Imprescindíveis ao Ensino na escola Dominical” ao afirmar: os alunos podem se esquecer das lições de seus mestres, mas, dificilmente da pessoa que eles representam. Afinal, os melhores professores ensinam as lições da própria vida. (Tuler, Marcos. Art. Competências Imprescindíveis ao ensino na escola dominical – www.cpad.com.br).
O apóstolo Paulo escrevendo a Tito no capítulo 2, versículos 7 e 8, aconselhou-o da seguinte forma: Em tudo te dá por exemplo de boas obras. Na doutrina mostra integridade, reverência, linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se envergonhe não tendo nenhum mal que dizer de nós. (Bíblia de referência Thompson. Compilado e redigido por Frank Charles Thompson – Tradução João Ferreira de Almeida. – São Paulo: Editora Vida, 2007).
É evidente que aquele que trabalha no serviço cristão, desempenhando alguma função na igreja, tenha uma vida pautada na palavra de Deus, e que seja um servo exemplar, principalmente aqueles que exercem a função de professor e discipulador de novos convertidos.
II. Contexto Bíblico no Novo Testamento
Em o Novo Testamento, temos Jesus, como o maior ensinador e discipulador da história, tornando-se o maior exemplo de servo de Deus, enquanto executava o projeto divino na terra. Mateus, um ex-coletor de impostos do governo romano, escreveu em seu livro, no capítulo 28, versículos 18 – 20 a ordenança deixada por Jesus, a qual diz:
“Chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide e fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado. E certamente estou convosco todos os dias, até à consumação do século”.
Aqui, recai sobre os ombros do trabalhador cristão, uma responsabilidade muito grande. Jesus estava determinando que os seus discípulos ensinassem aos novos cristãos, todas as coisas que Ele os havia ensinado, ou seja, os discípulos possuíam a responsabilidade de ensinar as mesmas coisas que haviam aprendido. Com isso, subentende, que para ensinar e liderar determinado departamento na igreja, o servo de Deus precisa ter apreendido as ordenanças de Deus, para só então, exercer tal atividade. A inobservância desse preceito bíblico causa sérias consequências para a Igreja, como por exemplo, um crescimento aquém do esperado e a consequente fraqueza espiritual dos membros de determinado departamento.
III. Metodologia de Jesus
Jesus ensinava por meio de parábolas. Ele sabia que cada pessoa só poderia compreender as coisas a parti da sua perspectiva pessoal. Por isso Ele ensinou por parábolas, que por sua vez, é uma história que ajuda a compreender a realidade. No livro de Marcos, no capítulo 4, versículo 34 assevera: Sem parábolas não lhes falava. Mas tudo explicava em particular aos discípulos.
Ensinava através do próprio testemunho de vida. Jesus possuia uma reputação ilibada, não tinha do que se envergonhar. O seu exemplo de vida, determinava e moldava o perfil dos seus discípulos. Ele influenciava profundamente o meio em que vivia. O verdadeiro líder influencia os seus liderados com o seu próprio testemunho, sendo em algumas vezes, uma referência pessoal para o liderado. Em Mateus 11:29 Jesus disse: Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas.
Através da metodologia de Jesus, entende-se também, que é requisito para aquele servo que desempenha uma função na igreja relacionada a pessoas, ser um cristão manso e humilde. No que tange a humildade, é preciso esclarecer algo. Muitas pessoas confundem situação socioeconomica com humildade. Para ser humilde não precisa ser uma pessoa de pouca condição financeira ou de pouco grau de instrução, mas ser humilde através das ações. O próprio Cristo nos demonstrou isso, através da palavra descrita em Filipenses capítulo 2, versículos 5 a 8, onde o apóstolo Paulo disse:
De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz.
Através do texto bíblico citado acima, compreende-se que as ações de Jesus e a forma que ele se comportava diante de cada situação demonstrava a sua humildade. Todavia, é preciso deixar claro também, que a humildade não significa a falta de autoridade, pois sem está, é impossível exercer uma boa liderança. Aquele que exerce a obra de Deus deve ter autoridade e conhecimento, para que a boa obra seja executada e sempre aperfeiçoada.
Estava com os discípulos diariamente. Jesus acompanhava os passos dos seus discípulos, pois sabia dos perigos que os rodeavam, afinal, o inimigo vive ao derredor do cristão, bramindo como um leão, buscando a quem possa tragar. Nos dias atuais não é fácil está diariamente com o seu departamento, isso por que, no mundo pós-moderno, as pessoas estão cada vez mais ocupadas com as coisas terrenas, buscando os objetivos individuais materiais, o que em muitas vezes as afastam do chamado de Cristo. Apesar desta realidade, o trabalhador cristão não pode negligenciar as suas atividades na igreja, devendo estar sempre buscando exercê-las com assiduidade e responsabilidade, uma vez que sendo o trabalhao realizado aleatoriamente, não produzirá bons frutos. Isso ocasiona graves consequências no resultado do serviço prestado. Um exemplo claro é o pouco tempo empreendido por alguns professores no estudo da lição da escola bíblica dominical. Muitos associam este fato à falta de tempo na semana, ao excesso de responsabilidades na vida profissional, bem como, ao cansaço e desgaste físico advindos da rotina de labor. Com isso, os alunos não aprendem com qualidade, trazendo sérias consequências espirituais, o que somente será refletido em um futuro não muito distante.
Entendia as diferenças de cada discípulo. Jesus era um líder nato e por excelência. Ele sabia lidar com cada um dos seus liderados. Outrossim, o Mestre lidava com discípulos de categorias sociais totalmente diferente. Se analisarmos a linhagem sociocultural deles, pereceberemos que Mateus era um ex-cobrador de impostos do governo romano. Por outro lado, Pedro, Tiago filho de Zebedeu e João eram pescadores e viviam disso. Apesar da enorme diferença cultural entre eles, Jesus entendia todos eles, independentemente de nível social, haja vista, que para o Mestre, não havia melhor ou pior, todos eram tratados com o mesmo amor. A imparcialidade deve ser uma caraterística do trabalhador cristão, não devendo haver preferências entre os membros do departamento, uma vez que na vida celestial não haverá.
IV. O Discipulador e o Líder na Bíblia
Após o revestimento de poder, os discípulos estavam definitivamente dispostos a exercer o ministério do discipulado. Em Atos 5:42 aduz: E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo. O exercício da atividade discipuladora requer dedicação e disposição. Quando os apóstolos começaram a realizar o ide de Cristo, a atividade era executada diariamente e de casa em casa, pois todas as famílias precisavam ser alcançadas pelo evangelho.
O trabalho do líder, professor, discipulador e regente deve ser realizado na forma cristocentrica, ou seja, o foco, o objetivo do trabalho deverá ser propagar o evangelho da salvação, onde em tudo, o nome de Jesus deverá ser destacado como o bem maior.
IV. 1 Paulo, o discipulador, o líder
Nas sagradas escrituras, temos vários discipuladores, pós Cristo. Dentre eles, Paulo se destaca pelo seu grandioso trabalho realizado através das epístolas e de visitas em loco. Paulo era filho de fariseu e de mãe desconhecida. Tinha uma irmã que viveu em Jerusalem. Foi um cidadão romano da diáspora judaica. Ele nasceu por volta de 1 a.C. em Tarso, capital da Cilícia, um centro comercial com povoação mista que possuía um templo de Baal e uma universidade. A sua educação foi influenciada pelo lar e pelas sinagogas, possuía a profissão de fabricante de tendas. Em Jerusalém aprendeu com os rabinos e estudou com Gamaliel. Em sua juventude, foi um dos principais perseguidores da pregação do evangelho, esteve presente no apedrejamento de Estevão. Ele guardava a lei da seita do farisaismo.
Após a sua conversão perto de Damasco, ele pregou em Damasco, realizou três viajens missionárias, fundou várias igrejas, um exemplo claro foi a fundação da igreja de Tessalônica, bem como escreveu doze epístolas que estão no Novo Testamento. Percebe-se que Paulo foi um grande homem de Deus, que durante o seu ministério enquanto apóstolo e líder realizou a obra de Deus com zelo, desvelo e lealdade.
IV. 2 O Líder e o Discipulador na igreja
Aquele que exerce essas atividades cristãs possui uma responsabilidade muito grande na igreja, uma vez que, eles são os agentes capacitadores e orientadores dos liderados e discipulandos. Por isso, é necessário que essas tarefas sejam feitas com muito embasamento na palavra de Deus e em sua direção, pois os frutos serão produzidos de acordo com a nutrição espiritual concedida a cada membro. Essa referida nutrição diz respeito ao ensino da palavra na escola bíblica dominical, aos conceitos ensinados pelos líderes, e na prática dos princípios bíblicos no decorrer da execução dessas funções.
IV.3 Conceito de discipulador
Segundo o Pr. Aziel Caetano da Silva, o discipulador é alguém que além de informar, também coopera na formação espiritual do seu aprendiz, tornando-se referência para o discípulo4. Podemos entender por discipulador também, o agente cristão guiado por Deus, para orientar os novos convertidos em sua nova caminhada. (Silva, Aziel Caetano da. Curso para discipuladores – Esboço de discipulado. Pr. da igreja Presbiteriana de Porto Velho).
IV.4 Conceito de discipulado
Na visão de David Kornfield, discipulado é uma relação comprometida e pessoal, onde um discípulo mais maduro ajuda outros discípulos de Jesus Cristo a aproximarem-se mais dEle e assim reproduzirem (David Kornfield, Série Grupos de Discipulado (São Paulo, Editora SEPAL, 1994), vol. 1, p. 6). Entretanto, para alguém exercer esse ministério é necessário se submeter a algumas condições elencadas pelo próprio Jesus. São elas:
1º Negar-se a si mesmo e levar a cruz. Em Mateus 16:24 aduz: Então disse Jesus aos seus discípulos: se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
2º Renunciar. Em Lucas 14:26 Jesus disse: Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e até mesmo a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
3º Deixar tudo. Ainda em Lucas 14:33 Jesus deixou bem claro que: da mesma forma, qualquer de vós que não renunciar a tudo que tem, não pode ser meu discípulo.
4º Preservar a palavra. No capítulo 8 e versículo 31 do livro de João está escrito: Disse Jesus aos judeus que criam nele: se permanecerdes no meu ensino, verdadeiramente sereis meus discípulos.
5º Frutificar. Ainda no livro de João 15:8, Jesus disse: nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto, e assim vos tornareis meus discípulos.
Através do cumprimento dessas condições, o discipulado é realizado em conformidade com a bíblia sagrada, produz efeitos positivos para o discipulando, bem como tem como consequência benéfica, o crescimento saudável tanto quantitativo como o qualitativo da igreja.
IV.5 A importância do discipulado na igreja
Através do discipulado, a igreja como corpo de Cristo, consegue se desenvolver com qualidade e consistência, gerando novos talentos que substituirão as gerações transitórias.
Segundo o Pr. Ewerton Barcelos, através do discipulado, se prepara discípulos para um envolvimento nos ministérios e departamentos da igreja, proporcionando um fortalecimento qualitativo, que resultará naturalmente na multiplicação de outros discípulos.
Uma igreja sem um bom corpo de líderes e discipuladores não conseguirá subsistir ao longo dos anos, haja vista que um trabalho realizado aleatoriamente e sem propriedade não levará a resultados satisfatórios. Por isso, É imprescindível que o discipulador tenha conhecimento bíblico doutrinário, pois o discípulo estará adentrando a uma denominação confessional. Caso ensine doutrinas que não coadunem com todo o corpo doutrinário da denominação, causará uma confusão na mente do discípulo tornando-o um crente instável. (Efésios 4.11-16).
IV.6 A reciclagem do discipulador
O discipulador também necessita a cada dia, ser transformado pelo caratér divino, assim urge salientar que como o discipulando, o discipulador também vive em um constante processo de busca divina. (perfeição, santificação), bem como também, a busca contínua do aperfeiçoamento do conhecimento humano.
Neste sentido, Paulo escrevendo aos cristãos de Filipos adverte: “…não que o tenha já recebido, ou tenha obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus” (Filipenses 3.12, ARA).
V. Responsabilidades do líder e do discipulador a luz do Novo Testamento
Preservar a identidade da igreja. Isso é um dos principais objetivos daquele que exerce essas funções. Na sociedade moderna em que a igreja está inserida, não está fácil manter a identidade do povo de Deus, principalmente entre as pessoas mais novas (adolescentes e jovens), isso por que as tendências desse novo século têm atraído a muitos com seus enganos e seduções. Neste sentido, a preservação da identidade da igreja deve estar pautada no ensino da palavra, no amor cristão e na defesa da fé. O líder e o discipulador devem estar atentos e imbuídos no combate das falsas doutrinas e heresias que permeiam em volta dos cristãos, principalmente em volta dos novos convertidos. (Lições bíblicas – A missão integral da igreja. Porque o reino de Deus está entre vós. Lição 9, pp. 63 – 68).
Fazer novos discípulos. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os… ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado (Mateus 28:19-20, ARA).
Ensinar no templo e fora do templo (visitas). E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo (At 5:42, ARA).
Reputação Ilibada. Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir (2 Tm 2:24, ARA).
Exemplo para o discipulando. Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo (1 Co 11:1, ARA).
VI. Benefícios de um discipulado
Quando a igreja possui um corpo docente de professores, discipuladores e líderes voltados para os departamentos, que buscam exercer as suas funções com base nas escrituras sagradas, dedicando o tempo hábil para o bom desempenho da sua atividade, alcança-se os seguintes benefícios:
A sua base é constituída na palavra de Deus;
O entendimento espiritual cresce gradativamente;
Não há dificuldade em compreender os costumes e a doutrina da Igreja;
A Igreja cresce com qualidade;
Posteriormente, começa a produzir frutos.
VII. Prejuízos por falta de um discipulado
Caso a igreja não detenha pessoas preparadas e dispostas ao exercício do ensino, do discipulado e da liderança em departamentos específicos, consequentemente não haverá crescimento e desenvolvimento desta. As consequências são as seguintes:
Não há uma construção de uma base espiritual bem edificada;
Encontra dificuldade em compreender e praticar os costumes e a doutrina da Igreja;
A Igreja não cresce com qualidade;
Não é regra, mas na maioria das vezes, não produz bons frutos;
Não é regra, mas em muitos casos, o novo convertido não consegui se manter no novo caminho(afastamento da igreja).
Denigre em alguns casos, a imagem da denominação.
VIII. Diferenciação de Professor e Discipulador
PROFESSOR
Ensina por conceitos;
Aponta os caminhos;
Forma um aluno;
Não visita;
Promove o desenvolvimento intelectual;
Aplica a disciplina;
Relação coletiva com os alunos;
Não acompanha o desenvolvimento espiritual.
DISCIPULADOR
Ensina por conceitos e através da própria vida;
Conduz ao longo do caminho;
Forma um discípulo;
Visita constantemente;
Promove o amadurecimento espiritual;
Faz parte da disciplina;
Relação pessoal com o discipulando;
Acompanha o desenvolvimento espiritual do discipulando.