Dentre a multidão de males que infestam a igreja brasileira, hoje quero destacar o “politicamente correto”. Muito provavelmente a maioria de nós já foi enganada por ele. O politicamente correto nos faz pisar em ovos enquanto nos comunicamos. Toda palavra e pensamento deve ser escolhida para, de forma alguma, desagradar ao próximo.
Sim, é verdade, o politicamente correto as vezes soa “bonitinho” ou até “adequado”. Ele dá um “ar” de educação, de polimento, de conciliador. Mas não se engane, ele não trata de nada disso. Na verdade o politicamente correto é uma forma de censura ao pensamento, de maneira difusa, inibe o pensar, que visa sua anulação em nome de um falso bem.
Nele não há portanto verdadeiro e falso, “sim, sim” ou “não, não” há apenas o adequado e o inadequado, o conveniente e o inconveniente.
Querem nos impor uma ditadura do politicamente correto!
Mas donde vem este “politicamente correto”?
Vem do marxismo cultural. O politicamente correto é, dentre outras coisas, mais uma corrente do relativismo. Onde é pregado que não há verdade absoluta, há sim um subjetivismo, onde qualquer visão é verdadeira, dependendo unicamente da percepção que cada um tenha sobre determinado tema. Nisto, há uma “proibição”, velada, de se contrariar ao outro, afinal, sua verdade, sua visão, é mera questão de perspectiva. Após isso, surge o relativismo moral como teoria filosófica, que defende a aniquilação da hierarquia de valores, onde moral e ética são tão subjetivas, e inúteis, quanto uma opinião sobre qualquer tema.
Dentro da sociedade vemos o politicamente correto nos impossibilitar de tocar em determinados assuntos sob a ótica cristã, tornando tudo inadequado e “fóbico” (termo amado pelo ditadores do politicamente correto). O direito constitucional da liberdade de expressão torna-se meramente um detalhe a ser relevado.
No entanto, o mais grave ocorre quando da emissão de opiniões, de ideias ou de consciência. Expressar desacordo tornou-se discurso de ódio, e qualquer parecer contrário aos interesses de um determinado grupo, ou minoria, vira automaticamente, uma “fobia”. Ou seja, a opinião é criminalizada sem a necessidade de lei. Depois disso, qualquer discurso que não se encaixe no politicamente correto é taxado como “discurso de ódio”. Sim, de uma hora para outra, todos temos um pouco de “fóbico”, racista e estamos “cheios de ódio”
Entenda, amado irmão, que, quando você defender a posição cristã sobre família, será taxado de conservador com ódio de toda diversidade ou se defender uma moral bíblica acerca do sexo, será taxado de “Homofóbico”. A igreja não deve se acovardar diante desta opressão, muito menos aceita-la e negar as verdades bíblicas.
Porém, existe outra faceta do politicamente correto, e esta já está dentro de nossas igrejas. O politicamente correto é usado para esconder covardes. Sim, covardes dentro de nossas congregações. Utilizam o “politicamente correto”, como desculpa para se esconder da obrigação bíblica de apontar erros e heresias de lideres e falsos profetas. A igreja brasileira é repleta de crentes que vivem sobre um “espírito de covardia”, que não foi dado a igreja (2 Tim 1:7).
Sim, porque Jesus não foi “politicamente correto”. Ele dizia tudo o que era importante, e só não o dizia quando não o era. E disse: “Vós sois aqueles que recebeis glória uns dos outros”. E acrescentou: “Aquilo, porém que é elevado entre os homens, é abominação diante de Deus”.
Sim, Jesus não era politicamente correto, Ele tinha compromisso apenas com as verdade do Pai. O Deus de amor, e justamente por isso , foi verdadeiro em tudo que fez. Jesus, que ao mesmo tempo nos manda amar o inimigo, chama os fariseus do que eles eram, hipócritas, raça de víboras, cães e porcos (Mt 12:34)! É o mesmo que expulsa, à “chicotadas”, os vendedores do templo (Mt 21). Quem ama, não se cala ante ao engano, a mentira, o erro e o pecado.
Lembremos o que o pastor Augustus Nicodemus Lopes nos diz:
“Quem nunca julga contribui para que o erro se propague, para que as pessoas continuem no erro. São pessoas sem convicções. Elas se tornam coniventes e cúmplices das mentiras e heresias e atos imorais e anti éticos dos que estão ao seu redor.”
Que tenhamos em mente que somos inimigos deste mundo perverso e tirano ( Tg 4:4) e que não devemos nos conformar (Rm 12:2 ) ou nos sujeitar a ele. Assim como devemos nos levantar contra heresias e falsos ensinamentos dentro de nossas igrejas (1ª Cor 11:19), sejamos sinceros, sejamos corajosos em anunciar o Reino fora das quatro paredes, assim como defendendo a verdade dentro e fora delas! Não tenha medo de se comprometer com a verdade custe o que custar.