“Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR.” (Amós 8.11)
A cima, temos um versículo o qual é apenas consequência e seguimento do que DEUS já vem falando desde o início do capítulo 8 de Amós. E a maioria dos pregadores, ao pegarem este versículo isoladamente, diretamente começam a falar sobre a grande tribulação, ou algo do gênero. Isso não é errado, é bem certo, porque de uma certa forma, este versículo e todo este capítulo oito, interliga-se com o maior acontecimento que a de vir sobre a Terra. No caso, a grande tribulação.
Mas para entendermos o que realmente este versículo e todo o capítulo oito de amós diz, vamos estudá-lo deis do início; também iremos interligar todo o capítulo com outros acontecimentos que já fizeram história, e o grande acontecimento que a de vir. No caso digo novamente que é a grande tribulação.
Ao começar ler o capítulo 8 de Amós, vemos que DEUS da uma grande visão para o profeta:
” O SENHOR DEUS assim me fez ver: E eis aqui um cesto de frutos do verão. E disse: Que vês, Amós? E eu disse: Um cesto de frutos do
verão. Então o SENHOR me disse: Chegou o fim sobre o meu povo Israel; nunca mais passarei por ele. Mas os cânticos do templo naquele dia serão gemidos, diz o Senhor DEUS; multiplicar-se-ão os cadáveres; em todos os lugares serão lançados fora em silêncio.”
Nesta visão, DEUS mostra para Amós um cesto cheio de frutas de verão. O cesto que estava cheio de frutas, podemos dizer que era o local onde Israel estava vivendo; no caso a Terra prometida.
Já as frutas de verão, seria o povo de Israel. Eles eram semelhante a frutas que já haviam nascido, passaram pelo período de amadurecimento e agora já estavam todos maduros, prestes a apodrecer. Isso eu digo, porque Israel viveu um tempo no Egito, onde eles todos começaram a se multiplicarem. Daí eles saíram do Egito, foram para o tempo em que viveram no Deserto, e finalmente chegaram na Terra prometida. Ao chegarem, eles viveram grandes coisas, e cometeram grandes erros, até chegarem ao ponto de serem semelhantes a frutas bastante maduras, que estavam prestes a apodrecer. E como nós humanos não aguentamos nada podre, porque cheira mal, e ao comermos não nos agrada, tanto como no sentido do gosto e também da saúde; assim também era DEUS. DEUS já não suportava o mal cheiro, a imundice e já não se agradava do gosto do povo de Israel. Da mesma forma que nós homens iríamos nos livrar de algo podre, DEUS estava dizendo e mostrando que ia fazer assim com Israel. E se atentar-nos mais para o que diz na segunda parte do versículo dois, nós podemos dizer que DEUS já havia adiado bastante o que queria fazer com Israel. Veja só o que diz:
“Então o SENHOR me disse: Chegou o fim sobre o meu povo Israel; nunca mais passarei por ele.” DEUS já havia feito tudo para com Israel, perdoou, havia dado diversas vezes novas chances e tentado fazer com que Israel mudasse o jeito de viver por também várias vezes. Mas DEUS já não aguentava mais a podridão que Israel estava, e por isso que o Senhor diz “Chegou o fim do meu povo Israel; nunca mais passarei por ele.”
No versículo três, DEUS nos revela alguns resultados do que acontecerá com o povo de Israel:
“Mas os cânticos do templo naquele dia serão gemidos, diz o Senhor DEUS; multiplicar-se-ão os cadáveres; em todos os lugares serão lançados fora em silêncio.”
Além destes resultados, o versículo três nos mostra também o tamanho da ira de DEUS, para com Israel. Pois ao invés de ter Cânticos, haveriam gemidos de dor; os corpos (cadáveres) dos mortos seriam lançados em qualquer lugar, sem nenhum tipo de compaixão.
Do versículo quatro ao versículo sete, DEUS fala sobre os pecados de Israel:
” Ouvi isto, vós que anelais o abatimento do necessitado; e destruís os miseráveis da terra, Dizendo: Quando passará a lua nova, para vendermos o grão, e o sábado, para abrirmos os celeiros de trigo, diminuindo e aumentando o ciclo, e procedendo dolosamente com balanças enganosas, Para comprarmos os pobres por dinheiro, e os necessitados por um par de sapatos, e para vendermos o refugo do trigo.”
Os gananciosos e ricos senhores de terra buscavam destruir os que eram chamados de miseráveis (os pobres), e isso podemos ver no versículo 4.
Com isso, podemos dizer que estavam comprando as pequenas propriedades, os pertences dos mais pobres, tornando-os assim inevitavelmente seus escravos. Tão gananciosos eram, que dificilmente podiam esperar até o sábado e a lua nova passarem.
Balanças falsas e medidas falsas eram usadas para vender seus produtos, dando o mínimo possível pelo máximo que podiam extrair “fazendo muito dinheiro”, comprando o homem pobre em troco “de nada”, e vendendo-o como escravo. Não apenas isso, mas as cascas do trigo eram vendidas como se fosse bom produto.
Após a visão e após a denuncia sobre as ações intoleráveis dos ricos, DEUS vem deixando toda a certeza que o que ele havia falado era muito sério, e que poderiam ter a certeza que estaria acontecendo. também nos mostra as demais consequências do pecado de Israel.
A certeza de que tudo isso iria acontecer, é afirmada quando DEUS jura pela glória de Jacó: “Jurou o SENHOR pela glória de Jacó: Eu não me esquecerei de todas as suas obras para sempre.”
A totalidade do que haveria de acontecer com Israel, era indicada nas palavras: levantar-se-á toda como o grande rio. O julgamento assolaria a terra como um rio que transborda e inunda as suas margens. Israel seria rejeitada, seria varrido para fora de sua terra, e seria engolfado, isto é, desapareceria num país estrangeiro, como o Nilo inunda suas margens e carrega para o mar todos os objetos soltos. E isso realmente aconteceu. O que prova tudo isso, é o período babilônico, onde Israel sofria em Terra estrangeira.
A partir do versículo nove, trata-se sobre algumas consequências que haveria de acontecer. primeiro haveria trevas. Se pesquisar-nos, iremos encontrar que no ano 763 A. C. aconteceu um eclipse do Sol. E se formos olhar, para dizer que isso, foi uma consequência deste julgamento que veio sobre Israel. Mas isso foi além de um eclipse do sol. O profeta Amós estava pensando em algo muito pior, algo que é mais denso e escuro do que qualquer eclipse pode produzir. em seguida, haveria lamentações. E este julgamento produziu efetivamente estas lamentações. Veja o que está escrito em Salmos 137 versículo 1:
“Junto dos rios de Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião.” Esta lamentação, não foi como uma lamentação de perder um carro que foi roubado, perder um dinheiro do seu café da manhã, ou até mesmo a lamentação de você não poder comprar um presente para um filho ou para um parente. Esta lamentação é como de perder um filho único. ninguém e nem uma linguagem é capaz de expressar a agudeza e amargura dessa tristeza.
Agora chegamos ao versículo chave da questão. E este versículo fala sobre mais uma das consequências do julgamento de Jeová. E esta consequência seria a fome. Não a forme de comer pão, mas sim a fome espiritual. A fome de ouvir a palavra de DEUS, a mesma palavra que Israel havia rejeitado. Só que lendo o versículo 12, podemos ver que este pão (a palavra de DEUS), não seria encontrado em lugar algum:
“E irão errantes de um mar até outro mar, e do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a palavra do SENHOR, mas não a acharão.”
O interessante de tudo isso é que ao ler o versículo 13, vemos que os jovens são os que mais sofrem na fome da palavra de DEUS:
AMÓS-CAPÍTULO-8
“Naquele dia as virgens formosas e os jovens desmaiarão de sede.”
Os idosos já tiveram uma vida, e em momentos de tristezas e amarguras como estes, eles voltam em suas lembranças e vivem este momento lembrando-as. Já os jovens, eles não tem memórias para viverem, e muito menos para alimentar o homem intimo. Com tudo isso, desmaiam e não a nada que possa revivê-los.
A consequência final, é a destruição dos idólatras. Aqueles que prestam sacrifícios em nome de outros deuses e que criam imagens para si
próprios; passando assim, por cima do mandamento de DEUS: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.” (êxodo 20.3 e 4)
Encerrando então o capítulo, eu digo que tudo isso tem haver com que acontecerá sim no futuro. DEUS julgou Israel pelas suas ações, e também
nos julgará. Só que DEUS estará primeiramente retirando o seu povo escolhido, e após estará acontecendo a grande tribulação. Veja o que diz
MATEUS 24.30 e 31: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.” Tem diversos outros versículos na bíblia que podem nos dar a certeza que tudo isso é uma interligação. Se você for ler o livro de Apocalipse, você verá que o que acontecerá com a maioria da população, tem tudo haver com que aconteceu com Israel. terá grande sofrimentos, haverá grande busca pela palavra de DEUS, e ninguém irá encontrá-la. Isso porque a Igreja será arrebatada e o Espirito Santo será retirado da Terra. O Ante Cristo irá tomar domínio do mundo, e tudo ficará vazio, sem DEUS (II TESSALONICENSE 2: 3-12).
O rio que purifica a nossa alma, as águas purificadoras que nos lavam não existirão mais. Quem for atrás dos irmãos que pregavam a palavra, que tentavam salvar o maior de almas possíveis, não irão mais encontrá-los, pois não estarão mais aqui. A única forma que terá de se salvar, é a todo momento dizer que Jesus é o único Senhor, e pagar com a própria vida para obter a salvação, negando o sinal da besta. “E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.” (Apocalipse 13.15)
E eu creio que será muito difícil alguém resistir toda a tribulação, resistir o diabo em pessoa reinando sobre a Terra. Aqueles que estão com a vida desconcertada, devem se arrependerem agora, reconhecer os seus erros e não viver para a própria condenação.
Que DEUS nos abençoe, e que DEUS venha está nos protegendo de todo mal, e que ele venha está fazendo com que estejamos prontos para o grande. Arrebatamento da igreja.
Diácono Henrique Café