Até cerca de dez anos atrás eu vinha pessoalmente me empenhando em oração e me esforçando para ver um avivamento do Espírito acontecendo nas Igrejas do Rio de Janeiro que viesse a se espalhar para o Brasil e para o mundo.
Eu sonhava com uma Igreja visitada poderosamente pelo Espírito Santo, sendo santificada por Ele e pela Palavra, assim como havia sucedido, por exemplo, nos dias de Jonathan Edwards (EUA), John Wesley (Inglaterra) e Evan Roberts (Gales).
Então soou como um tremendo alarme em meu ouvido espiritual a seguinte voz: “Estes são dias de apostasia, e não de avivamento de Igrejas.”
Entendi que especialmente no mundo Ocidental, em que a iniquidade tem se multiplicado e as pessoas têm dado as costas para Jesus e para o evangelho, não haveria avivamento acontecendo nos mesmos moldes do passado, senão crentes sendo avivados individualmente, em suas congregações, sejam elas denominacionais ou independentes.
Não importaria o tamanho da congregação pois sempre haverá desde então, aqueles que têm andado de branco com Jesus, e aqueles que seguirão obstinadamente um viver pecaminoso.
Veja a palavra que Ele dirigiu à Igreja de Sardes em Apocalipse 3.4:
“Tens, contudo, em Sardes, umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas.”
Aqui se destaca que dignos para Jesus são aqueles que se santificam, e é isto que significa que andarão de branco juntamente com Ele, porque as alvas vestes simbolizam santidade. Ele mostra assim que eram apenas estes poucos daquela Igreja que teriam comunhão com Ele.
É importante que se destaque que das sete igrejas citadas em Apocalipse 3 e 4, apenas duas não foram repreendidas pelo Senhor. Todos os que andavam de maneira desordenada nas demais são convocados a se arrependerem dos seus maus caminhos.
Estas igrejas são representativas sobretudo de todas as igrejas que estarão na Terra no tempo do fim, e nelas se aponta prostituição cultual, hierarquismo eclesiástico (nicolaítas), práticas pagãs e ocultismo oriundo de mescla com sociedades secretas (doutrina de balaão), idolatrias, entre outros pecados graves apontados pelo Senhor.
A partir do quarto capítulo de Apocalipse não mais se fala sobre a Igreja, e o assunto passa a ser as ocorrências do chamado período da Grande Tribulação.
Os que se arrependeram e se corrigiram com as repreensões do Senhor foram arrebatados, mas não se pode esperar o mesmo em relação aos que permaneceram desobedientes, uma vez que não haveria então necessidade de serem alertados e repreendidos.
Assim, seja a sua congregação, grande ou pequena, não espere ver todos os crentes andando em um só espírito, abundando em boas obras, porque estes dias são passados, e sempre haverá em quase todas as igrejas, com exceção de Esmirna e Filadélfia, aqueles poucos que andam com as vestes alvas da santidade, entre aqueles que têm se tornado repreensíveis pelo seu comportamento não santificado.