É este mesmo o título: “de ser humano”, e não “do ser humano”.
O que está em foco é a grande problemática da própria existência, da essência humana.
Ser humano nos coloca num conflito, numa guerra terrível que nunca acabará enquanto estivermos neste mundo.
A terrível luta contra o pecado, na qual temos muitas vitórias e também derrotas.
De tal maneira o pecado está ligado à nossa natureza terrena que não podemos nos livrar dele a não ser pelo poder da graça de Jesus, e assim mesmo, quando conseguimos nos manter debaixo da sua área de eficácia, que está restrita à nossa permanência na comunhão com Ele.
Basta que nos afastemos por um pouco da citada permanência, e pronto… o pecado passa a ter o seu antigo controle sobre os nossos desejos, pensamentos e ações.
Assim podemos ver esta nossa presente condição como um verdadeiro drama, porque não serão poucas as vezes em que nos encontraremos nos sentindo derrotados, apesar de nossa única intenção ser a de termos uma vitória completa sobre o pecado.
Esta é a humilhação com a qual temos que conviver, porque aprouve a Deus dispor em nossa própria natureza e em muitas coisas que nos cercam neste mundo, meios pelos quais pudéssemos ser provados em nossa fidelidade a Ele, ainda que não sejamos tentados pelo próprio Deus, porque a ninguém tenta, senão por nossa própria cobiça e pelo diabo.
Mas mesmo quando falhamos há um grande ensinamento que tudo isto nos propicia, o de sabermos que nada somos e podemos sem a ação da graça de Jesus Cristo operando efetivamente no nosso viver.
Esta lição está sendo gravada em nós com ferro em brasa, de maneira que saibamos quão fraca é a nossa natureza terrena (carne) e quão forte á a nova natureza celestial e divina (espírito revivificado por Cristo).
Isto tem o propósito de nos fazer humildes e úteis ao nosso próximo, porque todos estão sujeitos às mesmas fraquezas que carregamos; e assim não nos comparemos com outros julgando ser melhores do que eles.
Pr Silvio Dutra