Deitada nessa grama, observo o céu azul e o infinito.
A grama está gelada e sinto cócegas quando encosto meu rosto nela.
Pego com a mão um pouco de terra molhada, sinto sua textura entre os dedos e descarrego toda minha energia nela.
Ao levantar, bato as mãos em minhas costas para tirar a grama, porém tirei a grama, mas sujei de terra.
Caminhei um pouco entre as árvores e pensei muito sobre a minha vida. Qual seria o sentido de viver?
Vivemos em dias ruins, que só trazem consigo a violência e a discórdia, qual é a vantagem?
Então nesse momento, escorreguei numa poça de água e caí deitada no chão sentindo a terra úmida tocando todo o meu corpo e molhando-me inteira. Ri descontroladamente até não ter mais forças!
Sem pensar, olhei para cima e avistei um lindo pássaro amarelo, e ele começou a cantar para mim. A melodia era familiar, foi aí que levantei e segui novamente meu caminho.
O que concluí foi o seguinte: Não interessa se os dias são maus e violentos, o que importa é que temos a opção de escolher entre enxergar aquilo que é ruim e o que é bom. O mundo nunca vai ser bom e justo, mas sempre terão pessoas boas e justas que não fazem parte do mundo. Nossa melhor opção é não fazer parte do mundo e viver na contramão de todo esse sistema.
Não existe nada melhor do que rir sem motivo e curtir os momentos bons. Mas então, o que fazer nos momentos ruins?
É fácil. Sempre olhe para cima e veja que existe alguém dizendo para você: “Levante-se e não desista! Isso logo vai acabar.” Então, você seguirá seu caminho novamente, ainda mais forte do que um dia já foi.