“Assim, Salomão acabou a Casa do SENHOR e a casa do rei; tudo quanto Salomão intentou fazer na Casa do SENHOR e na sua casa, prosperamente o efetuou. De noite, apareceu o SENHOR a Salomão e lhe disse: Ouvi a tua oração e escolhi para mim este lugar para casa do sacrifício. Se eu cerrar os céus de modo que não haja chuva, ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra, ou se enviar a peste entre o meu povo; se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. ” (2 Crônicas 7:11-14)
Existem alguns pontos que eu gostaria de considerar com você a respeito do texto que acabamos de ler que são: 1. escolhi este lugar para casa do sacrifício; 2. se humilhar; 3. orar; 4. me buscar; 5. se converter dos seus maus caminhos.
O rei Salomão não apenas construiu uma casa dedicada ao Senhor, mas também orou para que as petições que fossem feitas nessa casa fossem ouvidas e atendidas pelo Eterno. De noite o Senhor aparece ao rei e confirma: “escolhi para mim este lugar para casa do sacrifício..”
Deus está em todo lugar – Ele é Onipresente. Entretanto, ao longo das Escrituras sagradas você percebe alguns lugares sendo especificados através de altares, cidades, atos proféticos, etc. Mas, o importante é entender que tais marcos foram colocados não para limitar o agir de Deus somente naquele lugar, mas, sim, por causa da limitação humana de se concentrar em fé tendo diante de si a imensidão do domínio e da soberania de Deus.
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Noé, Abrão, Isaque, Jacó, Moisés… sempre que Deus lhes aparecia eles levantavam um altar de adoração. Um sacrifício era oferecido e o lugar ficava assim marcado. Qualquer pessoa que passasse por aquele altar saberia que ali fora oferecido um sacrifício e isto ia criando uma consciência coletiva com respeito a Deus. Essa consciência coletiva atrai a manifestação da glória de Deus sobre a terra.
Depois que o Senhor liberta o povo da escravidão do Egito, ele ordena a construção do tabernáculo e posteriormente autoriza a construção do Templo e determina a construção do altar oficial para o sacrifício, o qual poderíamos chamar de “o altar de Deus”. Como lemos no texto acima, não se tratava mais de um altar que alguém escolhera para sacrificar ao Senhor, mas de um lugar que o próprio Deus escolhera para si mesmo para ser o o lugar do sacrifício. Bem sabemos que tais coisas eram figuras, ilustrações do que haveria de vir. A igreja de Cristo é o templo espiritual de Deus hoje; Cristo Jesus é o Sumo Sacerdote; nós somos sacerdotes em Cristo; tudo que fazemos e possuímos é o sacrifício, é claro, guardadas as devidas proporções, pois, nenhum sacrifício é maior ou substitui o sacrifício do Senhor Jesus na cruz. É por isso que devemos cuidar da nossa vida, do que fazemos no dia a dia, como administramos aquilo que “temos”, pois, o sacrifício necessita ser santo, pois, o Senhor nosso Deus é santo. Deus não muda… ele se relaciona com as pessoas por meio de sacrifícios. Quem não aceitar o sacrifício de Jesus Cristo e que não estiver disposto a oferecer sacrifício não terá um relacionamento com Ele.
“Se o meu povo que se chama pelo meu nome SE HUMILHAR…” Existem dois tipos de humilhação: 1. quando alguém humilha você ou você humilha alguém; 2. quando você se humilha. A palavra de Deus abomina o primeiro tipo de humilhação, ao contrário, a Bíblia ensina a amar até mesmo os nossos inimigos. Amar não significa sonegar a verdade, mas dizê-la sem intenções de ferir. Ninguém jamais humilhou a Jesus de Nazaré, mas, a Bíblia afirma que Ele humilhou-se a si mesmo. Vamos ler o texto?
Filipenses 2:5 ” Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.”
Geralmente associamos humildade com pobreza. Quando vemos alguém sem condições básicas de sobrevivência geralmente falamos: “ele é tão humilde!”, mas, será mesmo? No geral, faz parte da estratégia do Diabo levar as pessoas a inverter o valor real das palavras para manter as pessoas afastadas de Deus e cativas no engano, no pecado e em seus efeitos maléficos. Não seria o caso dessa pesssoa estar em condições precárias porela, ou alguém de sua familia, no passado, ter tomado a decisão de viver em desobediencia aa palavra e aa vontade de Deus? Mas, graças a Deus por nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, pois, se tal pessoa aceitar o sacrifício de Jesus e através dele se converter a Deus a maldição será substituida pela bêncão de Deus. A palavra que lemos acima diz que o Senhor Jesus se humilou tornando-se obediente até a morte, ou seja, a humildade está ligada aa obediência e não aa falta de recursos financeiros. Uma pessoa rica financeiramente, OBEDIENTE, é, sem dúvida, uma pessoa humilde; porém, uma pessoa sem recursos financeiros que é DESOBEDIENTE não é humilde de maneira nenhuma e pode ser que, a falta de capacidade de obedecer a Deus e/ou aos homens é que a mantem nesta condição.
ORAR – A Bíblia nos ensina sobre a oração, intercessão, súplicas, ações de graças e muitas vezes agimos como se tudo fosse uma coisa só. Entretanto, há diferença entre cada uma dessas atividades espirituais. Aqui quero falar da oração.
No Salmo 139:4 lemos: “Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, SENHOR, já a conheces toda.”
Orar vém de oral, falar, etc. Como podemos ler no Salmo acima Deus conhece aquilo que vamos falar antes que falemos, concluímos, pois, que não oramos/falamos para sermos ouvidos por Deus. Repetindo: Deus houve nossa oração antes que a façamos.
Em Mateus também lemos: 6:8 “Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.
Ou seja, além de conhecer nossa oração Deus conhece nossas necessidades antes que peçamos.
Filipenses 4:6 “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.”
O texto de Filipenses 4:6 nos fala de quatro atividades nas quais devemos nos empenhar quando necessitamos do socorro de Deus: PETIÇÕES, ORAÇÃO, SÚPLICA E AÇÕES DE GRAÇAS. E o resultado de toda essa prática é a paz de Deus guardando nosso coração e mente em Cristo Jesus, ou seja, quando, no meio da necessidade praticamos estas disciplinas espirituais sentimos uma tremenda segurança espiritual e emocional em Cristo Jesus. Portanto, o texto fala de petições, oração, súplica e ação de graça e nós precisamos entendê-las como atividades diferenciadas.
Pedir é pedir mesmo.
Orar é falar, declarar, profetizar com autoridade, determinar com base na infalível Palavra de Deus, semear a semente da Palavra, confessar a Palavra, enfim… tem que falar. Deus poderia ter formado o mundo por outro meio, mas Ele optou por falar. Disse Deus… Entendemos então que falar faz parte do princípio criativo de Deus.
Suplicar já está mais ligado a pedir se humilhando, que, no nosso caso poderíamos encarar o jejum ou o voto como forma prática de humilhação.
Ações de graças são atitudes de gratidão, como, por exemplo, dar ofertas como expressão de gratidão antecipada por aquela benção que está sendo pedida. Aquele que crê que Deus fará, embora ainda não tenha recebido, já dá ofertas de gratidão como se já tivesse recebido. Isto é fé: você dar a oferta porque está convicto que receberá.
Sendo assim, orar é profetizar, antecipar o resultado de acordo com a infalível palavra de Deus. Quem crê fala.
2Coríntios 4:13 “Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos…”
E ME BUSCAR – Buscar a Deus, a presença de Deus é totalmente diferente de buscar suas bençãos. Logicamente, todos que têm esse encontro com Deus são tremendamente abençoados. Deus usa as nossas dificuldades como isca para pescar-nos para Ele. Eu já me deixei fisgar. Mas, vamos ler com atenção os seguintes textos:
Jeremias 29: 11 “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o SENHOR; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte;. Sorte aqui é o mesmo que destino.”
1Ch 16:11 “Buscai o SENHOR e o seu poder, buscai perpetuamente a sua presença.”
Ps 27:8 “Ao meu coração me ocorre: Buscai a minha presença; buscarei, pois, SENHOR, a tua presença.”
sa 55:6 “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.”
Am 5:6 “Buscai ao SENHOR e vivei, para que não irrompa na casa de José como um fogo que a consuma, e não haja em Betel quem o apague.”
Zep 2:3 “Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do SENHOR.”
Mt 6:33 “buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
Col 3:1 “Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus.”
Busquemos, portanto.
E SE CONVERTER DOS SEUS MAUS CAMINHOS – Converter é dar meia volta. Desde a queda de Adão o ser humano tem andado para tráz no que diz respeito ao relacionamento pessoal com Deus. Muitos até conseguem fazer parte de uma comunidade que gira em torno de Deus, porém, quando isso sai da questão coletiva e entra na vida pessoal as pessoas de um modo geral não conseguem manter esse relacionamento quente para com o Deus eterno. A razão para tanto, na minha opinião, é uma simples questão de decisão.
Andar com Deus significa estar disposto a dar meia-volta, se converter sempre que preciso for. Você decide andar com Deus, apesar dos resultados positivos ou negativos. A maioria das pessoas somente andam com Deus quando tem resultados positivos em termos material. Outros só o fazem por causa da escassez. Mas, para viver no equilíbrio entre a necessidade e o suprimento e mesmo assim andar com Deus é preciso um posicionamento antecipado de cada pessoa. Tudo posso naquele que me fortalece.
Eu decidi amar a minha esposa para sempre independente de qualquer circunstância. Isto é uma decisão antecipada. Se você não faz assim fica a mercê das circunstâncias. Existem coisas que não podem ser modificadas, por exemplo: eu sou e sempre serei pai dos meus filhos. Isso não pode mudar, portanto, para que essa experiência seja maravilhosa, nós, as pessoas envolvidas nesse processo temos que mudar, nos adequar, reinventar, nos convertermos se preciso for. E as decisões para isso já necessitam estar tomadas antes de chegar a necessidade. Assim também, uma vez que a pessoa se casa, o casamento é para sempre. Existe o titulo de divorciado, viúvo, desquitado, separado, mas, cada um destes títulos já gritam em alto tom que tal pessoa já esteve casada antes. Muitas vezes o casamento acabou porque as decisões foram deixadas para a última hora, sob intensa pressão. O que fazer agora, se já está vivendo uma vida nova é aquilo que deveria ter feito antes – decidir antes.
Assim também, no que diz respeito ao nosso relacionamento com Deus, eu já decidi: eu sou de Deus. Se é preciso dar meia-volta em uma situação, me arrepender eu faço pelo simples fato de que eu já estou pré-disposto. Não precisa muita conversa: se tem que mudar, mudamos simplesmente.
Saber que está no caminho errado e exigir muito para uma mudança significa valorizar o erro mais que o que é direito.
Se o Espírito Santo nestes dias tem incomodado você em relação a alguma área em tua vida que precisa mudar, não pense muito, mude, simplesmente – converta-se.
“então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra. “
Por: Pr. Antonio Cirilo
Fonte: Santa Geração