Baseados em vários textos bíblicos que abordam este assunto podemos afirmar que:
É trágica a condição da humanidade aos olhos de Deus, em razão de o espírito de toda pessoa se encontrar naturalmente morto, ou seja, inativo, em estado latentede dormência, sem qualquer autoridade e domínio sobre a alma humana com suas paixões, e também sobre os espíritos malignos (anjos caídos geralmente chamados de demônios).
É somente em Cristo, e pelo poder operante do Espírito Santo, que o espírito humano pode ser revivificado. Enquanto na comunhão com Cristo, o espírito do homem tem governo sobre os desejos da sua alma, por poder trazê-la em sujeição, e também tem autoridade sobre os espíritos do mal, de modo a poder resistir às suas investidas e tentações.
Estes espíritos do mal, nas pessoas cujos espíritos se encontram mortos em delitos e pecados, podem tanto operar aprisionando lhes a alma e até mesmo anulando a sua atuação por meios de possessões malignas. Por isso Jesus é o Único e Grande Libertador da alma e do espírito humanos, do citado poder do mal, porque é somente quando vivificado, que o espírito pode, pelo poder de Deus que nele agora atua, resistir tanto ao poder do pecado, quanto ao poder dos demônios.
Assim, o homem só é livre verdadeiramente, quando sob o domínio de Deus, porque de outra forma, estará sob o governo usurpador de sua própria alma, e também sob o dos espíritos do mal.
A vida em abundância que Jesus veio nos dar é principalmente esta a que nos temos referido, que é o reavivamento do nosso espírito, que havia sido morto pelo pecado e pelo diabo.
É comumente criada uma mistificação religiosa tão grande em torno dos assuntos relativos ao espírito, que ficamos sem a possibilidade, muitas vezes, de fazer uma justa avaliação e ter uma compreensão adequada da real condição do espírito humano.
Confunde-se faculdades da alma (mente) com faculdades do espírito.
Por exemplo, é comum se pensar que a razão e os sentimentos são faculdades do espírito, quando, na verdade, são partes das faculdades da alma.
O que sucede é que os homens estão dotados de uma alma com maiores possibilidades do que a dos demais seres vivos.
Não são infinitas, mas são enormemente ampliadas até se poder pensar que a capacidade do homem aprender é infinita.
Todavia, são faculdades de sua alma, conforme programada por Deus, para responder tanto à ligação com o ambiente exterior, e também interior, e sobretudo, a alma fora projetada para as ligações do espírito do homem com o espírito de Deus.
Mas, em decorrência do pecado original, o espírito do homem morreu, ou seja fica destituído totalmente da comunhão com Deus.
Ele se encontra em estado inativo de dormência latente, apesar de não estar extinto.
Ele não foi aniquilado pelo pecado, mas perdeu o seu poder.
Então, é somente por ser revivificado por Cristo, pelo fogo santo do Espírito de Deus, que o nosso espírito pode adquirir vida e poder.
Poder sobretudo para vencer e resistir à inclinação para o pecado, e também sobre as influências e investidas dos espíritos malignos.
Tanto é verdadeiro que é pelo espírito que se detém as paixões da alma, e todas as concupiscências (cobiças) da carne, que é pelo grande poder do Espírito Santo que o mal é detido no mundo.
Se não houvesse este controle do Espírito Santo em refrear o avanço do mal, em todas as suas formas de manifestação, mesmo naqueles que não conhecem e que não amam a Deus, este mundo já teria de há muito se tornado num verdadeiro inferno de violência e impureza geral, no qual seria impossível se viver.
Este controle do Espírito Santo está sendo removido gradualmente para que o homem saiba qual é realmente a sua condição de ser escravo do pecado, e isto é o fator que tem propiciado o aumento progressivo da iniquidade em todo o mundo.
Somente os que estiverem em Cristo, e que permanecem em Cristo, podem ser livrados dessa escravidão a este senhor terrível chamado pecado, em razão da contínua atuação do Espírito Santo revivificando e renovando seus espíritos, e eles terão isto, sempre que não apagarem ou entristecerem o Espírito Santo, por se afastarem da comunhão com o Senhor.