A mortificação do pecado é frequentemente prescrita e imposta como um dever na Bíblia (Col 3.5; Rom 8.13 etc).
O Espírito Santo é o autor e a causa da mortificação do pecado em nós.
Entende-se nisto a execução de um trabalho diário de mortificação do pecado porque Jesus nos tem ordenado o carregar da cruz diariamente; e esta crucificação/mortificação é possibilitada pela negação do nosso ego carnal.
É absolutamente essencial esta mortificação porque sem isto não podemos crescer na graça e no conhecimento de Jesus.
Não há um só dia no curso de toda nossa existência terrena em que não venhamos a necessitar da citada mortificação, e assim, ela é um dever para o qual todos os cristãos devem estar atentos para cumprir, em benefício da Sua comunhão com o Senhor e santificação de suas vidas.
Nosso velho homem foi crucificado juntamente com Cristo para que as operações e disposições do princípio ou hábito do pecado sejam destruídas e não sirvamos mais ao pecado como escravos, já que fomos libertados pelo Senhor através da nossa identificação com a Sua morte (Rom 6.6).
Este é um trabalho de morte para que tenhamos vida, a vida abundante que Jesus veio nos trazer.
Desta forma, ninguém deve se iludir com o fato de ser a carne fraca, que estamos isentados de um viver santificado pelo Espírito. Isto não deve ser medido pela nossa capacidade, mas pela capacidade da graça de Jesus, que é completamente poderosa para superar qualquer forma de pecado.
Necessitamos caminhar constante e permanentemente no Espírito para que possamos, pelo Seu poder e instrução, vencer o pecado. Caminhar no Espírito significa nos entregarmos ao Seu governo, à Sua direção e instrução, pela aplicação da Palavra de Deus às nossas vidas.
Não se mortifica o pecado portanto, quando tomamos meras resoluções de não mais vivermos na sua prática, pois o poder do pecado é muito maior do que a nossa mera vontade. Precisamos do princípio da graça de Jesus operando em nossos corações, por meio da nossa comunhão com Ele. É a virtude do próprio Senhor atuando em nós que nos livra inclusive do desejo de pecar, enquanto zelamos por manter a citada comunhão.
É assim que o pecado é enfraquecido e que nossas inclinações são mudadas. Se antes nos inclinávamos para a carne, agora nos inclinamos para o Espírito Santo e para aquela vida santa que é descrita na Palavra de Deus.
Quanta vigilância, perseverança, oração, meditação na Palavra, estão envolvidas nisto!
Não é sem empenho e diligência que se consegue obter e manter uma vida santificada pelo Espírito.
Pr Silvio Dutra