Se todos os nossos desejos fossem satisfeitos por Deus, ainda que desejos lícitos, quanto mais aprenderíamos a ser mimados e caprichosos, e a nos relacionaríamos com Ele numa base falsa vendo-o apenas como provedor das nossas vontades.
Mas Ele quer justamente nos ensinar a ficarmos contentes em fazer a vontade dEle e não propriamente a nossa.
Ele quer que aprendamos a cumprir os propósitos e objetivos que Ele planejou para cada um de nós, e não propriamente os nossos sonhos e objetivos pessoais.
Ele é a vontade governante de todo o universo, inclusive da nossa própria vontade, e quer nos ensinar isto.
Daí nos chamar a ser-Lhe gratos em toda e qualquer circunstância tal como havia aprendido o profeta Habacuque, e o apóstolo Paulo depois dele.
E devemos considerar ainda: até que ponto o atendimento de todos os nossos desejos por Deus nos tornariam pessoas mais santas e obedientes à Sua vontade?
Por isso ele nos prova nas necessidades para sabermos até que ponto O amamos mais do que tudo o que Ele nos dá.
Estaremos com Ele na casa, quando todas as coisas tiverem sido retiradas de nós?
Reflitamos sobre isso e respondamos sinceramente para sabermos qual é a verdadeira condição do nosso coração, de maneira que o guardemos de toda forma de murmuração no dia que a escassez vier bater à nossa porta.
Se o Senhor prometeu acrescentar tudo o que for necessário à subsistência material daqueles que estão empenhados em buscar efetivamente em primeiro lugar o Seu reino e a sua justiça, porque deveriam então estar ansiosos e solícitos por suas vidas tais crentes fiéis?
Como não confiaríamos numa tal promessa proferida pela boca do Filho de Deus?
Aquele que é cuidadoso em alimentar as aves do céu não proveria o necessário para os seus filhos?
Proteja sua mente com estas verdades divinas quando estiver numa baixa condição neste mundo, e guarde assim o seu coração de cair nas possíveis tentações que costumam acompanhar tal condição.
Pr Silvio Dutra