Um fato que vem ocorrendo nos últimos anos deveria ser ao menos merecedor da nossa reflexão.
Seria ele um dos indicativos de que o arrebatamento da Igreja está próximo?
São inúmeros os crentes que estão se reunindo em pequenos grupos em lares. Este é o fato apresentado.
Seria isto resultante de uma ação preventiva do Senhor Jesus, em relação à Igreja de Filadélfia, que é assim descrita por Ele no livro de Apocalipse:
“… tens pouca força, entretanto, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.” (Apo 3.8)
Em conseqüência dessa fidelidade e diligência de Filadélfia, lhe é feita a seguinte promessa pelo Senhor:
“Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra.” (Apo 3.10)
Seria por tal método do Espírito Santo de se preservar Filadélfia da grande apostasia da Igreja Institucional, que se encontra em curso desde meados do século XX, e que tem se intensificado em nossos dias, o segredo da fidelidade desta Igreja à Palavra do Senhor, nestes dias difíceis?
Os apóstolos do Senhor profetizaram que nos últimos dias não se daria ouvidos à sã doutrina e que haveria líderes religiosos escarnecedores na própria Igreja de Cristo.
Filadélfia seria esta Igreja que é separada do meio daqueles que rumam em direção à apostasia, e que se encontram satisfeitos e acomodados na Igreja apóstata de Laodicéia, que se considera “rica e abastada e que não precisa de cousa alguma”?
Separada para ser bênção para a própria Igreja de Laodicéia, chamando-a ao arrependimento, pelo seu bom testemunho de prática da Palavra, e de fidelidade e honra ao grande nome do Senhor?
Filadélfia não é constituída por meros ouvintes de sermões ou cantores de louvores, mas por pessoas que procuram permanecer na doutrina dos apóstolos e na comunhão dos santos, do mesmo modo que viviam os crentes da Igreja Primitiva. Negam a si mesmos, mas não o Seu Senhor e Palavra.
E uma coisa que têm em comum com os crentes primitivos, é que eles não se reuniam em templos, mas em lares, e isto por cerca de 300 anos, até que viesse Constantino.
Tal modo de reunião em lares já prevalece em países da Ásia, há vários anos, especialmente na China e na Índia, mas há cerca de 15 anos vem aumentando muito no chamado mundo Ocidental.
É importante lembrar que a grande apostasia da Igreja Institucional, culminará na formação da grande igreja mundial que apoiará o governo do Anticristo.
É preciso portanto cultivar uma vida santa e vigilante, sobretudo em nossos dias.
Todavia, esteja num templo ou num lar, é possível viver como um crente de Laodicéia ou de Filadélfia.
Esta condição não é definida pelo modo e local de reunião dos crentes, mas pelo seu modo de vida.
Bem fariam principalmente os líderes que ministrando em templos, o fizessem como se estivessem num lar cuidando da sua família. A família de Deus. O rebanho de Cristo, que deve ser apascentado em comunhão, longanimidade, disciplina e amor.
Pr Silvio Dutra