Nós somos da linhagem Real e devemos ter postura de herdeiro.
Essa linhagem não se trata de uma linhagem natural, humana. Os verdadeiros filhos desta linhagem, são aqueles gerados pela promessa feita a Abraão. “Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. (Rm 9:8)”
Ocasionalmente ficamos pensando se mesmo com todos os nossos pecados, nós poderíamos ou não ser aceitos por Deus. Às vezes também se é justo uma pessoa que cometeu tantos delitos, crimes e pecados ser mais abençoado e próspero que uma pessoa que sempre teve uma vida tranquila e “santa” diante de Deus.
Isso é muito comum entre os cristãos desde os primórdios da humanidade, e meio a estas situações muitos se perguntam, se contrariam e se decepcionam em sua caminhada como verdadeiros filhos para o recebimento da herança do trono.
Quando pensamos nestas circunstâncias, logo vem a mente a parábola do filho pródigo que diz:
“Um certo homem tinha dois filhos; E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. (Lc 15:11-12)”
Mas quando decidimos deixar a casa do Pai e pegar parte da herança, nós estamos declarando que não pertencemos mais àquela casa e que não temos mais o direito de receber o que a casa lhe oferece, neste caso por exemplo, a casa lhe oferecia conforto, comida, amor, segurança e paz.
Ao Sairmos da Casa, deixamos tudo para traz e ficamos então sujeitos às coisas do mundo e ao projeto do mundo e não às coisas de Deus e aos projetos dEle para nossas vidas. Só que esta rebeldia não é relevante para que Deus venha ou não dar atenção a você. Muito pelo contrário isso afastara você do Pai e quanto maior a distância, maiores são os problemas, as dificuldades e a pobreza espiritual e física; foi justamente o que o filho pródigo passou.
“E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com a lavagem que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. (Lc 15:13-16)”
Nesse momento a vida já não parece ter mais sentido e as forças já não conseguimos mais ter pelo peso espiritual e físico que vivemos. É importante observar que Deus até este momento não tinha se manifestado na vida daquele jovem, a justiça de Deus e colheita de desobediência e de rebeldia que o jovem tinha plantado não havia se cumprido.
Deus muitas vezes nos deixa e da permissão a Satanas e seus demônios de agir em nossas vidas até o último momento e fôlego de esperança, para só então a graça se manifestar em nossas vidas.
Você disse que Deus permite Satanas e seus Demônios?
Sim! como podemos ver sobre a vida de Jó. “E disse o Senhor a Satanás: Eis que ele está na tua mão; porém guarda a sua vida. Então saiu Satanás da presença do Senhor, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. (Jó 2:6-7)”
É fato comprovado que grande parte dos cristãos de hoje, aceitaram Jesus em suas vidas pela dor e não pelo amor e somente depois desenvolveram o seu amor por Jesus por terem efetivamente suas vidas transformadas.
Quando “caiu a fixa” do filho pródigo e ele olhou e prestou bem atenção em como ele vivia e no como ele estava vivendo, ele então se arrependeu.
“E, tornando em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus empregados. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. (Lc 15:17-21)“
Não depende do esforço humano, mas das misericórdias de Deus em nos atender. Então nossa revolta e rebeldia só servirá para atrasar em receber nossa vitória e nossa parte do trono do Pai. “Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece. (Rm 9:16)”
Aquele jovem ao voltar para a casa do pai, arrependido pede que seu pai o trate como um de seus empregados, sem luxo, sem o mesmo carinho de antes, sem o mesmo amor de antes só para ter um canto para morar e algo para comer como todos os empregados, mas o seu pai faz o que parecia ser impossível para ele. “Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se. (Lc 15:22-24)”
Um verdadeiro herdeiro não é aquele que permanece fiel em momentos felizes e fáceis de lidar, mas aquele que no meio da batalha, mesmo que existam mais inimigos na frente dele, ele tem a convicção do Deus que serve e que não o deixará na batalha. Seja um verdadeiro herdeiro e confie em Deus que no final sua vitória chegará.
Deus levantará inimigos em sua vida para que o nome dEle seja exaltado sobre todo nome. “Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. (Rm 9:17)”
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