“na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.” (Romanos 8.21)
A mente espiritual é como um pássaro preso numa gaiola – enquanto encerrada num corpo corruptível enfermo; como um pássaro com uma asa quebrada – enquanto sobrecarregada com um corpo de pecado e morte. Não podemos fazer as coisas que nós gostaríamos. Ansiamos e oramos por liberdade. O vale da morte nos leva até as planícies da liberdade. Um leito de enfermidade é a ante-sala do salão da glória!
Liberdade, liberdade gloriosa está diante de nós!
Perfeita e completa liberdade de todos os pecados – e tentação para pecar!
Cada corrupção será morta, e completamente erradicada do corpo e da alma!
A santidade vai entrar na própria natureza do corpo e da alma!
Nenhuma escura nuvem de ignorância irá mais pairar sobre o entendimento.
Nenhum princípio pecaminoso ou egoísta irá mais influenciar a vontade.
Nenhuma culpa corroendo voltará a obter um lugar na consciência.
Nenhum objeto indigno se apresentará, ou terá poder para cativar qualquer um dos afetos.
Nenhum assunto profano ou proibido será mais encontrado na memória.
A razão será quase divina, e nossos julgamentos corretamente informados. “Agora conhecemos em parte e profetizamos em parte – mas então conheceremos como também somos conhecidos.”
Devemos ser separados completamente e para sempre, de tudo o que é doloroso, contaminado, ou prejudicial – e unidos intimamente e para sempre a tudo o que é santo, feliz e benéfico.
Devemos ser um com Cristo, um em Deus; associados, e unidos da forma mais gloriosa e benéfica; de acordo com a oração de nosso Senhor: “Eu rogo por aqueles que também hão de crer em mim; que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste – Eu lhes dei a glória; que sejam um, como nós somos um; eu neles, e tu em mim, para que sejam aperfeiçoados em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como me amaste a mim. Pai, eu quero que aqueles que tu me deste – estejam comigo onde eu estou, para que vejam a minha glória que me tens dado, porque me amaste antes da fundação do mundo.”
Crente atribulado! Que oceano de glória está aqui! O Paraíso de Adão nada era comparado a isso! Tudo é vosso! Deus é vosso! O céu é vosso! A glória de Jesus é vossa! “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, e nenhuma mente imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam.” (1 Coríntios 2:9)
Isso, tudo isso está diante de você, dado gratuitamente a você por Deus; garantido a você pelo sangue de Jesus, pelo juramento de Deus, e pela promessa do Espírito. “Ora, se somos filhos, então somos herdeiros – herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória.” (Romanos 8:17). Seu título é bom – embora sua passagem seja dura! Seu fim será glorioso – embora a sua situação no momento seja dolorosa e angustiante. Você irá em breve ser livrado de todos temores, de todos os inimigos, de todos os impedimentos, e do mal em todos os seus aspectos!
Não pense que a sua porção é difícil; mas imagine, se você puder, as dores que devem rasgar o coração, quando aqueles que não conhecem essas provações e aflições, devem ouvi-Lo dizer: “Filho, lembre-se, que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro somente males, mas agora ele é consolado – e tu atormentado.”
Nas asas da fé, a minha alma monta e sobe;
Vê a sua herança além dos céus:
Nenhum coração pode imaginar, nem língua mortal dizer,
Que prazeres infinitos habitam nessas mansões!
Aqui o nosso Redentor vive, todo resplendente e glorioso,
Sobre o pecado e a morte, e o inferno – Ele reina vitorioso.
Um vislumbre distante faz minha paixão arder!
Jesus! Por Ti minha alma anseia!
Quando chegarei à tua casa celestial?
Quando deixarei esta terra – e quando começarei a viver?
Porque aqui , meu Salvador é tudo brilhante e glorioso,
Sobre o pecado e a morte, e o inferno – Ele reina vitorioso!
Texto de James Smith, traduzido e adaptado por Silvio Dutra.