Dirigindo-se aos cristãos de Tessalônica, o apóstolo Paulo lhes disse acerca da volta de Jesus, que isto não ocorreria sem que antes viesse primeiro, a apostasia, e em segundo lugar, que fosse revelado o Anticristo.
2Tes 2:3: “Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição”.
A palavra apostasia do texto é a mesma no original grego, tratando-se, portanto de uma transliteração.
Seu significado é revolta, rebelião, afastamento doutrinário, conforme se vê na segunda ocorrência desta palavra no Novo Testamento, em Atos 21.21:
“e foram informados a teu respeito que ensinas todos os judeus entre os gentios a apostatarem de Moisés, dizendo-lhes que não devem circuncidar os filhos, nem andar segundo os costumes da lei.”
Outra palavra da mesma raiz de apostasia, apostasion, e que significa divórcio foi usada por Jesus em Mt 5.31, 19.7, Mc 10.4.
Temos também em Lc 8.13, Hb 3.12 e I Tim 4.1, aphistêmi, que significa afastar-se, desviar-se.
1Tm 4:1: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios,”
Não padece dúvida, portanto, no texto de 2 Tes 2.3, que a apostasia ali referida concerne ao abandono do ensino e prática da Palavra de Deus, inclusive por crentes genuínos, por se dar crédito ao ensino de espíritos enganadores e de demônios.
Quando isto ocorre, o terreno fica livre para o alastramento da iniquidade, pela aceitação da sociedade, de práticas que são condenadas por Deus e abomináveis a Ele.
Ora, sabemos que este é o quadro que se nos apresenta em nossos dias, quando até muitos daqueles que dizem amar a Deus, não o demonstram no seu comportamento, pois praticam e fazem concessões a ensinos que não se conformam com tudo o que está revelado na Bíblia.
Como o Anticristo se levantará para afrontar e tentar destruir tudo o que se refira à verdadeira Palavra de Deus, então terá boa acolhida por uma sociedade que já vem caminhando na mesma direção, e tanto mais quanto o tempo tem avançado.
Assim, não será o filho da perdição, o homem da iniquidade citado pelo apóstolo, que introduzirá a apostasia quando ele se manifestar. Ao contrário, ele necessita que ela venha primeiro, para que a humanidade o receba de braços abertos, pois lhes prometerá dar aquilo que já se encontra em seus corações, a saber, um mundo sem Deus e sem respeito aos Seus mandamentos.
É interessante observar que em 1665-1666, um judeu cabalista chamado Sabetai-Zwi proclamou ser o messias, o cristo; enganando a muitos, porque lhes dizia que agora Deus estava revogando sua lei, e que permitia a todos agirem conforme seus desejos, fossem eles quais fossem.
Era a sua oração referindo-se a Deus: “Bendito seja Aquele que permite o que é proibido.”
Alguém dirá: pelo menos ele orava a Deus. Mas que deus?
O Deus que permite e aprova tudo o que é proibido em Sua Palavra?
Este não é Deus, mas o próprio diabo, uma vez que Sabetai-Zwi era satanista declarado, e sua influência e ensino se fazem sentir até hoje, pois foi o que inspirou os chamados illuminatis a se infiltrarem na maçonaria, para principalmente, a partir dali, trabalharem pela construção da Nova Ordem Mundial com um governo único sobre todo o mundo, baseado em princípios anti-cristãos.
Pr Silvio Dutra