O Senhor vive eternamente. “Antes que nascessem os montes, ou que tivesses formado a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade tu és Deus” (Sal. 90;2). E a manifestação da glória do Senhor está por toda parte.
Como não reconhecer seu sopro divino em cada ser vivente? O pequenino pláncton, que está no mar, é considerado um grandioso milagre. Um prodígio da Criação. É microscópico no tamanho, mas serve como base da cadeia alimentar nos oceanos. Dele, alimentam-se os gigantes dos mares, como a baleia azul. Maior de todos os seres vivos da Terra. Mas, deixando de lado o pláncton e considerando todo o universo, a questão agora muda de figura. Ganha proporções infinitas. Uma harmonia celeste que toda a sabedoria humana apenas resvala em decifrar. E que tal ir do cosmo ao átomo? Do extremo da grandeza para o extremo da pequenez, mesmo a lógica se trai. O que deveria ficar ainda mais simples acabada se tornando supercomplicado.
Tão difícil de entender, que os cientistas passaram a investigar a existência de uma inusitada partícula, chamada de “Partícula de Deus”, para fechar suas intricadas equações. Evidências notáveis de que o mero acaso não pode ser o autor de tudo isso. Há algo mais. Uma inteligência suprema agindo à nossa volta. O toque de um criador.
“Diz o néscio no seu coração: Não há Deus” (Salmo 53;1). A nossa fé no Criador dos Céus e da Terra, Nosso Senhor Jesus Cristo, é também nossa esperança de uma vida eterna. De antemão, o tolo nega a Deus, sem ao menos buscar conhecê-Lo. Rejeitando, assim, sua salvação. Existe um obstáculo que o impede de buscar ao Altíssimo. Na verdade, uma maldição que resolveu priorizar, e a que faz referência Jeremias 17;5. “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!”
Quem nega a Deus está se firmando apenas na limitada sabedoria humana. Apenas o racionalismo não é suficiente para adquirir o pouquinho que podemos da compreensão da glória de Deus. O homem é carne e espírito. Nele se lançam a soberba e outros pecados que o induzem às trevas. A altivez de muitas coisas, dentre elas do próprio saber, é uma porta aberta para ir se afastando do Senhor. Mas com a graça que adquirem os humildes pode-se reverter esse processo. Se isso não acontece, aos poucos, essa distância vai aumentando. Até o descrente alcançar o máximo da sua solidão frente ao divino. Nessa região sombria, rejeitando a presença de Deus em seu coração, se consolida plenamente a idolatra de si mesmo e da sua pretensa sabedoria. Que inevitavelmente se encontra fadada a retornar ao pó da terra.
Com proclamações de frases do tipo “Deus está morto”. Na verdade, uma afirmação falsa. O Deus Vivo não morre. Ele é absoluto. Quem morre é a carne, levando consigo os seus pecados. E lamentavelmente até nossa salvação. Ao desprezarmos o Caminho, a Verdade e Vida a que todos temos direito.