” E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito, falando entre vós em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.” (Ef 5.18-21)
Necessitamos estar cheios do Espírito Santo, e não há medida para este enchimento, que deve ser renovado e aumentado em cada dia. O caráter deste enchimento é sobrenatural e espiritual, mas não é algo místico e misterioso como alguns costumam pensar.
Há tomadas de posicionamento e deveres que devemos cumprir para que sejamos santificados pelo Espírito Santo com o Seu enchimento em nossas almas.
Isto é feito estando nós sóbrios, no domínio de todas as nossas faculdades, e não dispersivos ou com estados de consciência alterados como quem está, por exemplo, embriagado com vinho.
Não há uma medida de enchimento final, e nem tampouco ele deve ser ocasional, senão contínuo, pelo que somos transformados mais e mais à própria imagem do Senhor Jesus Cristo.
Este enchimento do Espírito é feito sobretudo na comunhão na Igreja, falando em salmos, hinos, e cânticos espirituais, cantando e louvando ao Senhor de coração, e sempre dando graças a Deus por tudo, em nome de Cristo, e sendo submissos mutuamente, por temor a Cristo, em todas as formas de relacionamento determinadas por Deus, que o apóstolo passou a descrever a partir do verso 22.
Assim, Paulo começou a descrever a submissão de coração que deve ser encontrada nos cristãos, a começar do seu próprio lar, com o dever de maridos e esposas, dizendo que a esposa deve ser achada em submissão ao seu marido, assim como este deve ser achado em submissão em relação a Cristo, e estabeleceu um paralelo da união do marido com sua esposa, com a que existe entre Cristo e a Igreja.
Ao honrar seu marido e ao Senhor, a mulher cristã também será honrada pelo marido cristão e pelo próprio Deus.
Cristo dever ser honrado por todos, porque Ele honra perfeitamente ao Pai. E de igual maneira a Igreja deve ser honrada por todos, quando ela é verdadeiramente submissa e honra a Sua cabeça que é Cristo.
Assim como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela para santificá-la, de igual modo os maridos devem amar suas mulheres como Cristo amou a Igreja, dando-lhes a provisão necessária tal como eles cuidam dos seus próprios corpos, como lemos em Ef 5.25-29.
Como marido e mulher formam uma unidade, assim como Cristo e a Igreja, o homem deve deixar o lar paterno para se unir à sua mulher formando uma unidade e uma nova família, porque Deus planejou isto desde o princípio, para servir de ilustração da união que há entre Cristo e a Igreja, como lemos nos versos 30 a 33.
Lembremos que Paulo está falando da necessidade do cumprimento deste dever da submissão para que sejamos cheios do Espírito Santo; ou seja, de pouco adiantará entoar cânticos de louvor, orar, servir aos irmãos, e tudo o mais, se faltar esta submissão de coração em todos os tipos de relacionamentos que nos foram ordenados por Deus, e assim, não seremos achados cheios do Espírito Santo.
E o apóstolo prosseguiu falando deste assunto da submissão no sexto capítulo de Efésios, onde se destaca a submissão dos filhos aos pais, dos servos aos seus senhores, dos jovens aos mais velhos, dos cidadãos às autoridades constituídas, e por similaridade se aplica este princípio espiritual a todos os relacionamentos onde houver um líder e liderados.