Quantas vezes nos deparamos com reações e ações que gostaríamos de não ter porque elas nos ferem e a outros também. Se somos cristãos, se somos sinceros em nosso desejo de agradar a Deus, por que então estas coisas sucedem conosco?
Afinal não temos procurado ser amorosos, longânimos, pacificadores, mansos, misericordiosos, perdoadores, pacientes e tolerantes?
Lemos as nossas bíblias, aceitamos que suas ordenanças são verdadeiras e nos dispomos a nos submeter a elas, e nos empenhamos para atingir este alvo, mas por que então quando algo de extraordinário acontece, quando somos provocados por alguém, ou quando surgem situações em que não conseguimos discernir que estamos sendo provados por Deus, reagimos exatamente do modo oposto daquele que temos aprendido na Bíblia?
Como isto pode suceder uma vez que temos de fato amadurecido nestas virtudes cristãs que acabamos de citar, e que são componentes do amor de Deus? Será por que temos confiado na nossa longanimidade, paciência, misericórdia, etc, em vez de confiarmos em Cristo para ativar tais virtudes em nós, especialmente quando delas necessitamos?
Afinal, estas virtudes são nossas ou do Senhor atuando em nós?
Se são do Senhor, então dependemos de estar em verdadeira comunhão com Ele, a qual é ativada por nossas orações, e por caminharmos humildemente perante Ele, reconhecendo que nada somos ou podemos fazer em relação a pensamentos, palavras, ações, reações, especialmente no nosso relacionamento com o nosso próximo, quando somos tentados ou provocados.
O amor de Deus não é provocado facilmente, como se lê em I Cor 13.
Mas o nosso amor natural quanto é provocado facilmente!
É o amor de Deus em nós que nos habilita a suportar ofensas sem que nos magoemos ou fiquemos ressentidos, e continuemos amando e perdoando aqueles que nos ofendem.
Mas isto não existe em nossa natureza terrena. Dependemos de recebê-lo diretamente do Senhor.
Mágoas, ressentimentos, iras, falta de perdão, de mansidão, e de tudo o mais que nos incapacita de amarmos como Deus ama, nos domina quando confiamos em nossa própria virtude e poder, e não dependemos de Deus para sermos preservados de todas estas coisas citadas.