Tradução e adaptação de citações extraídas do sermão de Thomas Manton, baseadas no Salmo 119.9, elaboradas pelo Pr Silvio Dutra.
“Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra” (Salmo 119.9)
Na primeira parte do texto o salmista falou que a palavra de Deus aponta o único e verdadeiro caminho para a felicidade. Agora, a principal coisa que a palavra opera é a santidade. Este é o caminho que devemos tomar, se pretendemos chegar ao fim da nossa jornada. Isto Davi aplicou ao jovem no texto, “Com que purificará o jovem,” etc.
Nas palavras há:
Uma pergunta,
Uma resposta dada.
Na pergunta há uma pessoa em foco – um jovem. Qual é o seu trabalho, com o qual ele deve limpar o seu caminho? Nesta pergunta, há várias coisas supostas.
1. Que somos desde o nascimento poluídos pelo pecado, pois temos que ser purificados. Não é, “dirigir o seu caminho”, mas “limpar o seu caminho”.
2. Que devemos ser sensatos muito cedo e no tempo apropriado, desse mal, pois a pergunta é proposta em relação ao jovem.
3. Que devemos sinceramente buscar um remédio para secar este fluxo do pecado que corre em nós. Tudo isso pode ser suposto.
O que se deve indagar depois é: qual remédio é contra isso? Que curso deve ser seguido? De modo que a soma da questão é esta: como o homem que é impuro, e naturalmente contaminado com o pecado, será feito capaz, tão logo que ele chegue ao uso da razão, para purgar a corrupção natural e viver uma vida santa e pura para Deus? A resposta é: “Observando-o segundo a tua palavra.” Quando duas coisas devem ser observadas:
(1) O remédio,
(2) A maneira como ele é aplicado e usado.
1. O remédio é a palavra – por meio do endereçamento de Deus, chamado a tua palavra, porque se Deus não tivesse dado direção sobre isso, estaríamos totalmente perdidos.
2. A maneira como ela é aplicada e usada, observando-o, etc, estudando e procurando um acordo sagrado com a vontade de Deus.
[1] Começo com a pergunta; porque, o modo negligente como o mundo aborda o assunto, parece muito impertinente e ridículo. Eles dizem: O que tem a juventude e a infância a ver com um trabalho tão sério? Quando a velhice tiver nevado sobre as suas cabeças, e a experiência inteligente de mais anos no mundo tiver lhes amadurecido para tão severa disciplina, então é a hora de pensar em limpar o seu caminho, ou de entrar num curso de arrependimento e submissão a Deus.
Para o presente – o jovem deve ser um pouco indulgente, pois eles crescerão mais sábios à medida em que crescerem mais em anos. Oh! Não; Deus demanda a sua justiça, logo que sejamos capazes de compreendê-lo. E isto concerne a cada um, tão logo chegue ao uso da razão, e tenha em mente o seu dever, tanto no que diz respeito a Deus e a si mesmo.
(1) No que diz respeito a Deus – que não pode ser mantido fora da sua justiça por muito tempo: Ec 12.1, “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade.” Ele é o nosso criador, não temos nada, mas o que ele nos deu, e que é para seu próprio uso e serviço. E, portanto, o vaso deve ser limpo tanto quanto possa ser, para que esteja “apto para o uso do Senhor.”
Isto é um tipo de restituição espiritual para as negligências da infância e o esquecimento da infância, quando não tínhamos capacidade de conhecer o nosso criador, muito menos para servi-lo. E, portanto, tão logo cheguemos ao uso da razão, devemos restaurar a sua justiça, com proveito.
(2) No que diz respeito a si mesmo. O primeiro preparo do vaso é muito considerável: Prov 22.6, “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” Quando se é bem preparado na juventude, a palavra será absorvida por eles, antes que o pecado e as concupiscências mundanas tenham obtido um enraizamento mais profundo. Se a observação de Salomão é verdadeira, a infância e a juventude de um homem são um notável presságio do que ele evidenciará mais tarde: Prov 20.11, “Até uma criança é conhecida pelas suas ações, se a sua obra é pura e reta.” Muito pode ser conhecido por nossas inclinações juvenis.
Mas, infelizmente! isto não encerra por completo o caso. O vaso já está preparado, mas “com que o jovem purificará o seu caminho?” o que pressupõe uma contaminação. Na criança é como um vaso recém saído da loja do oleiro, indiferente a boas ou más infusões. O vaso já está contaminado, e tem a natureza do velho homem e as corrupções da carne: Sl 51.5, “Eis que eu nasci em iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” Chegamos poluídos no mundo, o nosso trabalho é parar o crescimento do pecado. Como a criança chafurdava na sua imundície, assim chafurdamos também espiritualmente em nosso sangue: Ez 16.4,5, “Quanto ao teu nascimento, no dia em que nasceste, não te foi cortado o umbigo, nem foste lavada com água para te limpar, nem esfregada com sal, nem envolta em faixas. Não se apiedou de ti olho algum, para te fazer alguma destas coisas, compadecido de ti; antes, foste lançada em pleno campo, no dia em que nasceste, porque tiveram nojo de ti.”
Portanto, a questão é muito pertinente, “Com que o jovem purificará,” etc
Mas por que somente o jovem é especificado?
Eu respondo – Todos os homens estão envolvidos neste trabalho. Velhos não são deixados a si mesmos, nem totalmente entregues à desesperança; mas os jovens precisam mais disto, sendo inclinados a libertinagens e a prazeres carnais, e mais aptos a serem conduzidos para além da maneira correta pelas concupiscências da carne e, sendo teimosos em suas paixões e vontade própria, precisam ter seus fervores abatidos pelas doutrinas do arrependimento e conversão a Deus. E, por isso, embora outros não sejam excluídos, o jovem é expressamente referido: potros indomáveis necessitam de freios mais fortes. A palavra é de uso para todos, mas especialmente para os jovens, para refreá-los e reduzi-los à razão.
[2] A resposta – “Observando-o segundo a tua palavra.” A palavra, como um remédio contra a impureza natural é considerada de duas maneiras, como uma regra, e como um instrumento.
(1) Como a única regra daquela santidade que Deus aceitará. Todas as outras formas são apenas atalhos.
Nada é a santidade na conta de Deus, a não ser a que está de acordo com a palavra. A palavra mostra o único caminho de reconciliação com Deus, ou para ser purificado da culpa do pecado, e a única maneira de santificação sólida e verdadeira e submissão a Deus, que é a nossa purificação da imundícia do pecado.
Não há paz verdadeira sem a palavra, nem há verdadeira santidade. O primeiro é assinalado em Jer 6.16 “Assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele e achareis descanso para as vossas almas.” O segundo está indicado em João 17.17, “Santifica-os na tua verdade, a tua palavra é a verdade.”
(1) Ela é a única regra para nos ensinar como obter a verdadeira paz de consciência. O mundo inteiro está se tornando desagradável a Deus, e mantido sob o temor da justiça divina. Esta escravidão é natural, e a grande pergunta é como a sua ira será aplacada: Miqueias 6.6,7, “Com que me apresentarei diante do Senhor, e me prostrarei perante o Deus excelso? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano? Será que o Senhor ficará satisfeito com milhares de carneiros, ou com dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu corpo pelo pecado da minha alma?” Agora, aqui não é citada a satisfação oferecida, nem o remédio para as feridas da consciência, nem o modo de remover a controvérsia entre nós e Deus; mas é pela propiciação do evangelho que é pregado, que tudo isso é efetuado.
Oh! então, o jovem para limpar sua consciência e acalmar o seu próprio espírito, tem necessidade de se apegar à palavra.
(2) A palavra é considerada com um instrumento que Deus faz uso para purificar o coração do homem. Não será errado nos estendermos pouco para mostrar a instrumentalidade da palavra para este propósito abençoado. É o espelho que revela o pecado, e a água que lava e o remove. A palavra é tanto o espelho quanto a água.
(1) É o espelho onde vemos a nossa corrupção. O primeiro passo para a cura é o conhecimento da doença, isto é um espelho onde aparecerá a nossa cara natural: Tg 1.23, “Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante a um homem que contempla seu rosto natural em um espelho,” etc. Na palavra vemos a imagem de Deus e a nossa própria. É a cópia da santidade de Deus, e a representação de nossos rostos naturais, Rom 7.9.
Que bons conceitos temos da nossa própria beleza espiritual! mas não podemos ver as manchas leprosas que estão sobre nós.
(2) Isto nos coloca num trabalho para vê-las removidas; isto é a água para lavá-las. A palavra de ordem forceja o dever, que é indispensavelmente requerido. O que é comandado em nossos ouvidos, senão “Lave-se, torne-se limpo.”? Isto é indispensavelmente necessário: 1 João 3.3: “E todo aquele que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro”, e Heb 12.14, “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Algumas coisas Deus pode dispensar, mas isso nunca é dispensado.
Muitas coisas são ornamentais que não são absolutamente necessárias, como a riqueza: “Sabedoria com uma herança é bom,”. Muitos têm ido para o céu, que nunca têm aprendido, mas nunca sem qualquer santidade.
(3) A palavra da promessa encoraja isto: 2 Coríntios 7.1, “Amados, tendo pois, tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus”, e 2 Pedro 1.4, “Pelas quais nos têm sido doadas suas mui grandes e preciosas promessas, para que por elas vos torneis coparticipantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção que há no mundo pela concupiscência que nele há.”
Deus poderia ter exigido isto nas bases da sua soberania, mas Deus não nos governaria com mão de ferro, mas lida com criaturas racionais de forma racional, por promessas e ameaças. Por um lado, ele nos falou de um poço sem fundo; por outro lado, das bem-aventuradas e gloriosas promessas, coisas “que o olho não viu, e o ouvido não ouviu falar, nem penetrou no coração do homem para conceber.” Portanto, a palavra tem uma instrumentalidade notável dessa forma.
(3.) A doutrina da escritura tem o remédio e o meio de limpeza – o sangue Cristo, que não é apenas um argumento ou motivo para nos mover a isto. Portanto, é instado em 1 Pedro 1.8, “quem, não havendo visto, amais; no qual, sem agora ver, mas crendo, exultais com alegria indizível”, etc. Isto impele à santidade sobre este argumento. Por quê? Tem sido um grande custo para Deus realizá-lo, por isso não devemos nos contentar com alguma moralidade superficial. Mais uma vez, a palavra propõe como uma compra, na qual a graça é adquirido por nós, por isso se diz, em 1 João 1.7, ele tem derramado o seu Espírito para nos abençoar e nos resgatar de nossos pecados. E isso excita a fé para aplicar este remédio, e assim experimentar o poder de Deus na alma: Atos 15.9, “purificando os seus corações pela fé.”
2. A maneira como a palavra é aplicada e feito uso dela: “Se ele tomar cuidado para isso, segundo a tua palavra.” Isto implica um estudo da palavra, e a tendência e importância disto, o que é necessário, se o jovem deve ser beneficiado por isto. Davi aplicou os estatutos de Deus aos homens do seu conselho. Os jovens que são encontrados com outros livros, se eles negligenciam a palavra de Deus, o livro que deve fazer a cura do seu coração e mente, eles são, com todo o seu conhecimento, miseráveis: Sl 1.2, “o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.” Se os homens quiserem crescer sábios para a salvação, e obter qualquer habilidade na prática da piedade, eles devem estar muito ocupados com este livro abençoado por Deus, que nos é dado para nos dirigir: 1 João 2.14, “Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e já vencestes o maligno.”
Não será uma ligeira familiaridade com a palavra que fará um jovem ser bem sucedido em derrotar as tentações de Satanás, e será muito difícil vencer a sua própria concupiscência; não será por um pouco de irradiação nocional, mas por ter a palavra habitando em você, e permanecendo em você abundantemente. O caminho para destruir as ervas daninhas é plantar boas ervas que lhes sejam antagônicas. Nós sugamos princípios carnais como sendo nosso leite e, portanto, é dito que “falam mentiras desde o ventre.” Isto é um tipo de mistério; antes de sermos capazes de falar, falamos mentiras, ou seja, somos propensos a erros e toda sorte de fantasias carnais pelo temperamento natural e estrutura dos nossos corações, Isa 58.2, e, portanto, desde a nossa mais tenra idade, devemos estar familiarizados com a palavra de Deus: 2 Tim 3.15:
“E que desde a infância sabes as Sagradas Escrituras.” Mesmo que não se ganhe nada, quando crianças, através da leitura da palavra, senão um pouco de conhecimento memorizado, mas ainda é bom plantar na lavoura da memória, com o tempo a memorização penetrará na razão e na consciência, e daí para o coração e os afetos.
3. Isto implica um cuidado e vigilância sobre nossos corações e comportamento, para que a nossa vontade e as ações sejam conformadas à palavra. Esta deve ser a oração diária do jovem e cuidado, que haja um acordo entre sua vontade e a palavra, que ele possa ser uma Bíblia caminhante, uma carta viva de Cristo, uma cópia da palavra em sua vida, para que as verdades possam fluir claramente em sua conversação.
Tudo o que eu tenho dito pode ser dividido em três pontos:
1. Que o grande dever da juventude, é inquirir e estudar como eles podem limpar seus corações e seus caminhos para o pecado.
2. Que a palavra de Deus é a única regra suficiente e eficaz para realizar este trabalho.
3. Se queremos ter essa eficácia, é requerido muito cuidado e vigilância, para que cheguemos à direção da palavra em cada til, não uma reflexão solta e desatenta com a palavra, desconsideração negligente, mas tendo cuidado para isso.
Agora, por que na juventude, e assim que chegamos ao uso da razão, devemos mentalizar o trabalho de limpeza do nosso caminho?
1. Pense em como isso é razoável. Está claro que Deus deve ter o nosso primeiro e nosso melhor. Está claro que ele deve ter o nosso primeiro, porque ele nos viu antes mesmo de nascermos. Seu amor por nós é eterno; e deveríamos deixar Deus do lado de fora de nossas vidas até a velhice? vamos empurrá-lo para um canto? Certamente Deus, que nos amou tão cedo, isto é motivo para que ele tenha o nosso primeiro, e também o nosso melhor, pois todos nós somos dele.
Sob a lei das primícias que eram de Deus, ele nos ensina que o primeiro e o melhor são a Sua porção. Todos os sacrifícios que foram oferecidos a ele, estavam em sua força e juventude – eram novilhos, sem doença ou defeito, e o mesmo princípio se aplicava a todas as demais ofertas: Lev 2.14: “Se trouxeres ao SENHOR oferta de manjares das primícias, farás a oferta de manjares das tuas primícias de espigas verdes, tostadas ao fogo, isto é, os grãos esmagados de espigas verdes.” Deus não iria ficar esperando por muito tempo até que amadurecessem. Deus não será mantido por muito tempo sem a Sua porção. A juventude é o nosso melhor momento. Mal 1.13, quando eles trouxeram uma oferta fraca e doente, “Devo aceitar isso de tua mão? diz o Senhor.” A saúde, força, rapidez de espírito e vigor estão na juventude. Será a nossa saúde, e força para o uso do diabo, e vamos nos apresentar a Deus com a escória do tempo? Satanás deve se banquetear com a flor de nossa juventude, e Deus tem somente os restos e fragmentos da mesa do diabo? Quando a inteligência está entorpecida, os ouvidos, o corpo fraco, e os afetos gastos, isso é um presente adequado para Deus?
2. Considere a necessidade disto.
(1) Por causa do calor da juventude, as paixões e concupiscências são muito fortes: 2 Tim 2.22, “Fuja também das paixões da mocidade”. Os homens estão mais inclinados nesta idade de orgulho e vaidade, a paixões fortes, desordenada e excessivo amor à libertinagem: 1 Tim 3.6 “não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo.” Um homem pode domesticar criaturas selvagens, os leões e tigres, e a fúria da juventude precisa ser temperada e freada pela palavra. Há muita glória para a graça de Cristo que o calor e a violência sejam quebrados quando a pessoa é muito menos disposta e preparada.
(2) Porque ninguém é tentado tanto quanto eles. As crianças não podem ser de serventia ao diabo, e os velhos estão senis e têm escolhido e definido os seus caminhos, mas os jovens, que têm uma fraqueza de entendimento, e os espíritos mais intrépidos e mais agitação, o diabo ama fazer uso deles: 1 João 2.13 : ‘Eu vos escrevi, jovens, porque tendes vencido o maligno.” Eles são mais agredidos, mas é para a honra da graça quando saem vencedores, quando é empregado o seu fervor e força, não para satisfazer concupiscências, mas no serviço de Deus e luta contra Satanás. Portanto, é muito necessário que sejam temperados com a palavra desde cedo.
3. Considere os muitos inconvenientes que se seguirão, se atualmente não se importarem com este trabalho.
(1) A morte é incerta, e, portanto, um negócio tão importante como este não admite atraso. Deus nem sempre dará o aviso. Nadabe e Abiú, dois jovens irreverentes, foram levados em seus pecados, e os ursos da floresta devoraram as crianças que zombaram do profeta Eliseu. O perigo é tão grande, que assim que estejamos conscientes disto, devemos fugir dele. Quando as crianças chegam à plenitude da razão, elas ficam em sua própria conta; antes, elas estavam sob a conta de seus pais. Oh, ai de você se você morrer em seus pecados! Certamente, assim que um homem está sobre a sua própria conta pessoal, ele deveria olhar por si mesmo, para que Deus o quebre, para que ele faça a sua paz com ele.
Aplicação 1. É para se lamentar que tão poucos jovens trilhem nos caminhos de Deus. É uma coisa rara encontrar um José, ou um Samuel, ou um Josias, que buscam a Deus desde cedo. Vá às universidades, e você vai descobrir que aqueles que deveriam ser tão nazireus consagrados a Deus, vivem como aqueles que se consagraram a Satanás: Amós 2.11, “Dentre os vossos filhos, suscitei profetas e, dentre os vossos jovens, nazireus.” Os filhos dos profetas em sua juventude criados para uma disciplina mais rigorosa na sua santa vocação, separados de prazeres mundanos, para serem um estoque de um ministério bem sucedido. Mas, infelizmente eles gastaram seu tempo na vaidade, nada trazendo senão apenas os pecados do lugar, e seguiram os costumes pecaminosa do seu país. Quão poucos consideram a educação de sua juventude em conhecimento ou prática religiosa! Famílias são sociedades para serem santificadas por Deus, bem como igrejas. Os seus governantes têm verdadeiramente um encargo para com as almas assim como os pastores em relação às igrejas. Eles oferecem seus filhos a Deus no batismo, mas educam-nos para o mundo e para a carne. Eles lamentam qualquer defeito físico neles, mas não a falta da graça.
Aplicação 2.
Uma exortação para os jovens. Você que está começando a sua jornada, comece com Deus, você não tem experiência, mas você tem uma regra; você tem concupiscências poderosas, mas um espírito forte. Nenhuma faixa etária está excluída da promessa do Espírito: Joel 2.28,29, “E será que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões, e também sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias.”
De João Batista é dito em Lucas 1.15: “Ele será cheio do Espírito Santo já desde o ventre de sua mãe”, e lemos em Marcos 10.14 “Deixai vir a mim os pequeninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus.” Há poder para iluminá-lo, apesar de todos os seus preconceitos, para subjugar suas paixões, apesar do poder da nossa natureza corrompida pelo pecado: 1 João 2.13,14: “Eu vos escrevi, jovens, porque tendes vencido o maligno. Eu vos escrevo, filhinhos, porque conheceis o Pai.”, etc, e veja Gên 39.9. Será um grande conforto para você, quando você morrer, que seu grande trabalho foi concluído. Oh, que coisa triste é que, quando o corpo vai para a sepultura, e a alma não tem ainda aprendido a conversar com Deus! Oseias 8.12, “Embora eu lhe escreva a minha lei em dez mil preceitos, estes seriam tidos como coisa estranha.”. Deus tem escrito uma carta para nós, e nós não iremos lê-la, nem meditá-la? Seremos então estranhos inteiramente a ela. Mas agora, quando conhecerem a Deus, não será tão cansativo ir ter com ele.