Marcel Reich-Ranicki afirmou: “Atrás das sátiras escondem-se ódio e raiva, atrás do humor há dor e melancolia”. A isso poderíamos acrescentar: atrás das manifestações pela paz mundial esconde-se a falta de paz pessoal de muitos participantes.
Ouvindo as notícias, percebe-se que a política mundial não avançou em relação à promoção da paz. Aliás, nem deveríamos esperar por isso, pois paz significa mais do que ausência de guerras.
O fato de que, quase 60 anos após a II Guerra Mundial, prosseguem continuamente os conflitos e guerras, mostra que o homem não ficou mais sábio ou melhor durante os séculos. Percebe-se também que ele nada aprendeu da História, nem evoluiu para um suposto nível superior. Continuam existindo tiranos cruéis, ditadores sem consciência, líderes políticos sem escrúpulos e nações que se deixam enganar. Nesse aspecto, a situação continua igual à do antigo Egito ou da Babilônia de Nabucodonosor. Apenas as circunstâncias são mais modernas.
Numa visão dada por Deus, o profeta Isaías viu um mundo vindouro em que haverá paz. É interessante que Isaías afirma que o Reino da Paz será trazido e mantido por um Menino. Isaías falou profeticamente do Filho como o Príncipe da Paz, que também é Deus, ou seja, de Jesus Cristo: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto” (Is 9.6-7).
O mundo clama e anseia por paz. Centenas de milhares de pessoas enchem as ruas em manifestações pela paz. As conferências de paz sucedem-se. Mas, quantas dessas pessoas que defendem a paz têm paz com Deus no próprio coração? Quantos desses manifestantes têm paz na própria casa, em seu matrimônio e em sua família? Quantos desses defensores da paz mundial têm desavenças no local de trabalho e brigas com os vizinhos? Onde começa a paz? Na Casa Branca em Washington, na ONU, em Bruxelas, em Israel ou no Iraque?
A paz baseia-se na justiça, como ensina a Bíblia: “O efeito da justiça será paz, e o fruto da justiça, repouso e segurança, para sempre” (Is 32.17). Somente onde impera a justiça torna-se possível a paz. Onde, porém, não há justiça, nunca pode haver paz duradoura. O mundo está muito distante da paz, porque é dominado pela injustiça.
O que, porém, é justiça? O próprio Jesus Cristo é a Justiça em pessoa, pois está escrito: “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Co 1.30). Conseqüentemente, a paz verdadeira e duradoura é possível apenas através de Jesus Cristo.
Somente com a volta do Senhor em poder e glória a justiça e a paz dominarão em Israel e no mundo: “Ele anunciará paz às nações; o seu domínio se estenderá de mar a mar e desde o Eufrates até às extremidades da terra” (Zc 9.10b).
“Quando, finalmente, teremos paz? Quando tiver sido destruído o último míssil?
Haverá paz somente quando os homens entenderem que não são as armas, mas eles mesmos, que provocam a falta de paz.
Haverá paz, finalmente, quando Jesus, o Príncipe da Paz, puder produzir paz em nossos corações.” (R. Z.)
Àqueles que confiam sua vida inteiramente a Jesus, a Bíblia promete: “a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.7). Se você ainda não O aceitou como seu Senhor e Salvador, faça isso agora mesmo! (
Fonte: Norbert Lieth – http://www.apaz.com.br