A satisfação permanente consigo mesmo e a presunção são a própria antítese da santificação, porque onde o Espírito habita haverá sempre um conflito, uma crise, da luta da carne contra o Espírito e do Espírito contra a carne, de maneira que o verdadeiro crente terá fome e sede de justiça, e nunca estará satisfeito com o nível da santificação que tem alcançado, porque o próprio Deus o chama a crescer cada vez mais na graça e no conhecimento espiritual de Jesus.
Então o crente genuíno sempre estará em atitude de vigilância contra o pecado, e se auto examinará constantemente para julgar a si mesmo, se tem andado ou não no Espírito fazendo a vontade de Deus.
Esta é a verdadeira santificação, a saber, a que começa no coração, e que não se aplica somente às nossas ações.
Assim, a doutrina do pecado, nos faz ver a necessidade absoluta de um poder sobrenatural, infinitamente maior que o poder do pecado para que possamos ser libertados. Isto nos faz ver o quanto somos dependentes de Jesus Cristo e de andar efetivamente na Sua presença e debaixo do Seu poder.
A doutrina do pecado esvazia o homem de toda justiça própria, de busca de méritos por boas obras e tudo o mais que não lhe faça enxergar que somente Cristo é a resposta para tudo o que se refere a um viver de modo agradável a Deus.
Benditos os olhos que podem enxergar isto.
Benditos os ouvidos que recebem esta doutrina, porque se a têm recebido é porque foram abertos por Deus. O homem não pode de si mesmo ver esta verdade caso não lhe seja revelada pelo Espírito.
Isto não vem a nós pela força de argumentação de um discurso moralista ou religioso, mas pela revelação do Espírito Santo ao nosso espírito, tornando-nos humildes e mansos diante do Senhor.
Este é o caminho para a verdadeira felicidade porque é somente por ele que podemos ter nossas consciências purificadas e acharmos paz verdadeira com Deus.
Pr Silvio Dutra