Ouvi dizer que alguns líderes cristãos estão defendendo o aborto porque desta maneira reduz-se o número de órfãos, a taxa de criminalidade, etc. Há também a questão de que legalizando, as mulheres estarão mais seguras pois não terão que fazer o aborto em clínicas de forma ilegal e sem o apoio médico necessário, correndo maior risco de infecção e até morte.
Pois bem, agora quero colocar o meu ponto de vista.
Temos na economia algo que se chama externalidade positiva ou negativa. O que é isto? É quando você toma certa medida, sem o objetivo de alcançar tal coisa mas ainda assim aquilo acontece. Por exemplo: Uma empresa pode investir em ação social com o fim de ajudar a sociedade apenas (não que isto aconteça), e como externalidade positiva ela tem uma melhora da sua imagem perante a sociedade.
Porém, uma externalidade nunca será o fim principal. E quando tratamos do aborto, o que é discutido são as externalidades e não o fim principal.
Pois sendo assim, se levar em conta a queda da criminalidade e redução de órfãos e da pobreza, poderíamos cogitar o infanticídio, ou talvez explodir todas as favelas do Brasil.
Com relação às mães, cai no mesmo caso. Se ela está contra a lei e faz, não tenho que criar uma lei para garantir que ela estará certa se fizer e sim criar mecanismos de proteção e educação para que não transgrida a lei. Só porque as pessoas usam drogas, não temos que legalizar isto e sim educá-las para que não usem.
Assim com relação ao aborto. Temos que educar nossa população para que se protejam, não tenham filhos indiscriminadamente. Legalizar o aborto seria uma solução imediatista, pecaminosa e inescrupulosa.
Não podemos permitir que o pecado seja instituicionalizado no nosso país. Sim à educação e à liberdade de escolha, mas não ao pecado.
Que Deus nos ajude!
Por Daniel Simoncelos do Blog Somente a Graça (http://www.somenteagraca.com)