“Porque eu o tenho escolhido, a fim de que ele ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para praticarem retidão e justiça; a fim de que o Senhor faça vir sobre Abraão o que a respeito dele tem falado.” (Gênesis 18.19)
O caráter de Abraão era bem conhecido de Deus.
O amor de Abraão pelo Senhor e pela Sua justiça o levaria a ensinar a sua família a caminhar nos Seus caminhos, de tal modo que o testemunho da sua fé e obediência seria seguido por muitos nas gerações seguintes.
Deus lhe ensinaria a praticar a retidão e a justiça e Abraão a transmitiria aos seus, de modo que esta retidão e justiça fosse praticada pela nação que seria formada a partir dele, a saber, Israel, para que através dela o Messias fosse trazido ao mundo no tempo oportuno.
Assim Abraão não somente orava e adorava a Deus com a sua família, mas ele lhes ensinava a fazer a vontade de Deus, segundo o conhecimento que ele tinha de tal vontade, por ser um profeta do Senhor.
Este é o dever do qual estão encarregados todos os que são chefes de família. Eles devem instruir todos os que se encontram debaixo de sua responsabilidade a viverem de modo reto, sendo honestos e verdadeiros em seus relacionamentos com todos os homens.
Cabe-lhes ensinarem sobretudo os seus filhos a prestarem o devido culto de adoração a Deus, que é segundo a Sua Palavra.
Deus foi o instrutor de Abraão para que ele instruísse os de sua casa, e de igual modo somos instruídos pelo Espírito Santo para o mesmo propósito.
Não somente Abraão foi escolhido por Deus. Muitos têm sido escolhidos ainda hoje para espalharem o conhecimento sobre a Sua vontade em toda a Terra.
E mais do que conhecimento, temos recebido dEle o poder para praticarmos os Seus mandamentos, por meio da graça, que é mediante a fé em Jesus.
Temos para nos ajudar neste propósito um tribunal instalado por Ele em nossas consciências, que nos faz sentir culpados quando pensamos ou fazemos coisas que são contrárias à Sua natureza divina, e não há como nos sentirmos aprovados senão pelo perdão e restauração que procedem de Jesus.
A consciência não pode ser abrandada, de maneira que aqueles que permanecem deliberadamente na prática de um viver que não seja segundo o padrão da retidão divina, violam suas consciências e dão de ombros para o que é reto, mas não podem, contudo, viver em paz consigo mesmos, pois sabem bem lá no fundo que estão em desacordo com o modo de vida ao qual deveriam se aplicar, e que sempre é segundo a vontade de Deus, conforme somos orientados por este árbitro que Ele colocou em todas as pessoas, a saber, a nossa consciência.
“Rom 2:14-16 Quando, pois, os gentios, que não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos.
Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se,no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de conformidade com o meu evangelho.”
Pr Silvio Dutra