Estava lendo uma reportagem sobre Kim Phuc, uma mulher que em 8 de junho de 1972 teve sua aldeia vietnamita Trang Bang, bombardeada com napalm. Na ocasião, ela tinha apenas 9 anos e quase morreu, tendo ficado com cicatrizes em quase todo o corpo. Anos mais tarde, ela teve a oportunidade de conhecer John Plummer, responsável pelo que havia lhe acontecido. Ele julgava que não havia civis na aldeia, por isso ordenou o ataque. Ele, sabendo de uma palestra que ela iria fazer nos EUA, foi ao seu encontro para pedir-lhe perdão e Kim o perdoou.
Enquanto lia, comecei a refletir sobre a importância do perdão. Uma palavrinha tão pequena, que parece até fácil de ser praticada, mas muitas vezes ao invés de perdoar preferimos simplesmente “ignorar” alguns acontecimentos e pessoas das nossas vidas. Na maioria das vezes, a mágoa permanece lá e com uma leve lembrança, ela começa a aflorar novamente.
Fico pensando na grandeza da atitude dessa mulher, sendo capaz de perdoar algo tão grande, que deixou tantas marcas (em todos os sentidos) enquanto nós, muitas vezes nos prendemos e deixamos de avançar, por não conseguirmos perdoar coisas muito menores.
Maior perdão que o dela é o do nosso Deus, que nos amou, nos perdoou e enviou Seu único filho para morrer por nós, sendo nós ainda pecadores. Como a oração que Jesus nos ensina a fazer, que possamos ser perdoados conforme nós perdoamos a quem nos tem ofendido (Mateus 6:12).
Por Denise Cortazio
Fonte: Jovens Comprometidos