Todos os dias, um triste roteiro se repete ao nosso redor: a jovem conhece um rapaz, se apaixona por ele, se entrega a ele, vive um lindo romance com ele, até que engravida e enfim descobre o outro lado de seu príncipe encantado. O “amor” se evapora e o rapaz vai embora de sua vida.
E se você pensa que o problema se resume no desafio de criar um filho sozinho, você está muito enganado!
A jovem mãe solteira não vai querer ficar sozinha para o resto da vida, a frustração que sofreu não será suficiente para matar o seu sonho de ser feliz na vida sentimental e é a partir deste ponto que as coisas geralmente se complicam.
Sejamos sinceros, entre uma moça com filhos e outra sem, quem o possível pretendente escolherá? A tendência é que a mãe solteira não seja nem cogitada. E se for, será preterida.
Existem marcas que podem acompanhar uma pessoa para o resto da vida, não importando o quanto esta se esforce na tentativa de apagá-las. Tentando fugir da consequência.
Imagine uma pessoa que cometeu um crime. Mesmo que venha a cumprir cada dia de sua pena, ainda assim, enfrentará grandes dificuldades na tentativa de retomar sua vida, especialmente, na hora de “arranjar” um bom emprego.
Ninguém irá levar em conta que ele já pagou pelo erro cometido ou mesmo, que jamais foi um bandido, mas sim, apenas alguém que se deixou levar pelo “calor” do momento e que num dia acabou agindo sem pensar.
Muitos irão reclamar desta dificuldade e outros irão além. Tentarão justificar um possível retorno à atividade criminosa, alegando que a “sociedade não lhes deu uma segunda chance”.
A dura realidade é que seu currículo está manchado para sempre com o carimbo de “ex-presidiário”, o que será suficiente para fechar muitas portas e impedi-lo de ocupar cargos importantes.
Agora, pense comigo: Existe alguma injustiça nisto? Claro que não! Não há injustiça, nem preconceito, mas sim, a consequência da escolha que fizeram. A vida já é difícil por si só, por que vamos complicar ainda mais as coisas? Por tanto, pense muito antes de fazer uma escolha.
Engana-se o homem infiel em achar que basta alcançar o perdão da esposa, para livrar seu casamento da “burrada” que fez. A traição pode até ser perdoada, mas jamais esquecida e o relacionamento entre os dois nunca mais será o mesmo.
Para toda decisão que tomamos, existirá pelo menos uma consequência. Mas, o que muitos ainda não entenderam, é que além das consequências serem inevitáveis, algumas delas são irreparáveis (não insuperáveis).
Tudo tem o seu preço e se por um lado, há cicatrizes que não podem ser apagadas, por outro, elas precisam ser superadas. Se ficarmos dependendo da compreensão das pessoas ou esperando a ajuda de alguém para alcançarmos alguma coisa, estaremos perdidos!
Nem tudo está perdido.
Naquela madrugada de luta com Deus, Jacó usa toda a sua força para garantir que não seria mais o mesmo depois daquela ocasião. Ele já havia transferido para o outro lado do vau de Jaboque tudo quanto possuía e ficou sozinho, porque tinha a consciência que aquilo não poderia ser feito por mais ninguém, senão pelo próprio Jacó (Gn 32.22-24).
Se um enganador pode se transformar na própria Benção (Jacó – Gn 32.28); se uma prostituta pode tornar-se uma mulher virtuosa (Raabe – Js 6.25); se aquele que roubava pode se tornar um “filho de Abraão” (Zaqueu – Lc 19.1-10) e aquele que adulterou pode encontrar perdão (Davi – Sl 51). A mãe solteira pode encontrar o homem certo e formar uma linda família, mas precisará superar a sua “desvantagem”. O ex-presidiário pode vencer na vida, mas vai precisar superar honestamente a dificuldade e a desconfiança da sociedade. O marido arrependido pode salvar seu casamento, mas irá ter um trabalho duro para mudar sua arranhada imagem e reconquistar sua esposa.
Apesar do passado marcado por erros e sofrimentos, através da luta, superação e sacrifício, todos podem escrever uma nova história.
Pr.Rubens Ennes | sentidounico.org