Hoje muito se tem dito na juventude sobre ser um adorador extravagante. Muitos acham que ser um adorador extravagante é fazer loucuras e “chamar a atenção” de Deus. Devemos sim, chamar a atenção de Deus, mas isso é em todo tempo, na vossa casa, na nossa faculdade, enfim, naquilo que somos: IGREJA, chamados para fora e principalmente, em oração.
Não acredito que o fazer manifestações estranhas agradem a Deus. Infelizmente muitos jovens tem sido extravagantes na igreja, mas péssimos testemunhos fora. Somos conhecidos pelos frutos, amados. Para mim, ser um adorador extravagante é viver uma vida fora do comum, não segundo os padrões deste mundo, mas segundo o padrão de Deus. É mortificar a cada dia a natureza deste mundo e se revestir daquela que nos renova pelo conhecimento de Deus. (Cl 3:1-12) É como o Apóstolo Paulo diz em Romanos 12: Apresentar uma vida de santidade, não se conformar com este mundo e ser renovado pelo entendimento através do Espírito. (Rm 12:1-2). Será que temos vivido isso…? Será que somos realmente “igreja”, ou seja, chamados “para fora”? Até quando viveremos como crianças, quando temos negligenciado as horas de oração por momentos de diversão? Será que somos tão espirituais assim, que não precisamos de oração? Será que para o Senhor o servir no templo é suficiente?
Pois é, são questões a serem respondidas por essa geração. Não falo de hábitos ou costumes, mas de uma vida que agrade o coração de Deus. A verdadeira extravagância é viver uma vida fora do comum e estranha para os padrões deste mundo. Ser extravagante é ser identificado como verdadeiro cristão que não se conforma com o pecado, que luta e resiste ao Diabo até fazê-lo fugir. Que vive para Deus e não para si. Que muitas vezes abdica tempos de entretenimento para falar com Deus. Outra pergunta é: Será que as pessoas têm visto Cristo em nós? Infelizmente muitos desses adoradores radicais vivem de tempos em tempos, de retiro a retiro, de congresso a congresso e de moda em moda. Um elevador espiritual que um dia pode estar na presença de Deus e outro na roda dos escarnecedores. Almas inconstantes que servem de presa a apostasia e a Satanás (2 Pe 2:14). Se estes vivessem na Babilônia antiga creio que passariam mais tempo andando nos jardins supensos, comendo dos manjares e observado o enorme monumento do Rei Nabucodonosor, do que estar orando e buscando e Deus. A Igreja precisa voltar naquilo pelo qual foi chamada.
Daniel e seus amigos serviram em terra estranha, mas não se conformaram, nem se contaminaram com ela. Buscaram em Deus as respostas e tinham convicção Nele. Será que temos adornado para o Senhor uma noiva ou uma prostituta? Esta palavra é dura, mas temos que ser confrontados para deixamos de ser Jacó, para nos tornarmos o Israel de Deus. Mas meu desejo e minha oração é que o Senhor levante jovens e verdadeiros adoradores extravagantes como Daniel e seus amigos. Não somente amigos, mas amigos de oração.Que vivam em unidade com Deus e entre si. Amigos que não se conformam em ser cativos, nem em viver num mundo estranho. Jovens que preferiram o fogo e a morte do que a negar o seu Deus. Jovens convictos e ousados em Deus. Jovens verdadeiramente extravagantes que são testemunho vivo do Deus vivem.
Então, o rei falou com eles; e, entre todos, não foram achados outros como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso, passaram a assistir diante do rei (Dn 1:19)
Adoração é mais que se agitar dentro de um templo, é sacudir o mundo com uma vida que agrade a Deus