” Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal, vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.” – Romanos 7:14-19
Nestas palavras do apóstolo Paulo está descrita de modo sucinto e verdadeiro qual é a condição de todo o gênero humano. O quadro apresentado diante de nós é de total impotência para praticar somente aquilo que é bom, e a facilidade e capacidade para praticar o que é mau.
Como esta condição é natural e nos acompanha desde o nascimento até o dia da nossa morte, sem se tratar de algo dependente de escolha pessoal através do exercício de nossa vontade, Deus se compadece de nós e preparou uma via de escape da condenação e maldição que paira sobre nossas cabeças em decorrência deste fato.
De modo que a causa da permanência da condenação não é ditada por causa de nossa impotência para o bem e facilidade para a prática do mal, mas pela rejeição da oferta graciosa de libertação e remissão que Ele preparou para nós no sacrifício de Jesus Cristo.
A natureza pecaminosa que herdamos do primeiro homem criado por Deus somente pode ser subjugada pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, e através do trabalho do Espírito Santo. Ainda que não a vejamos inteiramente subjugada enquanto estivermos neste mundo, podemos constatar, enquanto em Cristo, que ela é cada vez mais enfraquecida, enquanto a nova natureza recebida pela graça se torna proporcionalmente mais forte.
Todavia temos a promessa do perdão, da longanimidade e da misericórdia de Deus para os nossos pecados presentes, por causa da nossa união com Jesus Cristo, e da perfeição em santidade quando formos recebidos por Ele na glória. De modo que podemos dizer juntamente com o apóstolo Paulo:
“ Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor.” – Romanos 7:24-25